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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O idiota da aldeia


Eu li um artigo publicado pelo Arnaldo Jabor, onde ele relata a pequena história: “Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. Respondeu o tolo assim: - Eu sei... Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda. "

Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa. A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.

A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?

A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. O maior prazer de uma pessoa inteligente é bancar o idiota, diante de um idiota que banca o inteligente."


Essa historieta é realmente interessante porque a nossa sociedade está repleta daquelas pessoas que “se acham”, menosprezando ou mesmo ignorando o pensamento de outras sobre as quais se acham superiores. Isso é um vício espalhado por todo o mundo.

Todos nós vimos e o mundo se escandalizou com o tratamento que os espanhóis deram para os brasileiros, que queriam entrar naquele País. Isso foi mostrado pela televisão há um ano e meio atrás. Humilharam, menosprezaram, fizeram chacotas e ofensas e quando não tinham mais nada para fazer, mandaram os brasileiros de volta, deportando-os como mercadorias estragadas. Os espanhóis entraram naquele círculo vicioso do complexo de superioridade às avessas.

A Europa os tem como um País menor e por conseqüência, eles atacam quem julgam “inferiores”. É uma praga! Os franceses se acham superiores aos ingleses, que se acham melhores que os espanhóis, que se sentem melhores que os brasileiros, que se acham melhores que os argentinos e, infelizmente, por aí vai.

Mas, não podemos querer fazer disso um cavalo de batalha, tratando os espanhóis com a mesma moeda porque assim estaremos nos igualando a eles no que eles tem de pior ( e foi justamente isso que aconteceu).

Não é demais lembrar que aqui mesmo em Parauapebas, algumas pessoas se acham no direito de criticar e menosprezar as pessoas nascidas no nosso vizinho estado do Maranhão, com piadinhas sem graça e comentários indecorosos e grosseiros.

A nossa sorte é que os amigos maranhenses são da paz, gente da melhor qualidade que andam sempre com um sorriso no rosto e uma vontade danada de crescer junto com Parauapebas.

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