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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O Ano - Carlos Drummond de Andrade

"Quem teve a idéia
De cortar o tempo em fatias,
A que se deu o nome de ANO,
Foi um indivíduo genial,
Industrializou a esperança,
Fazendo-a funcionar
No limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
Se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
E tudo começa outra vez, com outro número.
E outra vontade de acreditar
Que daqui por diante vai ser diferente.."


EU ACREDITO!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Coerência de Gandhi

"A minha incoerência é meramente aparente, em razão da atitude que tomo em fase de circunstancias várias. Recuso-me a ser escravo de precedentes ou a praticar algo que não compreenda nem possa defender com base moral. Não sacrificarei princípio algum a fim de conseguir vantagem política. Não estou absolutamente interessado em parecer coerente. No meu caminho em busca da Verdade, tenho abandonado muitas idéias e tenho aprendido muitas coisas novas. Velho como sou de corpo, não tenho a consciência de ter cessado de crescer interiormente, ou que o meu crescimento vá estagnar com a dissolução da minha carne. O que me interessa é a minha atitude de prontidão em obedecer ao chamado da Verdade, o meu Deus, de momento a momento.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Meu Menino Jesus - Roberto Carlos


Oh! Meu Menino Jesus
Na noite desse Natal
São as estrelas que brilham no céu
Do seu amor um sinal
Que em toda casa a alegria
Seja pra todos igual
Brisa de flor perfumando o jardim
Chuva de amor no quintal
E nessa noite feliz
Noite de paz e de amor
Todos veremos no céu
A estrela do Salvador
Te peço,Menino Jesus
Ponha na mesa de alguém
O que esse alguém sempre quis e não tem
Felicidade também

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O mal existe?

Alemanha – Inicio do século 20

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
- Deus criou tudo o que existe?

Um aluno respondeu com grande certeza:
- Sim, Ele criou!

-Deus criou tudo? Perguntou novamente o professor.

-Sim senhor, respondeu o jovem.

O professor indagou:
- Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.

Outro estudante levantou a mão e disse:
- Posso fazer uma pergunta, professor?
- Lógico, foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:
- Professor, o frio existe?
- Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

Com uma certa imponência rapaz respondeu:
- De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

- E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!

O estudante respondeu:
- Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!

Continuou:
- Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
- Senhor, o mal existe?

Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
- Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!

Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
- O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

O jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado. Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu:
Albert Einstein, senhor!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um Rei

O Brasil é o lugar ideal para se fazer cumprir a profecia Divina: “Crescei e Multiplicai!”; pelo menos parte dela. Multiplicam-se a cada dia os meninos e meninas nas calçadas, andado a esmo pelas ruas, ao abandono. Em todos os rincões deste País. Vejo crianças abandonadas nas reportagens de televisão, nas cidades grandes, nas capitais, nas vilas do interior, fazendas. Crescendo, não sei se estão. Estamos endurecendo as nossas crianças a cada dia, tornando-as pessoas tristes, desanimadas, sem vislumbrar um futuro promissor. Hoje em dia é mais difícil encontrar histórias de pessoas que venceram a pobreza desde crianças; antes víamos tantos testemunhos vencedores de vida, daquele menino que saiu de casa, deparou-se com a fome, deu um drible nela e sagrou-se campeão neste jogo da vida.

No Natal, tenho aflorado um sentimento de que tudo poderia ser diferente, afinal de contas, numa estrebaria, lugar onde se acomodavam cavalos e jumentos, Jesus veio ao mundo, sem luxo, sem pompas e nem riqueza. Simplesmente um Rei, o maior de todos, nascido em um berço improvisado numa manjedoura, lugar onde os animais comiam. A maneira como nasceu fez Dele uma referencia de humildade, simplicidade e desprendimento. Ressuscitou mortos, fez cegos enxergarem a Luz do Sol e aleijados caminharem com as próprias pernas. Poderia ter a mais luxuosa mansão e os mais fartos banquetes.

Um Rei vivendo como os plebeus! Naquele 25 de Dezembro, quantas pessoas poderiam imaginar a Riqueza que estava ali, naquele quintal de fazenda? Poucas pessoas faziam idéia disso. Este exemplo cura o meu momentâneo desânimo. Este ano que está passando foi difícil para mim e para a maioria das pessoas. Porém, vencendo as dificuldades, as vezes à custa de suor e algumas lágrimas, vejo que ainda tem espaço para que algumas delas - as lágrimas - sejam de alegria. Celebremos a vida, esta dádiva milagrosa e simples que nos foi ofertada pelo Criador. Se existem barbaridades acontecendo, por mais que elas aconteçam, Jesus nasceu e está sempre presente.

Se muitas crianças estão na rua, relegadas ao abandono, aos pesados vícios que a cada dia prendem mais pessoas a ele, um dia tivemos a Graça de contar com o Salvador, aqui na terra, pertinho de nós, ensinando o Caminho da Vitória, mostrando como sair de todas as dificuldades. E ele não veio nascido em berço de ouro, e sim, de uma forma muito parecida com o nascimento de muitas pessoas carentes neste mundo afora. Isso foi para que tivéssemos também dentro de nós este sentimento de que mesmo diante de embaraços de dificuldade, a luz sempre existe no final do túnel. Lá na frente, sempre vem tempo bom! Feliz Natal para todos nós!

domingo, 20 de dezembro de 2009

DEUS, NA ESCRITA DE GUIMARÃES ROSA

- "Deus é urgente sem pressa. O sertão é Dele".

- "O que Deus sabe, Deus sabe"

- "Deus é paciência. O contrário é o diabo"

- "Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o mundo se resolve

- "Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois no fim dá certo"

- "Deus governa grandeza"

- "Deus não quer consertar nada a não ser pelo completo contrato: Deus é uma plantação"

- "Deus nunca desmente"

- "Deus vem vindo: ninguém não vê. Ele faz é na lei do mansinho - assim é o milagre. E Deus ataca bonito, se divertindo, se economiza".

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mauro Betting e o Galo


Este ano o Galo machucou de novo o meu coração. Liderou por algumas rodadas o Brasileirão e no final ( bem antes da final) tombou, terminou em sexto. Mas não tem nada não, ser atleticano é maior do que isso. Li um texto do jornalista Mauro Betting, por ocasião do centenário do Atlético que reflete muito bem isso. Serve para todos os times que não se contentam apenas com títulos.




COISAS QUE SÓ O ATLETICANO ENTENDE




" O melhor lance do Atlético não foi num jogo. Foi fora dele. Foi numa derrota. Minto, num empate de um time invicto, o supervice-campeão brasileiro de 1977. Não foi o melhor jogo ou jogada. Mas não teve nada mais atleticanoque aquilo: depois da derrota nos pênaltis para o São Paulo,Mineirão e Brasileirão estupefatos pela queda sem derrota de umsenhor time de bola, os jogadores baqueados e barreados pela chuva epela lama se abraçaram no gramado e assim foram ao vestiário.


Foi a primeira vez que vi a cena reverente que virou referência. Ninguém estava fazendo marketing (nem existia a tal palavra). Nenhumjogador estava jogando pra galera. Era fato. Time e torcida estavamjuntos naquele abraço doído e doido. Como tantas vezes o atleticanoesteve junto com o time. Qualquer time. Nada é mais atleticano que aquilo: um time que se comportou como otorcedor. Solidário na dor, irmão no gol. O atleticano é assim: tema coragem do galo, mas não a crista. Luta e vibra com raça e amor.Mas não se acha o dono do terreiro.


Sabe que precisa brigar contra quase tudo e contra quase todos. Até contra o vento, na célebre imagem de Roberto Drummond. Aquela que fala da camisa preta e branca pendurada num varal durante uma tempestade. Para o escritor atleticano, ou, melhor, para o atleticano escritor, o torcedor do Atlético sopraria e torceriacontra o vento durante a tormenta.


Não é metáfora. É meta de quem muitas vezes fica de fora da festa. Não porque quer. Mas porque não querem. Posso falar como jornalistahá 17 anos e torcedor não-atleticano há 41: não há grande equipe no país mais prejudicada pela arbitragem. Os exemplos são tantos e estão guardados nos olhos e no fígado. Não por acaso, o atleticano acaba perdendo alguns jogos e títulos ganhosporque acumulou nas veias as picadas do apito armado.


Algumas vezes, é fato, faltou time. Ou só sobrou raça. Mas não faltou aquilo que sobra no Mineirão, no Independência, onde o Galo for jogar: torcida. Pode não ser a maior, pode não ser a melhor,pode até se perder e fazer perder por tamanha paixão, cobrando golsdo camisa 9 como se todos fossem Reinaldo, pedindo técnica e armação nomeio-campo como se todos fossem Cerezo, exigindo segurança eelegância da zaga como se todos fossem Luisinho.


Mas não se pode cobrar ninguém por amar incondicionalmente.


O atleticano não exige bola de todo o time. Não cobra inspiração de cada jogador. Quer apenas ver um atleticano transpirando em cada camisa, em cada posição, em cada jogada. Por isso pede para que o time lute. É o mínimo para quem dá o máximo na arquibancada. A maior vitória atleticana é essa. Mais que o primeiro Brasileirão,em 1971, mais que o vice mais campeão da história do Brasil, em 1977. Os tantos títulos e troféus contam. Mas tamanha paixão, essa não se mede. Essa é desmedida. Essa é a essência atleticana.


Essa é centenária. Essa é eterna."


É de arrepiar!!

Advocacia e Xadrez


Mais uma bela postagem do Dr. Sanderson Moura. " Encontrei no livro Moderno Dicionário de Xadrez, de Byrne J. Horton, uma belíssima análise do que seja a experiência e o seu valor, e que se aplica também na advocacia, e em qualquer outra profissão.


"Aprender fazendo. É a aquisição de conhecimentos de primeira mão e de habilidade na condução de partidas, pela prática contínua.

O xadrez aprende-se facilmente, mas é difícil de jogar inteligentemente. Quando tiramos proveito da prática estamos acumulando experiência. Podemos obtê-la diretamente por nossos próprios esforços, ou interpostamente, aproveitando da experiência alheia.

A experiência direta, pessoal, pode ser um caminho tedioso e desagradável de aprendizado; por meio de outros, entretanto, seja de professores ou livros o estudo pode ser realizado por métodos mais econômicos. Na análise final, os livros são professores silenciosos, eles apresentam as melhores experiências de gerações de especialista.

Toda essa experiência acumulada pelos outros serve de base teórica pra nossa própria experiência. Depois de tudo dito e feito, ainda é a experiência pessoal o árbitro final de toda a teoria".

De tudo isso podemos dizer: que aprendemos com a experiência, com a nossa e com a dos outros; que a teoria nasce da prática e a prática nasce da teoria; que advogar é fácil, o difícil é advogar inteligentemente, como o jogador da arte do xadrez; que a experiência é posto, tem valor, tem brilho, tem poder, e que é o pulo do gato, a distância, a diferença, o abismo, entre o mestre e o aprendiz."

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Origem dos nomes dos Estados

Os Estados brasileiros foram batizados de acordo com basicamente três fontes: nomes indígenas relacionados à região, acidentes geográficos ou nomes de santos. Veja a origem de cada um.
Acre - o nome provavelmente vem de 'aquiri', corruptela de 'uwákürü', vocábulo do dialeto Ipurinã que denominava um rio local. Conta a História que, em 1878, o colonizador João Gabriel de Carvalho Melo fez um pedido por escrito a um comerciante paraense de mercadorias destinadas à 'boca do rio Aquiri'. Só que o comerciante não entendeu a letra de Melo, que parecia ter escrito algo como 'acri' ou 'aqri', e as compras foram entregues ao colonizador com o destino 'rio acre'
Alagoas - deriva dos numerosos lagos e lagoas que banham a região. Só Maceió, a capital, possui 17 lagoas, entre mais de 30 em todo o Estado
Amapá - a origem desse nome é controversa. Na língua tupi, o nome Amapá significa 'o lugar da chuva' - 'ama' (chuva) e 'paba' (lugar, estância, morada). A tradição diz, no entanto, que o nome teria vindo do nheengatu, uma espécie de dialeto tupi jesuítico, que significa 'terra que acaba', ou seja: 'ilha'. Também pode se referir à árvore amapá (Hancornia amapa), muito comum na região. Sua seiva é usada como fortificante e estimulador do apetite
Amazonas - o nome, que se transmitiu do rio à região e, depois, ao Estado, deve-se ao explorador espanhol Francisco de Orellana que, em 1541, ao chegar à região, teve de guerrear com uma tribo indígena. O cronista da expedição relatou que os guerreiros eram, na verdade, bravas índias. Elas foram comparadas às amazonas, mulheres guerreiras que, segundo lenda grega, retiravam o seio direito para melhor manejarem o arco-e-flecha

Bahia - deriva da Baía de Todos os Santos, região onde atracou uma esquadra portuguesa em 1º de novembro de 1501, dia dedicado a Todos os Santos. Em 1534, quando o Brasil foi dividido em capitanias, havia uma orientação para que elas fossem batizadas com nomes dos acidentes mais notáveis nos seus territórios

Ceará - vem de 'ciará' ou 'siará' - 'canto da jandaia', em tupi, um tipo de papagaio pequeno e grasnador;
Espírito Santo - o Estado originou-se de uma capitania doada a Vasco Fernandes Coutinho, que chegou à região no dia 23 de maio de 1535, um domingo do Espírito Santo (ou Pentecostes, 50 dias após a Páscoa), razão pela qual a capitania recebeu esse nome;
Goiás - deriva do nome dos índios guaiás, que ocupavam a região no final do século 16, quando lá chegaram os bandeirantes em busca de ouro;
Maranhão - outro nome com origem controversa. Uma das hipóteses é que venha do nheengatu 'mara-nhã', outra é que tenha origem no tupi 'mbarã-nhana' ou 'pára-nhana', que significa 'rio que corre'. Outra possível origem está no cajueiro, árvore típica da região conhecida como 'marañón' em espanhol;

Mato Grosso - a denominação tem origem em meados da década de 1730 e foi dada pelos bandeirantes que chegaram a uma região onde as matas eram muito espessas. Embora a vegetação do Estado não seja cerrada e densa em toda a sua superfície, o nome foi mantido e se tornou oficial a partir de 1748/;

Mato Grosso do Sul - a criação do Estado é resultado de um longo movimento separatista que teve sua origem em 1889, quando alguns políticos propuseram a transferência da capital de Mato Grosso para Corumbá. Na primeira metade do século 20, com a chegada de seringueiros, criadores de gado e exploradores de erva-mate à Região Sul, ficou clara a diferença entre as duas metades do Estado. E em 1977 ele foi desmembrado;

Minas Gerais - a existência na região de inúmeras minas com metais preciosos, descobertas pela exploração dos bandeirantes paulistas no final do século 18, deu origem ao nome do Estado. O motivo da junção do adjetivo 'gerais' para 'minas' pode ser por conta dos vários tipos de minérios ou também para diferenciar das minas particulares;

Pará - vem da palavra tupi 'pa'ra', que significa 'mar'. Esse foi o nome dados pelos índios para o braço direito do rio Amazonas que, ao confluir com o Rio Tocantins, se alonga muito parecendo o mar;

Paraíba - vem da junção do tupi 'pa'ra' com 'a'iba', que significa 'ruim, impraticável para a navegação'. O nome foi inicialmente dado ao rio e depois ao Estado;

Paraná - também formado pela junção de 'pa'ra' com 'aña', que significa 'semelhante, parecido'. A palavra serviria para designar um rio semelhante ao mar;

Pernambuco - o nome vem do tupi-guarani 'paranambuco', junção de 'para'nã' (rio caudaloso) e 'pu'ka' (rebentar, furar) e significa 'buraco no mar'. Os índios usavam essa palavra para os navios que furavam a barreira de recifes;

Piauí - do tupi 'pi'awa' ou 'pi('ra)'awa', que significa 'piau, peixe grande', com 'i' (rio). Ou seja, rio das piabas ou dos piaus;

Rio de Janeiro - em 1º de janeiro de 1502, uma expedição portuguesa sob o comando de Gaspar Lemos chegou ao que lhes parecia a foz de um grande rio, denominando o local como Rio de Janeiro, ao que é, na realidade, a entrada da barra da Baía de Guanabara;
Rio Grande do Norte - recebeu esse nome por conta do tamanho do Rio Potengi;

Rio Grande do Sul - primeiro chamado São Pedro do Rio Grande, por causa do canal que liga a lagoa dos Patos ao oceano.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Prático, rápido e eficaz

Para quem quer uma resposta rápida, uma ótima dica é este site em que você digita a frase e ele responde com as novas regras ortográficas em vigor. Dica do meu amigo Pedro Zacarias, de Governador Valadares.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Dicas de um especialista em motivação

Doicas do Roberto Schinyaschiki. 2010 vai ser um ano de muito crescimento, muita movimentação, muitas oportunidades de sucesso. Os empregos vão estar a todo vapor e muitas portas estarão se abrindo para quem ousar avançar. Algumas competências serão fundamentais para você ter sucesso no próximo ano. Veja algumas dicas para aproveitar melhor as oportunidades de 2010:
1. Prepare-se para decidir rápido e implantar suas decisões ainda mais rapidamente. O sucesso virá para aqueles que tiverem a capacidade de dar respostas velozes às oportunidades.
2. Aprimore seus pontos fracos. Por exemplo, os homens devem desenvolver mais a intuição, enquanto as mulheres precisarão aprender a lidar mais com estatísticas, com números.
3. Invista forte em aumentar a capacidade sua e de sua equipe, para transformar oportunidades em resultados. É preciso fazer a equipe trabalhar rapidamente. O sucesso virá para quem souber agir e entregar os resultados antes que a concorrência.
2010 vai ser um ano de decisões e ações que poderão trazer-lhe muito sucesso. Será o ano dos campeões, daqueles que gostam de desafios e superação.

Fique de olho, que darei muitas outras dicas para o seu sucesso.
Um grande abraço,
Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Corrida Presidencial

Uma nova pesquisa Vox Populi, divulgada nesta quinta-feira (10), pelo Jornal da Band, mostra que o pré-candidato do PSDB José Serra continua liderando a corrida para as eleições presidenciais de 2010, mas o percentual das intenções de voto no atual governador de São Paulo caiu em relação ao último levantamento, feito no mês passado. Nessa última pesquisa, Serra aparece com 36% das intenções de voto, enquanto na anterior ele tinha 40%.

Já a pré-candidata do PT, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, cresceu nas intenções de voto. Ela, que continua em segundo lugar, subiu de 15% na pesquisa do mês passado, para 19% neste último levantamento.Ciro Gomes (PSB) aparece em terceiro lugar, com 13% das intenções de voto, seguido de Heloísa Helana (PSOL), com 6%, e Marina Silva (PV), com 3%.

Em um outro cenário, com a vaga do PSDB ocupada pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves, os números mudam. Dilma Roussef lidera a pesquisa, com 20% das intenções de voto, seguida de Ciro Gomes, com 19%, Aécio Neves, com 18%, Heloísa Helena, com 8%, e Marina Silva, com 4%.

A pesquisa perguntou ainda em qual candidato o eleitor não votaria. Aécio Neves foi o que teve menor rejeição (5%). Ciro Gomes vem em segundo, com 8%, seguido de Heloísa Helena, com 10%. Marina Silva e José Serra aparecem com 11% e Dilma Roussef 12%.

Nova Lei do Inquilinato preocupa locatários de imóveis comerciais

SÃO PAULO - A Lei do Inquilinato foi alterada, entrando as alterações em vigor dentro de 45 dias. Referida Lei, sancionada ontem (09/12), tem causado preocupação aos locatários, especialmente os de imóveis comerciais. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) foi taxativa e explicou que as mudanças prejudicam inquilinos. "A lei reduz prazos para desocupação", explica o assessor jurídico da entidade, Raphael Noschese.Uma das novas regras diz respeito à caução a ser depositada pelo locador. Para executar o despejo e tomar posse do imóvel, segundo Noschese, o locador tinha de depositar um montante equivalente a 12 a 18 meses do valor do aluguel.
Com a nova lei, o depósito deve equivaler a um valor correspondente a seis a 12 meses de aluguel.A Fecomercio foi uma das entidades que postulou o veto de partes do projeto de lei, obtendo sucesso quanto ao parágrafo 3º do artigo 13, que previa que a simples transferência do controle societário do locatário seria equiparada à cessão do contrato de locação. O consenso, segundo Noschese é que "uma coisa não tem a ver com outra".Entretanto, o polêmico artigo 74 foi vetado apenas parcialmente. O projeto de lei previa concessão de liminar para desocupação do imóvel em 15 dias, quando houvesse pedido de retomada em razão de melhor proposta apresentada por terceiros.
Noschese explicou que esse prazo mudou para 30 dias, no texto aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O prazo continua apertado", ressaltou. "A lei atualmente em vigor prevê 180 dias para o despejo, após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, após a decisão do tribunal. Nesse meio tempo, o locatário tinha tempo para se preparar e procurar outro imóvel. A mudança pode até causar desemprego, já que as empresas prejudicadas, muitas delas de pequeno porte, possuem inúmeros funcionários. As pequenas empresas são as principais empregadoras do país" , opinou.
Esse ponto também chamou a atenção de Mario Cerveira Filho, sócio do escritório Cerveira, Dornellas e Advogados Associados. "A lei vai fazer com que as ações de despejo fiquem muito mais rápidas do que eram, tanto no caso do imóvel comercial quanto no caso do residencial", disse. "Embora eu admita que a lei em vigor hoje vem beneficiando maus pagadores".Outro ponto perverso da lei, segundo ele, diz respeito ao atraso no pagamento. "Na lei antiga, o locatário podia atrasar o aluguel duas vezes, no máximo, em um período de 12 meses. Na terceira vez, o locador tinha direito de não aceitá-lo mais como inquilino. Na lei nova, o locatário somente pode atrasar o pagamento uma única vez em um período de dois anos. Mas e se ele esquecer de pagar, ou ficar doente, ou viajar?", questiona.
Na contramão das opiniões, o presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), Pedro Carsalade, afirma que a lei, na realidade, favorece o inquilino. "A Lei do Inquilitano não mudava há 18 anos", disse. "Nós temos uma série de imóveis fora do mercado exatamente porque o trâmite no Judiciário era demorado. Levava-se 14, 15 meses para despejar um inquilino que não estava pagando o aluguel. Além de não receber o aluguel pelo imóvel, o locador tinha de esperar mais de um ano", afirma Carsalade. Segundo ele, as pessoas ligam proprietários de imóveis a grandes investidores, o que não é verdade.
"Há pessoas que juntaram dinheiro ao longo de suas vidas e conseguiram comprar um imóvel para alugar, como complemento de renda. Só que muitas delas não estavam alugando justamente por conta da inadimplência". Como o mercado de imóveis também é guiado pela lei da oferta e da demanda, a aposta de Carsalade é de queda nos preços dos imóveis para locação. Quanto à polêmica questão da oferta de um terceiro, que pode levar o locatário a sair perdendo, ele diz que uma das críticas dizia respeito à simulação dessa oferta, o que não passaria de uma especulação, já que é fácil descobrir esse tipo de manipulação e as penalidades são altas. Para ele, a lei apenas trouxe equilíbrio entre as partes envolvidas. Veja aqui a nova lei.
Uol notícias

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Grande Ditador

Em seu filme "O Grande Ditador", Charlie Chaplin vive uma brilhante sátira a Adolph Hitler. O climax clássico deste filme é o célebre discurso final ( O último Discurso), um libelo ao triunfo da razão sobre o militarismo. Atuando e sendo o diretor do filme o Grande Ditador, Chaplin foi incrivelmente acusado pelo Comitê das Atividades Antiamericanas, além de ter sido confundido à figura de um comunista com um discurso anti-nazista e humanitário! Trata-se de um tributo a paz e serve direitinho para os dias de hoje ( aproveito para postar dois desenhos meus, tirados do baú):

"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos. Todos nós desejamos ajudar uns aos outros.

Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.


Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquinas! Homens é que sois!







E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos.Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou de um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós!



Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas! O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem! Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Feriados e respectivas leis

Site com relação de feriados e respectivas leis. Aqui

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um avião quase parado no céu - Marina Silva


“Mas, afinal, o tempo que valia mesmo era o nosso, o das nossas circunstâncias. Não nos incomodamos de saber, com cinco anos de atraso, algo que já era História no restante do mundo. Nossa velocidade, vejo agora, não era veloz. E isso não tinha a menor importância”.
Quando penso em velocidade, e acho que com a maioria das pessoas é assim, tenho a idéia de algo acontecendo muito rapidamente, de um tempo e um espaço a serem vencidos. Embora velocidade também tenha a ver com lentidão, raramente pensamos nela com esse sentido.
Para mim, ela só é perceptível numa relação comparativa. Minha primeira percepção a esse respeito foi por volta dos seis anos, quando vi os primeiros tratores e caminhões na BR-364, então recém aberta, que passava perto da colocação Breu Velho do seringal Bagaço, no Acre, onde nasci.

Colocação é o espaço de vida e trabalho de cada família seringueira. Um seringal se compõe de várias colocações. Numa parte da colocação fica a clareira com a casa, a pequena roça de subsistência, árvores frutíferas, local para a criação de alguns animais e um terreiro. Em torno, numa certa faixa da floresta, identificam- se as árvores para o corte e retirada do latex que vai virar borracha. Anda-se diariamente cerca de 14 quilômetros, o que corresponde a fazer duas vezes o percurso que sai da casa e vai serpenteando por todas as árvores selecionadas, retornando ao ponto inicial. Na primeira passada faz-se o corte, na segunda a coleta. É o que se chama estrada de seringa. Esse era o nosso universo espacial e temporal. De certa forma ele se transferia para dentro de nós e estabelecia formas de conhecimento do mundo. A existência de carros rápidos, de que meu pai falava, só ficou palpável com a BR 364. Primeiro, meu pai abriu um caminho até a estrada. Depois mudou a casa para perto dela, num lugar ao qual demos o nome de Breu Novo.
Aí comecei a prestar atenção também nos aviões que passavam de vez em quando. Olhava para o céu e parecia que eles iam tão devagarzinho, de uma maneira tão suave, chegava a imaginá-los quase parados. O avião, o trator, os caminhões passaram a ser referências novas, diferentes do cavalo, da bicicleta. O caminhão, para mim, era de longe o mais rápido.
Passei também a associar velocidade a perigo. Minha mãe e minha avó diziam o tempo todo que era preciso ter muito cuidado. Aparecia um caminhão hoje, outro lá pela semana seguinte ou até mais, mas a criançada tinha que estar sempre atenta “pra atravessar a BR”. Mesmo naquele ermo, tinha-se que olhar para um lado, depois para o outro e só depois atravessar. E, ainda assim, com certo medo. Mas o impacto maior de conhecer experiências e coisas diferentes de nossas práticas cotidianas, aconteceu quando vi pela primeira vez um fogão.



Desde uns dez anos de idade, eu acordava todo dia por volta de quatro da manhã para preparar a comida que meu pai levava para a estrada de seringa. A rotina era imutável e demorada: levantar, pegar gravetos no monte de lenha, colocar sernambi - pedacinhos de latex coalhado - para queimar no fogão de lenha, jogar nos gravetos por cima. Com lenha molhada, então, fazer o fogo era uma verdadeira batalha. Todo dia preparava farofa. Às vezes com carne, mas quase sempre com ovo e um pouquinho de cebola de palha, acompanhada de macaxeira frita. Aí botava dentro de uma lata vazia de manteiga, com tampa. Manteiga era comprada só quando minha mãe ganhava bebê. Meu pai encomendava no barracão - o entreposto de mercadorias mantido pelo dono do seringal - uma lata, pra fazer caldo d’água durante o período de resguardo. Por incrível que pareça, a manteiga vinha da Europa para as casas aviadoras de Manaus e Belém e dali chegava aos seringais do Acre. A lata era uma coisa preciosa. De bom tamanho, muito útil, tinha tampa e desenhos lindos e elegantes.


O ritual de fazer fogo, preparar o café e a farofa e entregar a lata a meu pai levava uns 45 minutos. O que eu sabia de cozinhar se resumia àquilo. Até que vi pela primeira vez um fogão a gás, em Rio Branco, quando tinha uns doze anos. Estava muito doente e fui com minha mãe. Ficamos na casa do meu tio, na periferia da cidade. Fiquei encantada com o fogão. Como era rápido! Subia de repente um fogo azul e era só botar a panela em cima!
Muito mais tarde, morando já em Brasília, estava atrasadíssima para uma votação no Senado e precisava comer alguma coisa antes de sair de casa. Programei o microondas para 45 segundos e fiquei na frente, estalando os dedos, agoniada, como se pudesse apressar ainda mais a máquina: vamos, vamos, vamos! E enquanto estava ali, nessa coisa meio maluca e ridícula, me veio de uma vez à mente a rotina do seringal. Me vi queimando o sernambi, a lenha, fazendo a farofa, preparando a lata de manteiga. O fogo vermelho e barulhento dos gravetos, a descoberta da chama azul do gás.

Acho que a vida toda fui manejando as coisas do tempo e da velocidade, sem perder o meu tempo e a minha velocidade internos. No meu aprendizado de vida, as coisas velozes sempre se associavam à cidade, e as mais vagarosas à floresta. De nossa colocação até o Piratinim, um dos barracões do Bagaço, eram onze horas de caminhada. Dali até a margem do rio, era mais uma hora. E da margem do rio para Rio Branco, em torno de dois dias e meio. Hoje se leva menos de uma hora, por asfalto, para vencer os 75 quilômetros daquele ponto até Rio Branco.
Em geral as pessoas me acham muito calma. Talvez isso tenha a ver com a minha conformação emocional, mas é também um jeito de me relacionar com as dimensões do cosmos, de tal modo que vou internalizando e conciliando a frequência tecnológica e o ritmo frenético da vida urbana e da política com a potência do rudimentar que faz parte de mim e sempre fará.
Na floresta, onde todo deslocamento demandava muito tempo, paradoxalmente recorríamos à velocidade do som para nossas necessidades de comunicação mais urgentes.

Quando se queria avisar do nascimento de uma criança, sem ter que andar horas ou até dias pela mata, usava-se um código: dois tiros de espingarda significavam que nascera uma menina; três tiros, um menino. Se alguém morresse, eram sete tiros. E no último dia do ano, doze tiros para compartilhar a comemoração do ano novo.Nosso totem tecnológico era o rádio a pilhas, um bem quase mitificado. Podia faltar tudo, menos pilha para o rádio. O nosso era da marca Canadian. Meu pai, minha mãe e minha irmã mais velha eram os que sabiam manejá-lo. Ficava bem alto, numa pequena plataforma na parede. Minha irmã tinha que subir no banco para alcançar e meu pai e minha mãe ficavam na ponta dos pés.

E ninguém mais podia mexer, para não prejudicar o ajuste e não dar chiado. Para meu pai, era sagrado ouvir a Voz do Brasil e os noticiários em português da BBC de Londres e da Voz da América. Minha mãe e minha irmã mais velha gostavam das novelas.
O rádio em si atraía muito minha curiosidade e mesmo com todas as advertências, algumas vezes não resisti e mexi. Levava cada carão, pois, é claro, desajustava as faixas e lá vinha o odiado chiado. Uma vez consegui desparafusar a tampa traseira para ver se havia gente dentro da caixa. Meu pai gostava muito de informação. Minha mãe sempre pedia ao noteiro - o homem que fazia as contas do saldo dos seringueiros e anotava as encomendas de cada família - revistas velhas porventura descartadas pelos patrões, em Belém. De quando em vez, vinham revistas Manchete. Minha mãe separava as páginas mais bonitas ou com muitas fotos para forrar as paredes da casa, um costume dos seringueiros. Mas antes que ela recortasse tudo, meu pai lia tudo avidamente, mesmo sendo notícias velhas.

Nunca esqueci as fotos da morte do presidente Kennedy. Meu pai sentado no chão, com a Manchete aberta no colo, rodeado de crianças, lia em voz alta e explicava o acontecido. Ele já sabia, como fiel ouvinte da Voz da América, mas agora era diferente, tinha o peso das imagens. Ele dizia “presidente da América do Norte”, e não Estados Unidos. Das coisas que meu pai contou, o que mais me impressionou foi que, ao prenderem o suposto assassino, alguém teria gritado: “quebrem-lhe os polegares!”.

Só que, quando olhávamos fascinados as fotos de Kennedy na Manchete de novembro de 1963, já estávamos em 1968, cinco anos depois da tragédia de Dallas. Entre o acontecimento, a informação e a imagem, a completa percepção se arrastara por vários anos. É como se o fato tivesse viajado intacto pelo espaço, em cada detalhe: o estado de choque das multidões, o sangue do presidente, seus filhos tão pequenos, o corpo caído no carro. E de repente tudo isso aterrissou em nosso seringal, sem quebrar a emoção e o impacto, como se fosse uma época invadindo o domínio de outra.

Mas, afinal, o tempo que valia mesmo era o nosso, o das nossas circunstâncias. Não nos incomodamos de saber, com cinco anos de atraso, algo que já era História no restante do mundo. Nossa velocidade, vejo agora, não era veloz. E isso não tinha a menor importância."

Leis Federais atualizadas

Encontre aqui, qualquer Lei federal que precisar

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Mulheres na Arte",

O vídeo "Mulheres na Arte", dirigido por Philip Scott Johnson é um hino dedicado a incrível história da arte através de imagens de mulheres. Este vídeo criou uma euforia real na web. Nada no site YouTube foi visto por mais de 5,3 milhões de visitantes e gerou mais de 10.000 acessos no prazo de 2 meses. O número de comentários chega a 10 milhões neste ano de 2009. O vídeo é referenciado em centenas de blogs em todo o mundo. Trata-se de uma verdadeira obra-prima da arte digital em termos de domínio técnico e criatividade artística. Vale a pena ver aqui

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Queriam conhecer o mar...

Há poucas coisas mais tristes do que presenciar a partida de grandes e bons amigos. Por mais que saibamos que a vida continua, quem fica, sente, por um tempo, aquele gosto amargo de uma palavra que poderia ter sido dita, mais um abraço que poderia ter sido dado, mais momentos de alegria vivenciados. Vivemos a vida de uma forma , às vezes, tão corrida, que esquecemos de valorizar de forma consistente, a conquista dos amigos que a qualquer hora podem estar se despedindo.

Estive em uma confraternização, no final de semana passado em Belém e lá revi um velho amigo, juntamente com sua família, esposa e filhos adolescentes. Revi também um amigo com olhos vivos e sinceros, juntamente com seu menino de 9 anos. Felizes, faziam planos para o futuro promissor que se avizinhava. De lá seguiriam os pais, juntamente com os filhos para Salinas. Os meninos queriam conhecer o mar. Se extasiaram com a grandeza do mar. Brincaram como meninos brincam na chuva, com sentimento inocente, leves, livres de problemas. Os pais, felizes em ver os meninos nadando em alegria, puderam proporcioná-los um presente sem tamanho e ao mesmo tempo receber em forma compensadora, toda a satisfação da felicidade dos filhos.

Quando falamos que existem apenas momentos de felicidade, não nos damos conta de que podemos prolongar tais momentos até uma eternidade. Isto significa viver intensamente as preciosas e simples oportunidades que a vida nos dá na companhia de quem amamos. Basta simplificar, perceber na vida aquilo que realmente importa, parar de perder tempo com as ‘maluquices’ ditadas por um mundo cada dia mais atravessado em vacilações, em obsessão por dinheiro e poder. Os meninos conheceram o mar.

Era hora de por o pé na estrada, voltar para casa, revigorados com a manifestação da natureza, do mar que tudo lava, dos dons divinos de Deus, da boa companhia, de um bendito e agradável fim de semana de festa sadia, sem vícios ou anormalidades. Todos eles viviam uma vida centrada, distantes do turbilhão de desequilíbrios que se vê por aí afora. Certamente, na viagem de volta, as conversas dentro do carro eram em torno de família, amizade, Deus, Paz.

Até posso ver o semblante dos meus queridos amigos transbordando felicidade, com sorrisos tranqüilos de pessoas simples de corações nobres. Mas, de repente, aproximando-se de casa, em uma curva na estrada, os mistérios que cercam a vida se manifestaram em forma de fatalidade, levando a presença de pessoas tão queridas, tão amadas por tanta gente, tão jovens.

Fica sim uma lembrança que, no momento, pode até causar dor, sofrimento e tristeza. Mas com o tempo ficará algo mais forte e vivo. Fica o exemplo de pessoas que passaram por esta vida , viveram e deixaram plantadas nesta terra, vastas sementes a florescer em um mundo melhor.
* Dedicado a Lourival, Fred, Thiago e Leland

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DESENVOLVIMENTO DA TRANSAMAZÔNICA E DO XINGU SERÃO DEBATIDOS EM FÓRUM REGIONAL

Começa nesta sexta-feira, 27 de novembro, no município de Altamira, o I Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu. O evento é organizado pelo FORT Xingu, governo do Estado do Pará e o Consórcio Belo Monte e tem como objetivo debater a construção da Hidrelétrica de Belo Monte dentro de um projeto de desenvolvimento sustentável para a área de influência da usina, que abrange 11 municípios paraenses.

Estarão presentes na abertura do evento lideranças do FORT Xingu, a governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, secretários de Estado, deputados, senadores, prefeitos e outras lideranças políticas, empresariais e sociais dos municípios regionais, explica Vilmar Soares, coordenador do FORT Xingu, um dos organizadores do evento, que termina no dia 28 de novembro.
No segundo dia do evento (28) serão realizadas conferências sobre o Ordenamento Fundiário, o Cadastro Ambiental Rural do Pará (CAR-PA) e o Asfaltamento e Licenciamento Ambiental da Transamazônica, além de consolidar diversas oportunidades de negócios para o desenvolvimento regional da UHE Belo Monte. “Neste contexto faremos a consolidação de um Plano de Desenvolvimento Sustentável da Transamazônica e do Xingu”, antecipa Vilmar.

Além do plano, segundo o coordenador do FORT Xingu, a meta é trabalhar para construir parcerias visando a execução do georreferenciamento das propriedades envolvidas no Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte (AHE), contribuindo para o ordenamento fundiário e a regularização ambiental das propriedades rurais da região de abrangência do projeto. “Formularemos ações que deverão constar como condicionantes para o licenciamento ambiental do projeto”, acentua o gestor.

Os participantes do Fórum reconhecerão e garantirão os direitos das populações envolvidas, sejam povos indígenas, comunidades quilombolas, moradores das zonas urbanas e rurais. O Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte é um projeto de grande viabilidade e importância estratégica. No entanto, sua viabilidade sociopolítica será em função de sua capacidade para induzir o desenvolvimento da região em bases sustentáveis, tendo como proposta a melhoria e a consolidação do espaço regional. "Dada a precariedade da situação atual da região, é imprescindível o envolvimento e a participação de todos os segmentos regionais para que os efeitos positivos da implantação do AHE Belo Monte sejam devidamente apropriados e maximizados na região", frisou Vilmar.
Neste sentido, segundo o coordenador do FORT Xingu, é necessária a formalização de um Plano de Ações Emergenciais que busque direcionar investimentos federais e estadual nas áreas de infraestrutura rodoviária, educação e saúde nas zonas urbana e rural, além da estruturação do setor produtivo para a área de influência do AHE Belo Monte. "Vamos trabalhar para criar condições para a competitividade da produção regional e para que a mão de obra local possa obter colocação nos postos de trabalho que serão criados", finaliza o coordenador do FORT Xingu.
matéria enviada pela Assessoria de Imprensa do Deputado Federal Zé Geraldo (PT-PA)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pero Vaz e o nepotismo...

Nessa época de ATOS SECRETOS, de presidente do Senado Nacional dando cargo para namorado da neta (rs), é bom dizer que essas coisas aqui no Brasil não são novas. Quando da chegada - sem querer - de Pedro Álvares Cabral, o seu escrivão-mor, Pero Vaz de Caminha, no finalzinho da longa carta (primeiro documento oficial da Ilha de Vera Cruz), pede favores ao rei para seu genro.
Em 01/maio/1500 : "E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. "


A carta de Pero Vaz de Caminha é lembrada como o primeiro caso de tentativa de nepotismo documentado no Brasil.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Luther King, sempre atual!

O grande Pastor Martin Luter King Jr, prêmio Nobel da Paz em 1964, que lutou pela igualdade entre brancos e negros nos Estados Unidos nos anos 60, usando o amor e a paz como instrumentos , foi assassinado pela intolerância preconceituosa. Foi um dos maiores oradores da história, sabia utilizar a Palavra para cativar, convencer, emocionar. Vejam:
" Aos nossos mais implacáveis adversários, diremos: Corresponderemos à vossa capacidade de nos fazer sofrer com a nossa capacidade de suportar o sofrimento. Iremos ao encontro da vossa força física com a nossa força do espírito. Fazei-nos o que quiserdes e continuaremos a amar-vos. O que não podemos, em boa consciência, é acatar as vossas leis injustas, pois tal como temos obrigação moral de cooperar com o bem, também temos a de não cooperar com o mal. Podeis prender-nos e amar-vos-emos ainda. Assaltais as nossas casas e ameaçais os nossos filhos, e continuaremos a amar-vos. Enviais os vossos embuçados perpetradores da violência para espancar a nossa comunidade quando chega a meia-noite, e, quase mortos, amar-vos-emos ainda. Tendes, porém, a certeza de que acabareis por ser vencidos pela nossa capacidade de sofrimento. E quando um dia alcançarmos a vitória, ela não será só para nós; tanto apelaremos para a vossa consciência e para o vosso coração que vos conquistaremos também, e a nossa vitória será dupla vitória." Martin Luther King Jr.

Onde Encontrar Auxílio, Quando...


AGRADECIDO: Salmo 100I Tesalonicesses 5:18Hebreus 13:15I Coríntios 13, Salmo 91Salmo 118
ANSIOSO: Salmo 46Mateus 6:19-34Filipenses 4:6I Pedro 5:6-7Salmo 121Mateus 10:16-20
CANSADO: Salmo 90Mateus 10:16-20I Coríntios 15:58Gálatas 6:9-10
CONTRITO: Salmo 4, Salmo 42, Lucas 11:1-13, João 17I João 5:14-15
DEPRIMIDO: Salmo 34Salmo 91Salmo 118:5-9Lucas 8:22-25
EM DIFICULDADES: Salmo 16, Salmo 31, João 14:1-14, Hebreus 7:25
ENFERMO OU NA DOR: Salmo 38, Romanos 8:28,38-39II, Coríntios 12: 9-10Tiago 5:14-15Hebreus 13:56
ENFRENTANDO CRISE: Salmo 121Mateus 6:25-34Hebreus 4:16FALTA DE FÉSalmo 42:5Hebreus 11
NECESSITANDO DE ORIENTAÇÃO: Salmo 32:8
NECESSITANDO DE PAZ: João 14:1-4João 16:33Romanos 5:1-5Filipenses 4:6-7
NECESSITANDO DE DEUS: Salmo 27:1-6Salmo 91Filipenses 4:19
NECESSITANDO DE REGRAS PARA VIVER: Romanos 12 :17
TRISTE: Mateus 5:4II Coríntios 1:3-4
VENCIDO: Salmo 6Romanos 8:31-39I João 1:4-9
VIAJANDO: Salmo 121

Como passar em concursos - Dicas de um especialista

Aos 14 anos de idade, Willian Douglas começou a escrever as primeiras linhas do livro “Como passar em Provas e Concursos” que, meses depois, iria se tornar sucesso. Nessa época, Willian já prestava concurso público na área de direito passando sempre em excelentes colocações. A obra que ensina “o caminho das pedras”, como ele mesmo fala, foi a primeira entre os demais livros de sua autoria. Em seu currículo constam cargos como: advogado, Delegado de Polícia, Defensor Público, Professor de Direito Processual, Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil… Hoje em dia, Willian é Juiz Federal, dedica-se como palestrante em várias partes do País, assim como a sua família e religião, além de estar sempre disposto a responder quaisquer dúvidas.

Confira esta entrevista com ele, feita pelo ebaH, uma rede social voltada, exclusivamente, para o campo acadêmico, que tem como principal objetivo o compartilhamento de informações e arquivos entre estudantes e professores universitários.:

ebaH! – Dos nove concursos que passou, todos eles com ótima colocação, cinco deles ficou em 1° lugar. O senhor sempre foi disciplinado e estudioso?
William Douglas - Não, eu sempre fui curioso e interessado apenas em algumas matérias, como História e Geografia. Outras matérias me causavam repulsa ou me eram indiferentes. Para passar eu precisei desenvolver a disciplina para estudar o que caía nas provas.

ebaH! – Como surgiu a ideia de escrever o seu primeiro livro “Como passar em Provas e Concursos”?
William Douglas – Após minhas aprovações em 1º lugar, as pessoas começaram a me perguntar qual era o segredo, o “caminho das pedras” e etc. A Bíblia diz que “aquele que sabe fazer o bem e não faz comete pecado”. Assim, por dever religioso, para ganhar tempo e para ajudar os amigos, resolvi colocar tudo o que aprendi no papel.
ebaH! – O livro “Leitura Dinâmica”, de sua autoria, junto com o prof. Ricardo Soares, ensina técnicas de memorização. Poderia ensinar uma delas para o público do ebaH!?
William Douglas – Sim, mas vou fazer melhor ainda, vou pedir ao amigo Ricardo Soares que envie algumas dicas. O que acha? (Confira as dicas do professor no final da entrevista.)
ebaH! – Entre as suas obras, encontram-se livros ligados à religião evangélica, do segmento Batista. O doutor é seguidor da mesma? Acredita que a religião, dentro da vida de uma pessoa, possa ajudá-la na hora dos estudos?
William Douglas – Eu sou batista, sim, mas os livros de espiritualidade eu escrevo de uma forma aberta, de modo a não adentrar nas discussões teológicas entre as vertentes do cristianismo. Eu foco no que é comum a todos os que acreditam em Deus e querem se relacionar melhor com Ele, e/ou servi-Lo. Na minha experiência pessoal, a religião ajudou, Deus ajudou, e muito. Não é uma ajuda indispensável, mas creio que vale muito para quem quiser tê-la.
ebaH! – Em uma outra entrevista, o senhor afirmou que “concurso não é para quem pode, é para quem quer”. Então, mesmo aquela pessoa que não possui condições de pagar um cursinho teria as mesmas chances daquela que cursou? Por quê?
William Douglas – Com certeza todos podem passar. Recentemente um morador de rua passou em um! As chances não são as mesmas, infelizmente. Alguns têm mais chances que outros. Contudo, todos têm chance, embora possa variar de tamanho. Quem realmente quiser passar, encontrará um caminho. A experiência revela que quem quer arruma um, quem não quer arruma uma desculpa. Há bolsas, cursos gratuitos, ONG’s… a própria internet. Enfim, há por onde buscar ajuda mesmo tendo pouco dinheiro.
ebaH! – Como uma pessoa “aprende a estudar”?
William Douglas – Lendo meu livro. Não é o único caminho, mas asseguro que é o mais bem explicado e resumido. Pode parecer arrogância, mas não é. Passei 30 anos preparando o material, aprendendo, e estou há mais 10 anos aperfeiçoando-o.
ebaH! – Qual é a rotina de um Juiz Federal?
William Douglas – Dura, estressante, mas alguém tem que fazer esse serviço (risos). Por um lado, temos poder, garantias, boa remuneração, status. Por outro, uma enorme quantidade de trabalho, muita pressão e o ataque constante de todos, a começar pelo próprio Governo (Executivo e Legislativo), quando não vem do próprio escalão superior do Judiciário. Com esforço e dedicação, e com uma boa equipe, contudo, é possível fazer um bom trabalho. A 4ª Vara Federal de Niterói, onde sou titular, é premiada por produtividade e está listada como Vara padrão no Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Judiciário. É uma honra para mim e posso dizer que só conseguimos isso porque temos uma equipe de funcionários públicos motivados, comprometidos e que amam o que fazem.
ebaH!- E como é a rotina de Willian Douglas fora do trabalho?
William Douglas – Muito louca e agitada. Tenho esposa e 3 filhos, pai, irmã, irmão… e procuro dar atenção a todos. Vou à Igreja, sou militante do movimento negro (na Educafro), viajo muito fazendo palestras… caminho 3 vezes por semana (o WDSPTS, meu programa de treinamento físico, está disponível no meu site), acompanho meu informativo gratuito, escrevo colunas em vários jornais… Além disso, cuido dos meus livros, algo em torno de 33 publicados, uns 12 no mercado e mais uns 4 em preparação. Vou à Editora Impetus, onde sou integrante do Conselho Editorial, e noutras editoras também, onde sou consultor. Enfim, é bastante coisa, mas amo muito tudo isso (parece a propaganda do McDonald’s, não?)
ebaH! – Qual o seu ponto de vista sobre os diversos escândalos que assolam o Poder Judiciário?
William Douglas – Onde houver ser humano ocorrerão fraudes e escândalos, mas somente nós mesmos, os seres humanos, podemos fazer isso aqui funcionar.

Técnicas de Memorização – Prof. Ricardo Soares:

1) Use sua memória ao máximo. Memorizando, estamos exercitando e fortalecendo a memória. Existem pessoas que acreditam que a sua plena utilização causa uma “sobrecarga” e que a memória deixa de responder. Engano! Ela deixa de responder quando fica “enferrujada e emperrada” por falta de uso;

2) Procure formar imagens mentais daquilo que se quer reter. A memória visual é a que mais estimulamos em nosso cotidiano, portanto visualize aquilo que quer memorizar;

3) Associe ideias. O cérebro registra, e evoca mais facilmente, ideias que estão associadas a outras;

4) Usar simultaneamente as dicas dois e três criando “associações visuais”. Abuse de sua imaginação produzindo associações criativas e bizarras. É o que chama a atenção que fica marcado na memória. O que é “normal e corriqueiro” é mais facilmente esquecido!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós...

Dia 15 de Novembro comemora-se a Proclamação da República no Brasil. Trata-se de um marco histórico, época em que comemoramos, teoricamente, a quebra do Regime Imperialista, dominado pelos portugueses, que queriam de nós apenas as riquezas colossais que poderíamos “oferecer” ( e fornecemos) à Coroa Portuguesa. O Hino à República, belíssimo, tem em seu refrão: “Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós!” Foi escrito há mais de cem anos e o motivo de tal clamor era de que nos livrássemos “ das garras de Portugal” ( o hino fala textualmente).

Hoje, mais de cem anos depois, estamos lutando para nos livrar das garras de nós mesmos, brasileiros, atordoados pela falta de escrúpulos, vivendo a vida e tendo a sensação de que um dia a mais nos faz sobreviventes. O Brasil liberto de hoje é aquele mesmo País que produz mães que jogam filhos recém-nascidos nos esgotos, que trata mal os seus velhos e que tem milhões de crianças nas ruas, desaprendendo a ser gente.

Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós e nos mostre, cem anos depois, como nos livrar da mentalidade minúscula que turva a visão dos pequenos políticos, que não conseguem enrolar a bandeira e vivem duelando contra seus próprios preconceitos. Já naquela época, o primeiro Presidente da República, o Marechal Deodoro, era um Monarquista que se rendeu aos anseios e necessidades da Nação e se colocou á disposição da República mostrando que os homens podem ceder quando interesses maiores e legítimos estão acima dos seus próprios interesses pessoais.

Hoje em dia a gente vê, em nível nacional, verdadeiras batalhas em torno de espaço na mídia e os holofotes mirando apenas no que é negativo. O que dá “ibope” é notícia ruim. Pode reparar. Vou dar um exemplo: estou vendo agora na internet, as seguintes manchetes: “INSS apura 21 mil casos de fraude na aposentadoria por invalidez”; “ “ Criminalidade aumenta em todo interior do Brasil”. Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós, ainda hoje, em 2009, continuamos cantando a atual estrofe do nosso centenário Hino, porque um País que tem tantos analfabetos não pode ser chamado de livre e não adianta querer colocar a culpa em um ou outro porque isso já é uma situação crônica, que não se resolverá em poucos anos.

Alguns de nossos maiores calos tem a raiz no início da nossa história, que até hoje é mal contada. Ninguém sabe quem foi o vilão ou quem é o herói. Somos especialistas em arranjarmos culpados para as nossas mazelas e esquecemos que quando apontamos o dedo para alguém, tem três apontados para nós mesmos. Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós e nos mostre como é ser uma verdadeira República de homens e mulheres livres, honestos, sinceros e irmãos. Isso é utopia? Veja então como conclui uma das estrofes do nosso belo Hino à República: Mensageiro de paz, paz queremos, É de amor nossa força e poder!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Seria cômico se não fosse trágico!

O desregramento de costumes está 'deverasmente' como um caminhão sem freio, ladeira abaixo, como diria Rui Barbosa. Vejam que coisa 'escandalosamente incrível' me foi enviada por e-mail:
A sentença é insólita e inédita. O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu que o homem que, por vontade própria, participar de uma sessão de sexo grupal e, em decorrência disso, for alvo de sexo anal passivo, não pode declarar-se vítima de crime de atentado violento ao pudor. O acórdão do TJ de Goiás, publicado no dia 6, é um puxão de orelhas no autor da ação que reclamava da conduta de um amigo.
Luziano Costa da Silva acusou o amigo José Roberto de Oliveira de ter praticado contra ele "ato libidinoso diverso da conjunção carnal". Silva alegou que, como estava bêbado, não pôde se defender. Por meio do Ministério Público, recorreu à Justiça. Mas o Tribunal concluiu que não há crime, já que a suposta vítima teria concordado em fazer sexo grupal.O acórdão dos desembargadores é categórico:"A prática de sexo grupal é ato que agride a moral e os bons costumes minimamente civilizados.
Se o indivíduo, de forma voluntária e espontânea, participa de orgia promovida por amigos seus, não pode ao final do contubérnio dizer-se vítima de atentado violento ao pudor. Quem procura satisfazer a volúpia sua ou de outrem, aderindo ao desregramento de um bacanal, submete-se conscientemente a desempenhar o papel de sujeito ativo ou passivo, tal é a inexistência de moralidade e recto neste tipo de confraternização".
Para o Tribunal de Justiça do Estado, "quem participa de sexo grupal já pode imaginar o que está por vir e não tem o direito de se indignar depois. "(...) não pode dizer-se vítima de atentado violento ao pudor aquele que ao final da orgia viu-se alvo passivo de ato sexual", concluíram os desembargadores.
Segundo o inquérito policial, no dia 11 de agosto de 2003, após ter embriagado Silva, Oliveira teria abusado sexualmente do amigo. Em seguida, teria levado o amigo e sua própria mulher, Ednair Alves de Assis, a uma construção no Parque Las Vegas, em Bela Vista de Goiás. Lá, teria obrigado a mulher e o amigo a tirar suas roupas e a manter relações sexuais, alegando que queria "fazer uma suruba". Em seguida, Oliveira teria mais uma vez se aproveitado da embriaguez do amigo e praticado sexo anal com ele.
Oliveira foi absolvido por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, que manteve a decisão da primeira instância. Segundo o relator do caso, desembargador Paulo Teles, as provas não foram suficientes para justificar uma condenação, pois limitaram-se aos depoimentos de Silva e de sua mãe. Em seu depoimento, Ednair confirmou que Silva teria participado da orgia por livre e espontânea vontade.
Para o magistrado, todos do grupo estavam de acordo com a prática, que definiu como desavergonhada."A literatura profana que trata do assunto dá destaque especial ao despudor e desavergonhamento, porque durante uma orgia consentida e protagonizada não se faz distinção de sexo, podendo cada partícipe ser sujeito ativo ou passivo durante o desempenho sexual entre parceiros e parceiras.
Tudo de forma consentida e efusivamente festejada", esclareceu o relator. Em suma, o TJ/GO concluiu o que todo mundo já sabia, com relação a atitudes despudoradas de pessoas embriagadas. NÃO TEM DONO...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Constituição é emendada pela 61ª vez em 21 anos de existência

A Constituição Federal vai receber mais três emendas nesta quarta-feira (11). Nesses 21 anos, deputados e senadores já aprovaram 61 emendas à carta, uma média de três por ano. O texto constitucional foi promulgado em 5 de outubro de 1988, após 20 meses de trabalho dos 558 constituintes.
Para cada emenda ser aprovada foram necessários os votos de no mínimo três quintos dos deputados (308) e também de três quintos dos senadores (49), em duas votações em cada uma das casas legislativas. A atual Constituição tem 245 artigos e terá a partir de quarta-feira 61 emendas.
A Carta Magna dos Estados Unidos, que foi promulgada em 1787, tem apenas sete artigos e 27 emendas.
Mesmo com esse número de emendas já aprovadas e incluídas no texo, ainda tramitam na Câmara e no Senado algumas centenas de propostas que visam alterá-la.
Agência Brasil

Burocracia

Eu estive outro dia em uma “repartição pública” federal, em Marabá, a fim de começar a resolver uns problemas burocráticos. Fiquei pasmo ao constatar que em alguns setores da administração pública federal, parece que a determinação geral é procurar uma brecha para não atender, não resolver, não solucionar. Incrível. E olha que eu já tenho uma boa experiência dentro dos ‘trâmites administrativos”, digamos assim.

Imagina o que se passa com uma pessoa que não tem tanta desenvoltura em lidar com os entraves na “receita federal” da vida. Me deram um chá de cadeira e enquanto esperava, li um artigo interessante de um teólogo( Valmir Nascimento) a respeito de como seria caso a Justiça Divina atravancasse os pedidos desesperados da humanidade usando a burocracia dos humanos. Vejam que interessante o que ele escreveu:


" Ainda bem que o Reino de Deus não é repartição pública. Senão, imaginemos a situação. Você, num momento de desespero e angústia, ajoelha-se para buscar a presença de Deus e receber uma resposta para as suas indagações. Pega o ‘telefone’ da oração e ‘disca’ diretamente para o Criador. Porém, quem atende é a telefonista dos céus:

- Secretaria Divina, bom dia! Com quem o senhor gostaria de falar? Você leva um susto. Afinal nunca ouvira falar da Secretaria Divina; muito menos de uma telefonista dos céus. Mas você é persistente. - Eu quero falar com Deus, por favor. - Tem hora marcada? Responde a telefonista. - Hora marcada? Como assim, hora marcada? Apreensivo, você indaga. A moça, num tom de especialista explica:

- Muita coisa mudou meu querido. Como Deus andava cheio de compromissos, ocupado com as guerras e a fome das nações, e com o aumento do número das orações direcionadas pra Ele ultimamente, resolvemos fazer uma reorganização/reengenharia no Céu. Assim, para que o senhor possa conversar com Ele, será necessário agendar uma entrevista anteriormente, conforme dispõe o Decreto de Reorganização Superior.

Você não podia acreditar naquilo que acabara de ouvir. Reorganização do Céu, agenda para falar com Deus, era tudo muito estranho. - Tudo bem! Então eu quero agendar uma entrevista com Deus. Nervoso você assevera. - Você é crente ou descrente? Pergunta a telefonista. - Crente ou descrente?
- É! Pois dependendo do seu enquadramento, vou transferir a ligação para o setor responsável. Se for crente, irei transferi-lo para a SRC - Secretaria de Relacionamento com Crentes, comandada por São Pedro; se for descrente, vou transferi-lo para o SRD – Secretaria de Relacionamentos com os Descrentes, comandada por São Paulo.

Sabe com é, delegação de competência! - Tem mais essa ainda? - Organização meu querido! - Mas eu nem sei no que eu me enquadro. - Não se preocupe. Vou acessar nosso novo Sistema de Informações Espirituais e verificar a ficha do senhor e o seu enquadramento.

Depois de algumas tecladas, a telefonista responde. - A situação do senhor não é muito boa! Nosso sistema esta informando que o senhor tem cometido alguns pecados: traição, adultério, mentiras. Por isso... - Por isso... o que? - Antes de ir para o SRC ou SRD, vai ter que conversar na SRE – Secretaria de Reformulação Espiritual. Pois, a condição do senhor tá tão feia que não dá pra falar nem com São Pedro ou São Paulo.
- Estais brincando? - Não estou não. Estou seguindo a norma de Organizações & Métodos e se eu não fizer corretamente a Auditoria me pega. Ai você já viu né, vai sobrar pra mim. - Ta bom! Transfira a ligação para a Secretaria de Reformulação Espiritual - Nessa altura você já está mais do que nervoso. - Só um minutinho, já estou transferindo.
Enquanto toca a música do “pananam” você aguarda, até que: - SRE, bom dia! Em que posso ajudá-lo? - Olha, já têm mais de uma hora que estou nessa ligação querendo falar com Deus, mas a telefonista da Secretaria Divina me disse que tenho que conversar com vocês antes de falar com o SRC ou SRD, para depois falar com Deus.

- Não se preocupe meu senhor. Nosso setor é o mais rápido aqui no céu. No mês passado atingimos cem porcento de nossa meta. João, o nosso gerente, é muito competente e vai solucionar o problema do senhor rapidamente.
- Então o que eu devo fazer?
- É simples, basta nos enviar uma petição redigida em papel A4, em três vias, junto com a cópia do RG, CPF, comprovante de endereço, titulo eleitoral e certidão de casamento. Depois, é só aguardar a decisão.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Tem rapariga aí?"

Amigos, encontrei um texto, que, de certa forma, revela o meu sentimento a respeito de uma chaga que aumenta a cada dia.

Por isso transcrevo e republico, na íntegra, o texto de José Teles, publicado no JC online, de 07 de maio de 2008.

“TEM RAPARIGA AÍ?"

" Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero).


As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam).


Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de ‘forró’, e Ariano exclamou: ‘Eita que é pior do que eu pensava’. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.


Para uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família.


Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).

Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se.
Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental.
As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.
Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa.Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem.
Quando canta uma canção (canção ?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui há alguns poucos anos. “
Assino embaixo, José Teles.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

PALAVRAS MÁGICAS

Estava andando dias atrás, próximo de minha casa, quando vi um motorista desrespeitando a faixa de pedestres, no momento em que uma senhora iria atravessar. Foram tantos palavrões desferidos pela senhora ao motorista que já ia longe, que assustou quem passava perto. Se ela tinha alguma razão, perdeu naquele momento com sua atitude irracional e transtornada. Se igualou ao motorista rebelde. Percebi então que muitas coisas podem ter desfechos diferentes se tivermos uma disposição de nos comunicarmos melhor. Acontecendo isso, a nossa referência se transforma pois uma atitude grosseira e descortês passa a ser marca registrada de uma cidade se repetida diversas vezes. Presenciei princípios de tumultos em filas de banco, sinais de trânsito, lojas e bares que quase terminaram em tragédia.

Muitas vezes vejo as pessoas reivindicando um direito de forma exagerada, desproporcional, quando um simples “com licença”, “por favor”, “obrigado”, “ desculpe”, resolveria tudo. Outro dia cheguei em casa, à noite, e tinha um carro estacionado bem na porta de minha garagem. Fiquei sem ter como entrar em casa. O que pude fazer foi procurar um lugar mais afastado e deixar o carro. Não deu outra: um “amigo do alheio” quebrou o vidro do automóvel e levou meu toca cd e outros pertences. Fiquei indignado nem tanto pelo roubo, já que o infeliz do ladrão encontrou uma oportunidade fácil de exercer seu triste ofício. Fiquei zangado pela falta de consciência da pessoa que só pensou em si, estacionando o carro em frente à minha garagem.

Dias atrás, a cena se repetiu, lá estava um carro obstruindo a entrada de minha garagem! Deixei um recado no parabrisa informando do “equívoco” e pedindo que isto não mais aconteça. No meu pensamento, a pessoa nem iria ver o recado ou então, no máximo, faria uma galhofa de minha cara de bobo, em perder tempo deixando bilhete. Para minha surpresa, recebi na minha caixa de correios um pedido de desculpas que considerei sincero, sem agressividade ou ironia.


Sinto que a luta pela sobrevivência aqui em Parauapebas faz com que muitas pessoas se sintam transtornadas, armadas até os dentes, nervosas como um fio desencapado. Quando se reconhece uma falha, na maioria das vezes a pessoa que reclama se sente desarmada, sem graça, constrangida em rebater de forma feroz. Esta cidade está apenas começando e depende de nós agirmos de forma prudente e equilibrada para conseguirmos o que queremos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

1001 discos


Site interessante, com 1001 discos prontos para baixar. Entre eles, clássicos do rock, como o emblemático Sgt. Pepper's, dos Beatles. Para quem gosta, boa pedida!



Festival de Curtas: Inscrições prorrogadas

Oficinas de cinema têm inscrições prorrogadas . Os interessados em participar das oficinas oferecidas pelo festival de cinema Curta Carajás podem se inscrever até o dia 06 de novembro, sexta-feira. As fichas de inscrição devem ser preenchidas na recepção da Secretaria Municipal de Cultura, Rua D, 330, Cidade Nova, em Parauapebas/Pará.
A abertura do festival é dia 10, terça-feira, na Praça de Eventos, em frente à Câmara Municipal. As oficinas de Roteiro e Direção, Produção e Fotografia vão do dia 11 ao dia 13, no Centro Universitário de Parauapebas – CEUP.
Todos os participantes receberão certificados. Vários profissionais ministrarão cursos interessantes, entre eles, nosso amigo Bruno Assis, que falará sobre fotografia.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vida real e etc e tal

A internet é um grande sanduíche, um grande "x-tudo", para todos os gostos. Um bicho que tem que ser domado. Ou um museu de grande novidades, parodiando Cazuza. Tem cada coisa!


Só agora vi aquela cena mostrada para o mundo de Saddam Hussein sendo enforcado e achei aquilo uma demonstração bizarra do século XXI. A banalização da vida vista através das câmeras de um telefone celular, onde uma meia dúzia de homens encapuzados foram encarregados de dar cabo da vida do ditador iraquiano. O que os livros de história retratam de uma forma teórica e abstrata ( a morte de personalidades), o mundo globalizado mostra ao vivo e à cores para todo o planeta. Não há margem para a imaginação viajar.


A vida real está ao alcance de uma câmera oculta, minúsculos microfones ou grampos telefônicos. Os insultos que os carrascos proferiram contra um Saddam à beira da morte foram repelidos por todo o mundo. Até mesmo George Bush, inimigo mortal e principal algoz do iraquiano foi à público para condenar a atitude dos carrascos.


Todos os crimes que Hussein cometeu estão gravados pela humanidade; a história já o julgou, sua atitude tirânica e ditatorial não são exemplos para ninguém, mas quando alguém utiliza-se da força bruta e da selvageria para combater crimes, o mundo fica pior.


Quando uma criança vê na televisão cenas de extrema violência, como as que recheiam os telejornais todos o dias, pode ter certeza que boa parte de sua inocência será comprometida. A televisão é algo extremamente benéfico, pois é o único lazer para milhões de brasileiros; mas por outro lado, sujeita a desencaminhar, dar aparência de normalidade a coisas tétricas. E isso acontece todo dia no horário ‘nobre’.


Ei, não se iludam, os ídolos dos filmes e novelas são de barro! Os verdadeiros heróis do dia a dia estão pelas ruas do mundo, anônimos, vencendo as dificuldades, sobrevivendo e vivendo a vida com o suor dos seus rostos. Na realidade, o que faz a diferença de um grande homem é saber observar as qualidades até mesmo em seus adversários. Isso faz com que se crie algo preponderante para qualquer homem ser vencedor: o respeito. Seja em qualquer aspecto, o respeito é bem vindo e com ele, a vida fica muito mais fácil de ser vivida

BENDITA SEJA ESSA GRANDE SENHORA, QUE CHAMAMOS "JUSTIÇA"!


O texto abaixo é de um Juiz do Espírito Santo, João Batista Herkenhoff, que tem uma visão interessante do Direito, da Magistratura e da Vida. Foi postado pelo colega Sanderson Moura, em seu blog, que é interessantíssimo (www.sandersonmoura.blogspot.com)

"Indaga-me jovem amigo se as sentenças podem ter alma e paixão.O esquema legal da sentença não proíbe que tenha alma, que nela pulsem vida e emoção, conforme o caso. Na minha própria vida de juiz senti muitas vezes que era preciso dar sangue e alma às sentenças.Como devolver, por exemplo, a liberdade a uma mulher grávida, presa porque trazia consigo algumas gramas de maconha, sem penetrar na sua sensibilidade, na sua condição de pessoa humana?

Foi o que tentei fazer ao libertar Edna, uma pobre mulher que estava presa há 8 meses, prestes a dar à luz, com o despacho que a seguir transcrevo:
A acusada é multiplicadamente marginalizada:Por ser mulher, numa sociedade machista...Por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta.
Por ser prostituta, desconsiderada pelos homens, mas amada por um Nazareno que certa vez passou por este Mundo.
Por não ter saúde. Por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si.Mulher diante da qual este juiz deveria se ajoelhar numa homenagem à maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.
É uma dupla liberdade a que concedo neste despacho: liberdade para Edna e liberdade para o filho de Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este Mundo, com forças para lutar, sofrer e sobreviver.
Quando tanta gente foge da maternidade...Quando pílulas anticoncepcionais, pagas por instituições estrangeiras, são distribuídas de graça e sem qualquer critério ao povo brasileiro...Quando milhares de brasileiras, mesmo jovens e sem discernimento, são esterilizadas...
Quando se deve afirmar ao Mundo que os seres têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens da Terra e não reduzir os comensais...
Quando, por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este Fórum, com o feto que traz dentro de si.Este juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua mãe, se permitisse sair Edna deste Fórum sob prisão.
Saia livre, saia abençoada por Deus...Saia com seu filho, traga seu filho à luz...Porque cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um Mundo novo, mais fraterno, mais puro, e algum dia cristão...Expeça-se incontinenti o alvará de soltura."
Juiz João Batista Herkenhoff, Livre-docente da Universidade Federal do Espírito Santo.

sábado, 31 de outubro de 2009

Jogos dos povos indígenas devem reunir 1.300 participantes no Pará

A 10ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas, ( veja imagens) que acontece de 31 de outubro a 7 de novembro em Paragominas, no Pará, deve reunir cerca de 1.300 pessoas, segundo o Ministério dos Esportes. Além de vários grupos indígenas brasileiros, participam delegações do Canadá, Austrália e Guiana Francesa.A abertura oficial ocorre às 17h30 de sábado (31), na Arena Círculo Indígena. Um total de 28 ocas compõem a Vila Olímpica que irá abrigar os povos. Até 6.000 pessoas poderão assistir às competições nas arquibancadas.

A arena dos jogos no Parque Ambiental receberá 8 das 10 modalidades. As modalidades tradicionais de arco e flexa, arremesso de lança, cabo de força, canoagem, corrida de 100 metros, corrida de fundo, corrida de tora e natação/travessia serão disputadas no espaço.Já o futebol, mesmo sendo praticado em todas as aldeias brasileiras e de ter origem não-indígena (jogos ocidentais), será disputado em espaços físicos fora do Parque Ambiental.


O parque de Exposição de Paragominas receberá as competições masculinas de futebol, e o Estádio João Gomes, as femininas. Haverá também os jogos demonstrativos. Serão apresentados aos visitantes atividades como lutas corporais, corrida de tora e zarabatana, entre outras. Os Jogos dos Povos Indígenas são realizados desde 1996.


Do UOL Notícias - Em São Paulo

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Eta mineirim, 'bicho' desconfiado...

Um mineiro comprou uma câmera digital e levou para seu sítio. Chegando lá, mostrou aquela novidade para todos.Nunca ninguém tinha visto algo igual. O mineirinho pra mostrar que sabia tirar retrato, diz:
-Pessoár, todo mundo pra-per-da-cerca-di-arami farpadi logo ali, pro-modi-qui vô tirá umas foto docêis!!!
(Traduzindo o mineirês: "pessoal, vá para perto da cerca de arame farpado logo ali, porque vou tirar umas fotos de vocês!")
Então, ele programa o temporizador, clica e corre pra junto de todos. Nessa hora, quando os outros o vêem correr na direção deles, todos saem correndo também. Atravessam a cerca de arame farpado, rasgando-se todos. Foi um salve-se quem puder!
Depois desse desastre, o mineirinho pergunta:- UÁI, qué qui aconteceu, uai?!?
E sua tia, com as duas orelhas cortadas, roupa toda rasgada, responde:
- Se ocê qui cunhece esse trem ficou cum medo i correu, imagine nóis, qui num cunhece... uai!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Curta Carajás

Estão abertas as inscrições para as oficinas de Roteiro e Direção, Produção e Fotografia oferecidas pelo Curta Carajás – Festival de Cinema de Parauapebas. Os interessados deverão procurar a Secretaria Municipal de Cultura de Parauapebas até o dia 30 de outubro e preencher a ficha de inscrição.
É a primeira edição do festival, que irá premiar as melhores produções nacionais do cinema de curta-metragem.O Curta Carajás é promovido pela Prefeitura Municipal de Parauapebas, em parceria com o Labirinto Cinema Clube e Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará ABDeC-PA. O festival será realizado de 10 a 14 de novembro

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Delegacia Virtual : BO pela internet

Já está em funcionamento a delegacia virtual da região no estado do Pará, inaugurada pela Polícia Civil do Pará. A delegacia do Pará permite o registro online de pequenas ocorrências, como furto de celular ou extravio de documentos, com direito inclusive a comprovante. A ocorrência pode ser encaminhada de qualquer parte do Pará, do Brasil e até do exterior. A novidade permite a liberação dos investigadores de polícia para outras atividades, mesmo porque 60% das ocorrências em delegacias acontecem por conta de pequenos fatos que não exigem “procedimentos e investigações posteriores”.

Logo após entrar na página da Internet http://www.delegaciavirtual.pa.gov.br/, o cidadão é informado que “falsa comunicação é crime” e que o computador está identificado. É preciso também fazer um cadastro de identificação pessoal. Depois, há um espaço para registrar a ocorrência. Em seguida, a pessoa pode receber a confirmação para impressão imediata ou então através do e-mail para usar como comprovante. Todas as delegacias do Estado estão interligadas pela Internet.