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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

COMISSÃO DA AMAZÔNIA DEBATERÁ A CRIAÇÃO NOVOS MUNICÍPIOS PARAENSES


A assessoria de imprensa do Deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) informou que a Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (CAINDR) aprovou nesta quinta-feira o requerimento nº 564/2009, de sua autoria, propondo a realização de uma audiência pública no dia 29 de setembro, às 14 horas, com a presença de membros do Ministério das Cidades, da Fazenda e da Casa Civil para debater importância de se traçar meios para a regulamentação da criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios propostos no Projeto de Lei Complementar (PLP) 130/1996, de autoria do deputado federal Edinho Araújo, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB-SP), que está apensado ao PLP 416/2008, do senador Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti (PTB-RR), e tramita no Congresso Nacional e deverá ir à votação nos próximos dias.

Para a crição de novos municípios na Região Amazônica é necessária a existência de cinco mil habitantes nos distritos. Em outras regiões brasileiras, a legislação estabelece o número mínimo de 10 mil habitantes. Um levantamento feito pelo parlamentar revela que no Estado do Pará, com a revisão da legislação, existe um cenário para a criação de 17 novos municípios (veja tabela abaixo) e 33 novas cidades em toda a Amazônia Legal.

O parlamentar defende que a Região Norte, em especial o Pará, por ser um Estado amplo em extensão de terra, possui diversas vilas e distritos que ficam distantes das sedes de seus municípios. “Estas vilas e distritos ficam impedidos de se tornarem cidades, além de ficarem submetidos a inúmeras situações de ordenamentos geográficos que precisam ser feitos para que se corrijam as situações geradas na criação de muitos municípios, além de impor distorções nas relações sociais, culturais e econômicas”, relata.

O Deputado Zé Geraldo exemplifica o caso do Distrito de Castelo dos Sonhos, localizado à distância de mais de mil quilômetros da cidade Altamira e que enfrenta uma série de obstáculos legais que conturbam a vida da população na região. Emancipar o Distrito de Castelo dos Sonhos da cidade de Altamira, por exemplo, é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos residentes na localidade”, defende o deputado.

Outro exemplo é a realidade dos moradores do Distrito da Ilha da Fazenda, que precisam vir até Altamira e depois pegar uma lancha para Vitória até chegar a cidade de Senador José Porfírio. “Num passado recente, a preocupação era evitar a criação de novos municípios com menos de 1000 habitantes. No entanto, hoje não podemos aceitar que distritos distantes de suas sedes e que já contam com 10 mil habitantes não tenham o direito à sua emancipação. Eu reafirmo, por exemplo, a importância da emancipação do Distrito de Castelo de Sonhos, ligado ao município de Altamira, mas que se encontra há mais de 1000 quilômetros da cidade. É fundamental corrigir estas distorções”.

Segundo o parlamentar, o PLP nº 130/1996, apensado ao PLP 416/2008, que dispõe sobre a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios encontra-se na mesa diretora da Câmara dos Deputados e pronto para ser levado ao plenário para votação. “A realização da audiência pública na Comissão da Amazônia é de grande responsabilidade para que possamos traçar os caminhos que contribuam para a correção dessas distorções regionais e construir saídas para fortalecer o desenvolvimento local e promover melhorias nas políticas públicas municipais, quer na Amazônia Legal ou em outros Estados brasileiros”, finaliza.

Localidades que poderão ser emancipadas dos municípios:

Altamira: Castelo de Sonhos

Itaituba: Morais de Almeida

São Felix do Xingu: Taboca e Lindoeste

Xinguara: Rio Vermelho e Nova Canadá

Santa Maria das Barreiras: Casa de Tábua

Santana do Araguaia: Vila Mandi

Marabá: Santa Fé e Quatro Bocas

Itupiranga: Cajazeira, Cruzeiro do Sul e São Sebastião

Novo Repartimento: Vitória da Conquista e Maracajá

Prainha: Santa Maria e Pacoval

Não aponte esse dedo sujo...

Amigos, antecipo aqui a minha coluna no Carajás o Jornal:

Os dizeres da Bandeira do Brasil são sábios, é só examinar. Onde há Ordem, existe Progresso. Podemos perceber isso nos países que se primam pela organização impecável, pelo cuidado com a qualidade de vida, com o ser humano, com a educação e com a saúde, com a honestidade, para ficarmos no básico do que necessita o ser humano para aprimorar suas boas qualidades e se tornar um homem de bem. A ordem é um princípio sob o qual se sedimenta o desenvolvimento.


O contrário também faz sentido. Onde há desordem, existe retrocesso. Vejamos o exemplo do nosso senado ( assim mesmo, com letras minúsculas). Tasso disse a Renan: “Não aponte esse dedo sujo para mim!” Dois líderes. Duas vertentes da política brasileira que tem sob sua influência, milhares e milhares de cabeças e que mostram de forma clara que a nossa representatividade é nula. De quem é mesmo o dedo sujo? Fica difícil de imaginar ao certo. Certo mesmo é constatar que, no cenário nacional, o brasileiro está sozinho. A manada está solta e sem comando, porque os boiadeiros estão guerreando entre si, buscando mais farinha para o próprio pirão. Enquanto um dá cartão vermelho para o outro, enquanto o outro não larga o osso de jeito e maneira, a boiada vai trotando sem rumo, seguindo onde o rabo aponta.


Tudo isso em termos, porque o homem de juízo no lugar não segue o exemplo dado por quem não se dá ao respeito, seja ele quem for, até mesmo um senador da república. E, afinal de contas, de quem é mesmo o dedo sujo? Não é certamente daquele brasileiro lutador que acorda cedo para o trabalho e, preocupado com a prestação vencida, vive na hora extra, fazendo um bico aqui, outro acolá e não tem tempo de ver na TV SENADO, os insultos que um “Ilustre” senador vocifera para outro, ao vivo e à cores.


Se a figura de “senador da república” tinha algum glamour, ele acabou por completo diante de tantos escândalos. São ex-governadores, ex- deputados, ex-presidentes, enfim a nata do que há de mais respeitoso fazendo na vida pública o que certamente deve ser feito na privada, se é que me permitem o trocadilho infame.


O retrocesso que falo não é do brasileiro comum que carrega este País nas costas desde o ano de 1.500 e sim de muitos dos seus representantes que se permitem ao vexame nacional e continuam com a mesma cara sem vergonha no horário nobre, justificando suas intempéries e se passando por santos. Graças a Deus que a sorte do Brasil é o bom brasileiro e não o bom senador!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Belchior apareceu!


Está todo mundo comentando no rádio, tv, na Internet (Twitter, só deu isso hoje) o sumiço do cantor Belchior. Já foi revelado que ele está no Canadá. E acho que a matéria da Globo, domingo passado no Fantástico, seja uma aposta para o possível retorno dele à vida artística.


Enquanto isso, todo mundo indaga: o que teria acontecido com ele?


Quem melhor para falar de Belchior, senão o próprio Belchior - através de suas palavras que a gente aprendeu a cantar. O GENTE DE MÍDIA aproveita a situação e entrevista ficcionalmente o cantor para saber se tudo está ao seu 'bel' prazer e eu reproduzo aqui no blog:


- Por onde você andou rapaz? -


Belchior - Se você vier me perguntar por onde andei, amigo, eu me desesperava. [...] Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol (3). Sei que, assim falando, pensas que esse desespero é moda [...] mas ando mesmo descontente. Desesperadamente. (1)


- O Fantástico disse que você anda sumido de tudo e de todos...

Belchior - Há tempo, muito tempo que eu estou longe de casa e nessas ilhas cheias de distância.

- Sua família tem conhecimento e aprova essa sua atitude?


Belchior: - Meu pai não aprova o que eu faço. Tampouco eu aprovo o filho que ele fez.(10)

- Mas deve ter um motivo?

Belchior: Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo (4)

- O problema, realmente, é que você está sem dinheiro?

Belchior: Sem dinheiro no banco, sem parentes importantes...(2)

- A matéria da Globo diz que você está deprimido. Seria com o sucesso desses forrozeiros que ocupam hoje o espaço do 'Pessoal do Ceará'?

Belchior: Eles venceram e o sinal e está fechado prá nós. (4)

- Você sempre foi uma pessoa alegre e criativa e por que se deprimir assim?

Belchior: Quando eu não tinha o olhar lacrimoso, que hoje eu trago e tenho; [...] eu era alegre como um rio, um bicho, um bando de pardais; [...] Mas veio o tempo negro e, à força, fez comigo o mal que a força sempre faz. (12)

- Mas vocês [ do Pessoal do Ceará ]tem uma história a preservar na Música Cearense...

Belchior: Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo, tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos... (4)

- Dá pra se perceber que você tem medo de alguma coisa no Brasil. É verdade?

Belchior: Eu tenho medo de Belo Horizonte; Minas Gerais, Natal, Vitória, Goiânia, Goiás. Eu tenho medo Salvador, Bahia; eu tenho medo Belém do Pará; eu tenho medo pai, filho, Espírito Santo, São Paulo; eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife; eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá; eu tenho medo Estrela do Norte, paixão, morte é certeza. Medo Fortaleza, medo Ceará (8)

- Para acabar com esse medo, você precisa cantar. O PT tem contratado muitos artistas para shows públicos. Você aceitaria?

Belchior: Aquela estrela é bela. (11) Quando eu estou sob as luzes não tenho medo de nada(9)

- Aqui entre nós e os internautas, estou sentindo que isso é uma jogada de marketing, ou não?

Belchior: Você não sente nem vê, mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo, que uma nova mudança em breve vai acontecer (7)

(01)A Palo Seco; (02) Apenas Um Rapaz Latino Americano; (03) Divina Comédia Humana; (04) Como Nossos Pais; (05) Medo de Avião; (07) Velha Roupa Colorida; (08) Pequeno Mapa do Tempo; (09) De Primeira Grandeza; (10) Lira dos Vinte anos; (11) Mucuripe; ((12) Galos, Noites e Quintais; (13) Almanaque.

Fonte: Gente de Mídia

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Amigo é Casa

Hermínio Bello de Carvalho e Capiba

Amigo é feito casa que se faz aos poucos
e com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas

Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência
há que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger

E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá
e adubar o jardim
e plantar muita flor,
toiceiras de resedás

não falte um caramanchão
pros tempos idos lembrar
que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira que mal dá pra capinar

e há que ver os pés de manacá
cheínhos de sabiás
sabendo que os rouxinóis
vão trazer arrebóis, choro de imaginar!
pra festa da cumieira não faltem os violões!
muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre aquecendo os corações

A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo nas horas incertas
sem fazer alarde, sem causar transtorno

Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente
sem deixar-se perceber

Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar, se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha e oferece lugar pra dormir e comer

Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem, faz o que pode
e o seu coração reparte que nem pão.

“- A casa é sua, bom amigo!”


crônica publicada no carajas o jornal

Algumas pessoas já me falaram que a imagem que passo para muita gente é de uma pessoa fechada, com semblante zangado e triste. Acho isso muito engraçado, pois na realidade vivo brincando e sorrindo com todas as pessoas de minha convivência. Entretanto, não estou mesmo interessado em passar imagem para ninguém, gosto mesmo é de ser eu mesmo, de conviver com as pessoas, ser amigo, compartilhar momentos, sejam de alegrias ou mesmo de tristezas. A vida só vale a pena ser vivida se for com leveza, com alegria e satisfação. Nasci em uma família que se caracteriza pelo bom humor marcante de alguns integrantes folclóricos e posso até mesmo dizer “históricos” lá das bandas de Minas Gerais.

Meu pai é um típico personagem de Guimarães Rosa; é um cara tirado de um livro, podem ter certeza! Tem tantas histórias engraçadas vividas por ele que dariam alguns livros e um dia contarei aqui neste espaço. Algumas eu conto para os amigos mais chegados e eles rolam de rir. Sei que todas as famílias tem seus dramas peculiares, seus traumas particulares, suas perdas. Cresci em uma família que, apesar de todos os revezes, conseguimos manter o bom humor e a união entre todos. Hoje em dia é voz corrente dizer que é difícil encontrar um amigo de verdade, que é raro se ter a liberdade e a confiança de alguém para ouvir um desabafo, sem querer nada em troca.

Quantas vezes ouço alguém dizer que amigos são contados nos dedos, como se isso fosse alguma vantagem. Eu posso dizer que tenho a primazia de ter bons amigos, dezenas deles, pelo menos; e até hoje só permaneço aqui no Pará não é por outra coisa senão por eles. Trabalho a gente arruma em qualquer lugar, agora gente boa, da melhor qualidade, que celebra as nossas conquistas com alegria de verdade e chora com a gente nos momentos difíceis , é junto de gente dessa qualidade que preciso e quero viver.

Meus filhos são ainda crianças mas eles vem crescendo aprendendo a valorizar e respeitar a todos, dentro dessa filosofia de vida. Aliás, é mais fácil viver assim do que de mal com a vida, desconfiando de tudo e de todos, juntando dinheiro à custa de inimizades e patifaria. Não vale a pena. Outro dia passei na praça em frente à Câmara Municipal e vi um pessoal vendendo umas mesas enormes de madeira maciça. “–ÔPA! É de uma dessas que preciso, a minha ta ficando pequena!” Difícil é o dia em que não há um amigo almoçando comigo, dividindo essa grande mesa.

É uma alegria sem tamanho poder compartilhar meu dia a dia com pessoas honestas, simples e de bom coração. Na minha casa ninguém me chama de doutor e isso me deixa muito feliz.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dispenar - Juraíldes da Cruz

Olha a chuva chovendo chovendo
Chovendo a chuva caindo
Olha a chuva molhando molhando
Olha o mar do amor se abrindo

Olha o sol clareando clareia
Olha o povo na areia corando
cada coração que norteia
é mais uma estrela brilhando

Cada sorriso que vejo
vejo um motivo nascendo
cada jeito tem seu povo
e um povo de um jeito sereno
(e esse povo é de um jeito sereno)

O lugar mais profundo
ou o mais alto do mundo
diante do grande é pequeno

O mistério do mar
quem sabe o sal tá sabendo
no critério dos sábios
sobe quem vem descobrindo

A humanidade é as penas de um passarinho,
dispenando que veio ao chão de pé no chão,
penujando
Pra sair do chão é sertão, acertando

Dispenando desempenando as penas pra voar
Dispenando desempenar apenas voando

Olha a terra girando no espaço
passos caminhando
cada volta em volta do sol
tão alto e meus pés clariando

Olha o sol clareando clareia...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dia do Advogado

Dia 11 de Agosto foi o dia do advogado. Tenho grande respeito por esta profissão, acho de uma nobreza sem tamanho. Advogados são defensores por natureza e sem eles, as injustiças, que hoje são tantas, seriam ainda maiores, acreditem. Existem pessoas sérias trabalhando nesta profissão, sofrendo as maledicências, os falatórios insensatos por conta de atos praticados por um ou outro mal profissional que mente, prevarica e mancha a profissão. Quando fazia o terceiro ano de advocacia, em Minas, fui aceito no escritório de um grande profissional, criminalista de primeira linha, defensor de pessoas do povo, daqueles que não tinham a quem recorrer, por falta de dinheiro. Ele era um defensor público por opção.

A minha primeira inspiração na profissão foi este grande advogado de Minas Gerais, Dr. Wander Lister. Escolhia a dedo as causas particulares de pessoas ricas, mas seu escritório era aberto aos pobres e desvalidos que o procurava em grande número. Era um especialista em Tribunal do Júri, onde repousa a nobreza desta profissão pois lida-se com algo grandioso que é a Liberdade. O risco de acontecer uma injustiça através de uma atuação desidiosa foi algo que sempre me deixou inquieto e me fez estudar de forma detalhada e desgastante cada nuance, cada possibilidade.

Aliás, o envolvimento nos processos criminais me fez sair desta área, pois eu não consegui ter a distância necessária para me envolver em de forma prudente; eu acabava me desgastando até mesmo fisicamente, comprometendo a minha saúde. Cheguei aqui em 1999 e o primeiro processo em que atuei foi a defesa de um jovem residente de Parauapebas que estava sendo acusado de homicídio em Santana do Araguaia.

Tive poucos dias para estudar o processo mas liguei algumas vezes para o Mestre ( que faleceu poucos meses depois). Ele me disse que eu somente poderia defender meu cliente se acreditasse em sua inocência, caso contrário, eu não seria um advogado e sim um mercador, um vendilhão. Visitei meu cliente na cadeia e ele jurou inocência.

O júri aconteceu em clima de grande tensão, e eu já estava completamente envolvido pelos detalhes do processo, sentindo uma responsabilidade enorme sobre mim, sobre minhas palavras e atitudes. Foi ali que senti o peso desta profissão.

Após o Juri, lá pelas 2 horas da manhã, um dos policiais que fazia a escolta me cumprimentou de forma emocionada e me disse: Doutor, um dia vou fazer Direito ! Respondi que era uma nobre escolha. Poucos meses após o Juri, encontrei com o meu cliente, já liberto, andando na rua 14; quando ele me viu, correu e me abraçou, dizendo: Nunca me esqueço da confiança que teve em mim, meu amigo! Para mim, foi a recompensa que tive.

Segundo um grande profissional do Direito, Leon Frejda, “o advogado exerce verdadeiro sacerdócio. Necessita da mais ampla e irrestrita liberdade e independência, para operar seu ministério.” Tudo isso são palavras, sei disso. Tudo isso é o ideal, sei também. Algum dia, porém, esta profissão terá o reconhecimento que merece!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Ipê que não quis ser poste!

Na cidade de Porto velho, capital de Rondônia aconteceu um fato interessante; a companhia de energia elétrica cortou um Ipê para transforma-lo em poste e ele resistiu, criou raízes e floreceu! Vejam a foto e leiam o texto extraído do jornal local:

“Na guerra pelo progresso, o homem não mede esforços e conseqüências para seus atos. Numa batalha desigual, destrói insanamente os recursos naturais essenciais a sua sobrevivência. A resposta da natureza pode até demorar mas não falha. As vezes é imediata, intrigante ou mesmo desafiadora. Só precisamos interpretá-la. Num ato inusitado ela respondeu aos afiados machados e as violentas motosserras, maiores formas do desrespeito destruidor. Insistiu e exigiu seu espaço para expor a beleza de suas flores e a generosa sombra de sua copada numa grande demonstração de energia e desejo de viver. Derrubada e transformada em poste para suporte dos fios da rede elétrica, o ipê amarelo não se entregou. Com uma reação estupenda, recuperou sua pompa e reinado de árvore símbolo nacional. Rebelou-se a condenação injusta, criou suas raízes no solo e voltou a reinar absoluto, esbanjando alegria e beleza com sua identidade marcante. Um poste de luz sem vida que, estaticamente, cumpria apenas sua função imposta pelas necessidades humanas, encontrou uma maneira de readiquirir sua existência. Criou raízes e floresceu! Sejamos como esse ipê que, mais do que símbolo nacional, tornou-se agora símbolo do povo brasileiro. Mesmo que venham a podar nossos galhos e raízes, mesmo que nos finquem em uma calçada qualquer e nos imponham a condição de poste, exigindo-nos quietude e resignação, sejamos ipê amarelo! Mesmo que nos digam que é impossível mudar e renascer não nos deixemos enganar e sigamos a nossa vocação de florescência, superação, fraternidade, alegria e criatividade!”

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Twitter Olinto

Olhaí meu Twitter, pessoal!

Dalai Lama

Perguntaram ao Dalai Lama:

- O que lhe surpreende na Humanidade?

- Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro; depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro.

E vivem como se nunca fossem morrer...

...E morrem como se nunca tivessem vivido.

Superstar Interestelar

Tribo de Jah
Fauzi Beydoun

Olhando através do tempo
Eu posso vislumbrar
Seus passos ao relento
Sua túnica, seu semblante ao luar

As marcas dos seus pés seguindo além
Dos rincões da Galiléia
Chegando nos arredores de Jerusalém
No ermo dos desertos da Judéia

Ele não ergueu igrejas nem templos
Pra pregar e ensinar
Tecia seus ensinamentos e exemplos
Nos campos e montes, no mais simples lugar

Neste exato instante, no mais distante
Onde possa estar
Sei que vives triunfante
E reina nos planos cintilantes
do lar interestelar

Superstar interestelar
Suave e sublime é o Seu nome
Quão doce de se pronunciar:

Jesus!

Senhor soberano entre os homens
Astro-luz a nos guiar

Superstar interestelar

Conduza-nos Senhor em Sua nau
Ao Reino do Pai Celestial

sábado, 1 de agosto de 2009

Coluna do Olinto

Reproduzo aqui a minha coluna semanal no Carajás o Jornal:



DE VOLTA

"Encontro todo tipo de comentário a respeito desta coluna. Algumas pessoas me param na rua, perguntando porquê parei de escrever e respondo que apenas dei uma pausa. Escrever para mim requer instantes de reflexão já que não me proponho a falar sobre escândalos da vida alheia ou polêmicas em geral. Encontro gente também que reclama porque eu não falo da política, sobre as rivalidades que rondam o meio, as fofocas do dia e etc. Para falar sobre isso não é necessário pensar muito, mas não há nada de novo nesse ‘front”. É sempre a mesma coisa.
Deixo claro que não sou um alienado e nem fico em cima do muro a respeito de qualquer tema. Tenho meu pensamento muito bem embasado a respeito das coisas da vida. Apenas acho as balbúrdias e dramas pessoais, assim como o “vai e vem” da política já tem demasiados tradutores e exploradores suficientes; não quero participar dessa concorrência. Além disso, não tenho talento para futricas do cotidiano nem gosto de dores de cabeça.
Até mesmo na advocacia, escolho de forma bem selecionada as ações as quais participo. Não por rebeldia, soberba ou coisa que o valha mas eu respeito demais minha profissão para colocá-la a serviço da mesquinharia, da sordidez, da desonestidade e do escândalo; considero que há coisas mais importantes para serem faladas. Na minha cidade tinha um advogado excêntrico que apesar de ter família, se apegou pela profissão a tal ponto que perdia a cabeça e entrava, com paixão, em todas as causas, participando dos dramas das separações que fazia, engolindo as mágoas e ódios dos crimes que defendia. Separou-se da mulher e casou-se com a advocacia. O fim dele não foi bonito e tenho isso como exemplo.
Moro em uma cidade diferente de todas as outras, com uma realidade ímpar, com pessoas com história de vida interessantíssima. São subsídios mais do que suficientes para qualquer cronista.
O motivo da minha pausa foi o trabalho.
Aliás, tive uma experiência de trabalho em outro Município, e esta experiência foi extremamente enriquecedora para mim e não estou falando do campo financeiro mas das relações humanas. Percebi de uma forma clara, mais uma vez, que a confiança é construída com a sinceridade, honestidade e respeito.
Firmei vários amigos em um curto espaço de tempo que, tenho certeza, me darão bons frutos para a vida inteira e os frutos são a boa convivência e a referência e lembrança para outros trabalhos. Gosto sempre de deixar as portas abertas para um possível recomeço. E isso se deve exatamente neste espaço que agora volto para um convívio, espero, mais duradouro."