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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bolsa Família X Profissionalização

O governo lançou no ano passado um programa que tinha a aparência de porta. Uma porta de saída para a clientela do Bolsa Família.

A idéia era oferecer cursos profissionalizantes para os brasileiros pobres. Chegou-se mesmo a firmar uma parceria com a iniciativa privada.

Pretendia-se reservar 45% dos empregos criados em obras do PAC para os pobres pendurados no cadastro do Bolso Família.

Idealizaram-se cursos para profissões como: pintor, azulejista, encanador, carpinteiro, mestre-de-obras, desenhista, eletricista, tratorista, gesseiro, etc.

Tomada pelo que estava escrito no papel, a iniciativa parecia condenada ao êxito. Vista pelo resultado, tornou-se um fiasco.

O plano subiu no telhado por duas razões: foi atropelado pela crise global e, mais grave, fenece por falta de interesse dos candidatos a emprego.

Das 370 mil pessoas selecionadas pelo goveno como alunos portenciais dos cursos, só 18,5 mil (5%) demonstraram interesse.

Por que? Na opinião do governo, as pessoas receiam que, matriculando-se nos cursos profissionalizantes, perderão o capilé do Bolsa Família.

De nada adiantou o governo assegurar que ninguém seria desligado do programa antes da efetiva inserção no mercado de trabalho.

Consolida-se a impressão de que será mais difícil do que se imaginava retirar do Bolsa Família o caráter meramente assistencialista. ( Josias de souza)

Cai FPM e municípios sofrem queda na arrecadação

Levantamento feito pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) indica que a crise econômica está roendo o bolo de tributos recolhidos pela Receita Federal.

Nesta sexta-feira (27), o Tesouro Nacional depositou nas contas das prefeituras a última parcela do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) de fevereiro.

Os prefeitos receberam R$ 4,109 milhões. Menos do que os R$ 4,327 milhões que haviam pingado nas arcas municipais em fevereiro de 2008. Queda de 5%.

O FPM é fornido com 22,5% de tudo o que a União consegue arrecadar com o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados.

“Ficou evidente que as receitas federais (IR e IPI), que servem de base para o cálculo do fundo, estão numa forte tendência de declínio”, anotou a CNM em seu levantamento.

“É uma queda significativa, já que o repasse do FPM de fevereiro de 2007 para 2008 havia crescido 15,4%”, disse, em nota, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

O dinheiro repassado pela União é usado nas cidades para cobrir despesas essenciais –educação e saúde, por exemplo.

Eleita ou reeleita em outubro do ano passado, a nova safra de prefeitos terá de rebolar no ritmo da crise.

“Neste ano, os prefeitos terão de cortar algumas despesas, principalmente no custeio, e não contarão com um superávit primário tão expressivo como nos anos anteriores”, diz Ziulkoski.

De resto, a lipoaspiração do FPM é prenúncio de que o fisco levará às manchetes nos próximos dias uma má notícia para o governo: a arrecadação federal definha.

Em análises internas que fizera no final de 2008, a equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda) estimara que a crise bataria no fisco.

Porém, o time de Mantega previra que a coleta de impostos só começaria a cair no segundo trimestre de 2009.

Em janeiro, a arrecadação global caiu quase 6,5% em relação ao mesmo mês de 2008. O FPM, em consequência, murchou 3%.

Em fevereiro, a julgar pelo cheiro de queimado que exala dos números colecionados pela confederação de municípios, o tombo pode ser ainda maior.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Próximos feriados

21 de abril
(Terça)
Tiradentes

01 de maio
(Sexta)
Dia do Trabalho

07 de setembro
(Segunda)
Independência do Brasil

12 de outubro
(Segunda)
Nossa Sra. Aparecida

02 de novembro
(Segunda)
Finados

15 de novembro
(Domingo)
Proclamação da República

25 de dezembro
(Sexta)
Natal

A origem do leão do imposto de renda

No final de 1979, a Secretaria da Receita Federal encomendou uma campanha publicitária para divulgar o Programa Imposto de Renda. Após análise das propostas, foi imaginado o leão como símbolo da ação fiscalizadora da Receita Federal e em especial do imposto de renda. De início, a idéia teve reações diversas, mas, mesmo assim, a campanha foi lançada. Segundo consta, a escolha do leão levou em consideração algumas de suas características ( algumas meio sem sentido):

1) É o rei dos animais mas não ataca sem avisar;

2) É justo ;

3) É leal;

4) É manso, mas não é bobo.



A campanha resultou numa identificação pela opinião pública do leão com a Receita Federal e em especial com o imposto de renda. Embora hoje em dia a Receita Federal não use a figura do leão, a imagem do símbolo ficou guardada na mídia e na mente dos contribuintes.

Declaração do IR já começa a ser recebida na Segunda Feira

A partir da próxima segunda-feira (dia 2), a Receita Federal vai deixar disponível em seu site (www.receita.fazenda.gov.br) os programas de preenchimento e envio da declaração de Imposto de Renda 2009, referente ao ano-base 2008. O Fisco já começa a receber as declarações a partir desta data pela internet e também por disquete, que deve ser entregue nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Há ainda a opção de preencher o formulário de papel, que pode ser comprado nos Correios por R$ 4 e entregue no mesmo local. ( Agência Estado)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Zé Ramalho canta Bob Dylan

Ainda que já no início de uma carreira que soma 30 anos tenha sido chamado de “Dylan do sertão”, trazer para o português clássicos de um dos maiores cancionistas da língua inglesa não é tarefa simples. Prestes a completar 60 anos, Zé Ramalho, em seu 22º álbum, enfrentou o desafio de versar 10 canções de Bob Dylan – são 12 ao todo, porém Wigwam/Para Dylan é de lavra própria e If not for you foi gravada com a letra original.

Bem, não se pode negar que ele teve tempo para preparar Zé Ramalho canta Bob DylanTá tudo mudando (o nome que a canção Things have changed ganhou). Lançado há pouco, o álbum vai estrear no palco em 20 de março, quando a turnê terá início em São Paulo.A paixão por Dylan remonta à juventude de Ramalho, quando ele ouviu pela primeira vez, em João Pessoa, Don’t think twice, it’s all right. De lá pra cá veio fazendo suas tentativas. A primeira é de 1992, quando Hurricane se tornou Frevoador no álbum homônimo.


Mais conhecida tornou-se sua Batendo na porta do céu (de Knockin’ on heaven’s door, que ganhou gravação mais acelerada no novo álbum), registrada seis anos mais tarde. Ambas as canções estão na versão em DVD do disco, que tem três faixas a mais do que o CD. “Tive que mergulhar profundamente no universo dyliano para absorver as emoções e mensagens que estão contidas nas letras”, assume Ramalho.


Tanto por isso, ele preferiu manter, na maior parte, uma tradução quase literal, “para não perder o sentido filosófico e poético”.Mesmo assim, permitiu-se algumas liberdades. Blowin’ in the wind (ao pé da letra, soprando no vento) virou O vento vai responder; Mr. Tambourine Man agora é Mr. do Pandeiro, com direito a citação de Jackson do Pandeiro, outra influência recorrente na obra de Ramalho. A sonoridade, obviamente, também foi abrasileirada.


Em comum, Dylan e Ramalho têm a recriação da música “de raiz” (no caso do norte-americano, o folk; no brasileiro, os ritmos nordestinos). Ainda são adeptos do chamado canto falado (ainda que a voz de Dylan esteja cada vez mais anasalada e a de Ramalho mantenha os graves no lugar). A faixa-título tem um pé no brega, enquanto Não pense duas vezes, tá tudo bem (Don’t think twice, it’s all right, a preferida de Ramalho, tanto na gravação original quanto em sua própria versão) ganhou um acento sertanejo.


“As adaptações dos ritmos brasileiros/nordestinos são totalmente da minha competência e habilidade. Com esses elementos, consegui dar uma identidade própria, isto é, personalizar a música brasileira”, afirma. Dylan em ritmo de xote é, definitivamente, uma ousadia. Mas se há um cantor e compositor no Brasil que tem o direito de fazer isso, esse alguém é Zé Ramalho.

“Não tenho expectativa de receber algum comentário dele” Sua história com Dylan é antiga, tanto que já havia feito versões anteriormente.


Quando ouviu Dylan pela primeira vez?

Foi no fim dos anos 1960, em João Pessoa, na Paraíba. Acho que a primeira música que escutei foi Don’t think twice, it’s all right, música que era sucesso mundial naquela época. Achei curiosa a canção e procurei me inteirar mais da obra daquele artista, buscando os discos que estavam disponíveis nas lojas. Consegui comprar uma compilação de vários sucessos do Dylan, onde músicas como It’s all over now, baby blue e Blowin’ in the wind me fizeram a cabeça. Eu estava então com 19 anos.


Por que fazer versões para clássicos de Dylan, e não canções menos conhecidas?

Esse é um projeto sem precedentes no Brasil e versar os clássicos de Dylan foi, a meu ver, o portal inicial para realizar esse trabalho. Como a obra dele é muito vasta, as músicas menos conhecidas não causariam o mesmo impacto que os clássicos. Há alguns anos Seu Jorge lançou um álbum só com versões de David Bowie. O encarte trazia inclusive uma frase de Bowie elogiando o trabalho.


Você tem a intenção de mandar o álbum para Dylan?

A própria gravadora EMI se encarregará de mandar CD e DVD para os assessores de Dylan. Isso ocorrerá naturalmente, até porque os próprios assessores pediram que o material fosse remetido a ele. Mas não tenho absolutamente nenhuma expectativa nem ansiedade de receber algum comentário dele.

O contador zerou...

O contador de acessos zerou hoje, não sei porque...
Estava em 5.000 acessos desde 20 de outubro de 2008.
Começar de novo...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Dicas para o "carnaval"....

Já que está na moda dar dicas, vamos a algumas nesse feriado de carnaval:

Beba muita água;
Fique longe de badalações, confusões, bagunça e tumultos;
Beba mais água;
Procure estar próximo das pessoas que te querem bem;
Busque estar sempre em momentos de paz e tranquilidade;
Beba sempre água;
Livre-se de qualquer ambiente que contenha contaminações provocadas por álcool e drogas;
e, sempre é bom lembrar, para combater a ressaca: Não beba....

Ou melhor,

Beba água!

Geléia geral

A internet é um grande sanduíche, um grande "x-tudo", para todos os gostos. Um bicho que tem que ser domado. Ou um museu de grande novidades, parodiando Cazuza. Tem cada coisa!

Só agora vi aquela cena mostrada para o mundo de Saddam Hussein sendo enforcado e achei aquilo uma demonstração bizarra do século XXI. A banalização da vida vista através das câmeras de um telefone celular, onde uma meia dúzia de homens encapuzados foram encarregados de dar cabo da vida do ditador iraquiano. O que os livros de história retratam de uma forma teórica e abstrata ( a morte de personalidades), o mundo globalizado mostra ao vivo e à cores para todo o planeta. Não há margem para a imaginação viajar.


A vida real está ao alcance de uma câmera oculta, minúsculos microfones ou grampos telefônicos. Os insultos que os carrascos proferiram contra um Saddam à beira da morte foram repelidos por todo o mundo. Até mesmo George Bush, inimigo mortal e principal algoz do iraquiano foi à público para condenar a atitude dos carrascos.


Todos os crimes que Hussein cometeu estão gravados pela humanidade; a história já o julgou, sua atitude tirânica e ditatorial não são exemplos para ninguém, mas quando alguém utiliza-se da força bruta e da selvageria para combater crimes, o mundo fica pior.


Quando uma criança vê na televisão cenas de extrema violência, como as que recheiam os telejornais todos o dias, pode ter certeza que boa parte de sua inocência será comprometida. A televisão é algo extremamente benéfico, pois é o único lazer para milhões de brasileiros; mas por outro lado, sujeita a desencaminhar, dar aparência de normalidade a verdadeiras aberrações morais.


Os ídolos dos filmes e novelas são de barro. Os verdadeiros heróis do dia a dia estão pelas ruas do mundo, anônimos, vencendo as dificuldades, sobrevivendo e vivendo a vida com o suor dos seus rostos. Na realidade, o que faz a diferença de um grande homem é saber observar as qualidades até mesmo em seus adversários. Isso faz com que se crie algo preponderante para qualquer homem ser vencedor: o respeito. Seja em qualquer aspecto, o respeito é bem vindo e com ele, a vida fica muito mais fácil de ser vivida.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Quem gosta do carnaval?

A festa se prepara para começar, contando com a euforia de milhões de pessoas, prontas para cair, literalmente - na farra e, mais uma vez, tentar esquecer os problemas, ” porque ninguém é de ferro!”.
O carnaval é um período meio enigmático pois trata-se de um feriado prolongado onde grande parte da população “pede licença” para transgredir as suas próprias regras de normalidade, cometer excessos, se transformar em personagens caricatos e propensos a pequenas loucuras. Digo “pequenas” enquadrando a parcela da população que conserva um pouco do juízo funcionando e se excede apenas o suficiente para se olhar no espelho na quarta feira de cinzas sem se envergonhar por completo.

Na realidade mesmo, esse exagero que ocorre no carnaval, reflete um pouco a falta de equilíbrio que existe no Brasil, onde acostumou-se a conviver com crimes, insegurança, desemprego e impunidade. Trata-se de algo crônico e que vem se prolongando por anos a fio. Quanto mais em crise estamos, mais sucesso faz o carnaval.
Afinal de contas, que outro País consegue ‘apagar’ todos os seus problemas de forma instantânea, durante quatro dias? Pára tudo!! É como se alguém tirasse o Brasil da tomada, desligando-o durante quatro dias. Não se fala em crise, bancos fecham as portas, o comércio dá um tempo, as escolas não funcionam e etc. Somente os hospitais permanecem abertos ( as delegacias também).
Quem lucra mesmo com o carnaval, além das fábricas de bebida alcoólica e cigarros - que são consumidos “às pampas”- são as grandes redes de televisão, as escolas de samba, os grupos de música, os bares e botecos de esquina.

A festa toda deixou o seu caráter cultural de lado há muito tempo e virou um grande circo que movimenta milhões de reais à custa dos excessos do povo. Falando em cultura popular, há alguns dias eu ouvi dois repentistas nordestinos, traduzindo o carnaval de forma interessante, em uma linguagem cabocla, forte e genial que merece ser transcrita aqui:
”Carnaval não tem limite nem controle nem fronteira,
tem a sexta-feira gorda, o sábado de zé pereira,
domingo segunda e terça e ressaca na quarta feira.
O clube é superlotado, a praia é abarrotada,
a avenida não cabe, a praça é contaminada
de tanto corpo bonito e tanta cabeça sem nada.
A massa é feito boiada, sem objetividade,
ensaiando personagens imitando a liberdade,
camuflando o sacrifício e driblando a realidade.
Desfiles são exibidos, droga injetada na veia.
Igrejas ficam vazias, boates trabalham cheias,
sobram brigas nas calçadas faltam vagas nas cadeias.
Cerveja, uísque e cachaça, cocaína, crack e cola,
venda de entorpecente, uso ilegal de pistola
são recheios do cardápio da geração coca-cola.
A música que a banda toca e o som que um grupo produz,
não rompe todas barreiras nem quebram todos tabus,
quando os corações são puros as almas são de Jesus…"


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Rei do futebol

Meu Atlético Mineiro perdeu de novo, ontem, para aquele timeco. Nem me importo mais ( não é bem assim...). Acho que me acostumei com a mediocridade que virou o futebol. O que antes movimentava as multidões, virou um negócio insosso, com um bando de pernas de pau fanáticos por dinheiro. Reavivo uma crônica de NELSON RODRIGUES, falando sobre um novo craque que despontava em 1958.


"postado originalmente em 08 de março de 1958 na manchete esportiva."


"Depois do jogo América x Santos, seria uma crime não fazer de Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu confrade Albert Laurence chama de “o Domingos da Guia do ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos!

Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racilamente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis.


Em suma: — Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.O que nós chamamos de realeza é, acima de todo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento.


E o meu personagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?”. Ele respondeu, com a ênfase das certeza eternas: — “Eu”. Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?”. E Pelé: — “Eu”. Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção, que ninguém reage e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé.


Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompéia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!”.


De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para frente e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe ao encalço, ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa.


Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompéia e encaçapou de maneira genial e inapelável.Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, certeza, de otimismo, que faz de Pelé o craque imbatível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a imodéstia absoluta.


Põe-se por cima de tudo e de todos. E acaba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra sabe que Pelé é imprescindível em qualquer escrete. Na Suécia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante de ninguém. E é dessa atitude viril e mesmo insolente que precisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai achar todos os nossos adversários uns pernas-de-pau.


Por que perdemos, na Suíca, para a Hungria? Examinem a fotografia de um e outro time entrando em campo. Enquanto os húngaros erguem o rosto, olham duro, empinam o peito, nós baixamos a cabeça e quase babamos de humildade. Esse flagrante, por si só, antecipa e elucida a derrota. Com Pelé no time, e outros como ele, ninguém irá para a Suécia com a alma dos vira-latas. Os outros é que tremerão diante de nós. "

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Crônica do Max Gheringher

Vi um anúncio de emprego. A vaga era de Gestor de Atendimento Interno, nome que agora se dá à Seção de Serviços Gerais. E a empresa exigia que os interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem HANDS ON.
Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía essa variada e incrível gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico.Não que esse fosse algum exemplo fora da realidade. Ao contrário, é quase o paradigma dos anúncios de emprego. A abundância de candidatos permite que as empresas levantem cada vez mais a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.
E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da super-qualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico... Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, Gerente da Contabilidade.
Seu Borges: Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
Fabiana: In a hurry!
Seu Borges: Saúde.
Fabiana: Não, Seu Borges, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás , desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
Seu Borges: E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
Fabiana: O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
Seu Borges: Não, não. Cópias normais mesmo.
Fabiana: Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
Seu Borges: Fabiana, desse jeito não vai dar!
Fabiana: E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
Seu Borges: Como assim?
Fabiana: É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
Seu Borges: Olha, neste momento, eu só preciso das três cópias.
Fabiana: Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
Seu Borges: Futuro? Que futuro?
Fabiana: É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
Seu Borges: Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
Fabiana: Sei. Mas o senhor é hands on?
Seu Borges: Hã????
Fabiana: Hands on....Mão na massa.
Seu Borges: Claro que sou!
Fabiana: Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.
Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores. Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado confundiria nossa salinha do café com a Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van.
E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha informática e energia e criatividade e estava fazendo pós-graduação..... Só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.
Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida. Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as Empresas modernas torcem o nariz:

Horário de verão termina à meia-noite

Em vigor desde 19 de outubro do ano passado, o horário de verão termina à meia-noite de hoje, quando os relógios deverão ser atrasados uma hora. A medida vigora nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a adoção do horário de verão possibilitou a redução de 4% na demanda por energia no horário de maior consumo --chamado horário de "pico", que em geral ocorre entre 18h e 21h. Essa redução significa que as usinas deixaram de gerar cerca de 2.000 MW (megawatts) --ou 65% da demanda do Rio de Janeiro ou 85% da demanda de Curitiba.

No anúncio do resultado, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), disse que, se o país quisesse construir uma usina hidrelétrica para suprir esses 2.000 MW economizados, seria necessário R$ 4 bilhões.

O horário de verão não é adotado nas regiões Norte e Nordeste devido à proximidade com a linha do Equador --quanto mais próxima a região, menor é a variação do período de luminosidade dos dias ao longo do ano. ( Folha Online)

Lobo em pele de cordeiro

Um dia, o lobo teve a idéia de mudar sua aparência para conseguir comida de uma forma mais fácil. Então, vestiu uma pele de cordeiro e saiu para pastar com o resto do rebanho, despistando totalmente o pastor. Para sua sorte, ao entardecer, foi levado junto com todo o rebanho para um celeiro. Durante a noite, o pastor precisou de alimento e foi buscar um pouco de carne para o dia seguinte, e resolveu sacrificar uma de suas ovelhas. Chegando no celeiro, puxou a primeira ovelha que encontrou. Era o lobo fingindo ser um cordeiro.
Esta fábula mostra, em parábolas, que vários lobos em pele de cordeiro estão por aí, sem serem reconhecidos. Mas na velha peleja contra o mal, o bem sempre vence.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Mangabeira

Roberto Mangabeira (nascido no Rio de Janeiro em 1947) é um ministro atípico. É catedrático na Faculdade de Direito de Harvard, escreveu diversos livros sobre política e construção social e é considerado um dos teóricos mais importantes da atualidade, no âmbito do pensamento social contemporâneo.

É autor de um ensaio polêmico, "Espanha e seu Futuro", que descreve a Espanha como um país sem projeto, incapaz de aproveitar seu potencial. Mangabeira, que se considera de esquerda, foi um crítico muito duro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, no entanto, o chamou um dia, em seu segundo mandato, para lhe oferecer a pasta de Assuntos Estratégicos.


Trata-se de uma "figura" excêntrica, com um sotaque americano carregadíssimo e posicionamentos nada ortodoxos.Ele concedeu entrevista ao jornal El País, confira mais aqui.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sistema Penal de "faz de conta"

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje que condenados pela Justiça têm o direito de recorrer em liberdade até que não haja mais possibilidade de recurso. Por 7 votos a 4, os ministros concluíram que a Constituição Federal garante que ninguém será considerado culpado até que haja uma condenação definitiva da Justiça. O entendimento foi firmado durante o julgamento de um pedido de habeas-corpus de Omar Coelho Vitor, acusado de envolvimento com uma tentativa de homicídio.
A maioria dos ministros entendeu que o cumprimento de uma pena somente deve começar depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso. Em seu voto, o presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gilmar Mendes, informou que existem 440 mil presos no Brasil, sendo que 189 mil são provisórios. "Há alguns Estados com 80% de presos provisórios", criticou. Ele contou que num mutirão carcerário realizado recentemente pelo CNJ no Piauí foram encontradas pessoas que estavam presas provisoriamente há mais de três anos, mesmo sem terem sido denunciadas.
Mas quatro ministros do STF entenderam que a pena pode começar a ser cumprida quando a condenação for confirmada pela segunda instância - o Tribunal de Justiça ou o Tribunal Regional Federal. O ministro Joaquim Barbosa foi enfático: "Estamos criando um sistema penal de faz-de-conta."

Nota: O sistema penal brasileiro é caótico mesmo e a presunção da inocência deve ser respeitada para não acontecer abusos e injustiças. Mas parece que a justificativa é o não inchaço das cadeias. Aí não faz sentido...


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Castelo do Deputado


O Democratas pediu na noite desta quinta-feira a renúncia do deputado Edmar Moreira (DEM-MG), da 2ª vice-presidência da Câmara dos Deputados, em função das denúncias de que o parlamentar não declarou ao imposto de renda um castelo de sua propriedade e de que tem dívidas com o INSS.


A recomendação consta de nota à imprensa assinada pelo presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ).Maia afirma, na nota, que as denúncias divulgadas pela imprensa serão remetidas imediatamente à comissão de ética do partido, "para que, o mais rapidamente possível e concedido o amplo direito de defesa conforme os ritos estabelecidos estatutariamente, seja tomada uma decisão final".


O documento diz que o Democratas repele e considera incompatível com o rigor ético do partido as declarações do deputado Edmar Moreira. "É inaceitável colocar a solidariedade fraterna entre colegas acima do compromisso essencial com a moralidade parlamentar."

Com ares de resort, o imóvel no distrito de Carlos Alves, em São João Nepomuceno, agora tem todas as atenções voltadas para suas oito torres, 36 suítes, 18 salas, piscina com cascata, fontes, espelhos d'água e 275 janelas. São muitas as lendas em torno do castelo erguido a dois quilômetros do povoado de cerca de 2 mil moradores.


Uma delas sustenta que um funcionário foi contratado apenas para abrir e fechar as portas e janelas. Somente na fachada são mais de 180 aberturas. Outra história que passou a ser contada, após a conclusão da mansão, em 1990, é que o prédio imponente abrigaria um cassino, caso o jogo fosse liberado no país.

Dona Júlia, mulher do deputado, também protagoniza parte do folclore do castelo. Dizem que, enciumada com a compra da fazenda mais bonita da região por um irmão do deputado, ela pediu ao marido que construísse um castelo para ela. E ele fez.

A estimativa é que em mais de uma década de obra a construção tenha consumido mais de R$ 10 milhões. A suíte do casal fica na torre mais alta do castelo e tem 110 metros quadrados.


O Deputado Edmar Moreira(foto), desde 1983, explora um dos ramos de negócio que mais cresce no país, a segurança privada. Ele é dono da empresa Ronda - Empresa de Segurança e Vigilância Ltda, criada há pouco mais de 25 anos, com sede na avenida Tiradentes, 1.394, bairro da Luz, em São Paulo.

O responsável pela Ronda é a mulher de Edmar, Júlia Fernandes Moreira, que também tem a mesma função em outra empresa do marido, a Centro de Formação e Treinamento de Segurança Itatiaia Ltda, fundada em fevereiro de 1988. Ela também tem sede no estado de São Paulo, mas desta vez na cidade de Ponte Pequena, na região Norte.

Filho de um carteiro de Juiz de Fora e de uma professora primária, Edmar fez curso de perito contador e depois foi admitido na Polícia Militar e chegou ao posto de capitão.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O Bem Amado

O prefeito Odorico Paraguaçu quer inaugurar um cemitério, apoiado pelas irmãs Cajazeiras e contestado pelo dono do jornal da cidade. Mas como ninguém morre em Sucupira, ele chega a contratar cangaceiro matador, Zeca Diabo, para que o cemitério possa ser inaugurado logo.
O Bem Amado foi uma novela que se caracterizou por parodiar os "costumes" da política e da família interiorana do Brasil. Eu não perdia um cápítulo e agora vai virar filme; as gravações já estão em pleno andamento, com Marco Nanini vivendo o "Bem Amado".

Os cursos mais disputados

O curso de administração foi o que teve mais estudantes matriculados no país, segundo dados do Censo da Educação Superior 2007, divulgados pelo MEC (Ministério da Educação), nesta terça-feira (3). A carreira registrou 16,4% do total das matrículas, com 798.755 alunos cadastrados.

Apenas seis áreas do saber são responsáveis por mais da metade das matrículas (51,2%) de todo o ensino superior no censo.
São elas: administração, direito, pedagogia, engenharia, comunicação social e enfermagem.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A violência, em cem anos

Angelo Patrício Stacchini Promotor de Justiça em São Paulo

"João Roque Reis embriagou-se hontem numa venda da rua Monsenhor Anacleto e de cacete em punho começou a aggredir os transeuntes, sendo por isso preso e levado á presença do 2º subdelegado do Braz." (jornal O Estado de S. Paulo, 19 de agosto de 1.896, 4ª - feira. Fonte: seção "Há um século", publicada no mesmo jornal, em 19 de agosto de 1996).

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"Os moradores da rua D. Luiza Macuco têm sido víctimas, nestas ultimas noites, dos amigos do alheio, os quaes, assaltando os quintaes tem roubado das capoeiras as melhores gallinhas que alli existiam." (jornal O Estado de S. Paulo, 21 de maio de 1.898, sabbado. Fonte: seção "Há um século", publicada no mesmo jornal, em 21 de maio de 1998).
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"Na 32ª Chacina do ano, cinco são mortos"

De acordo com os levantamentos da Secretaria da Segurança Pública, o número de pessoas assassinadas também vem aumentando. No último semestre do ano passado, 4.690 pessoas foram mortas. De janeiro a junho deste ano já foram registrados 5.298 homicídios em todo o Estado. (O Estado de S. Paulo, 19-8-1996 - Caderno "Cidades").
"Morte na periferia revela banalização da violência"

"Moradores encaram como rotina o encontro do corpo de desempregado em matagal."

"Quase meia-noite, e pouco mais de 50 pessoas aglomeram-se na beira de um matagal. Há mulheres, crianças e alguns jovens que se divertem com piadas. Todos se espremem, entre frases como ‘deixa eu ver’ ou ‘chega pra lá’. Instantes depois, o grupo começa a desfazer-se. Uma voz no meio da concentração define: ‘Acabou!’.
O foco de atenção da noite, o corpo de Juraci Pereira de Oliveira, de 33 anos, havia acabado de deixar o local, levado por um carro, o ‘rabecão’ do Instituto Médico-Legal (IML). A partir daí, Oliveira iria transformar-se em fração de estatísticas de mortes ocorridas na região metropolitana.
No fim de semana, foram 50 casos de homicídio. Apesar de elevado, o número não foge à média de contagens anteriores. Este ano, entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro, o total de mortes violentas atingiu o recorde de 67" (O Estado de S. Paulo, 28-4-98, "Cidades").

O contraste que nasce da leitura comparativa das notícias acima transcritas, publicadas pelo mesmo jornal com a distância de um século, não pode deixar de chocar.

Em 1898 o ladrão de galinhas ("amigo do alheio", na graciosa expressão usada pelo repórter), terror dos "quintaes" e das "capoeiras", era notícia de jornal.

Em 1896, o "bêbado" que, "de cacete em punho", atacara os incautos moradores do então bucólico bairro do Brás, também justificava noticiário, com direito a título, em o Estado de S. Paulo.
Um século depois, em 1996, somente é notícia a ocorrência de uma "chacina", com vários mortos e requintes de atrocidade, geralmente cometida com o uso de devastadoras armas de fogo.
Houvesse, num fim de semana "apenas" um, dois ou até três homicídios, e muito provavelmente nem uma linha sequer seria publicada nos jornais da segunda-feira. A gravidade da morte de um ser humano, diante da escalada de violência que atinge a nossa sociedade, infelizmente não mais comociona, não choca mais. A morte violenta está banalizada. O valor da vida humana está relativizado.

"Sinal dos tempos"? Do "progresso" de nossa sociedade? É certo que não.

Vale a pena meditar um pouco sobre o tema, ainda que sem a pretensão de apresentar soluções, mas com o único intuito de despertar para a importância do assunto e para a gravidade da questão, aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de pensar a respeito.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Salário Mínimo

A partir deste domingo, o salário mínimo nacional passa de R$ 415 para R$ 465, um aumento real de 6,39%.

Em abril de 2003, primeiro ano do governo Lula, o salário mínimo passou de R$ 200 para R$ 240. Em maio de 2004, subiu para R$ 260 e, em maio de 2005, para R$ 300. Em abril de 2006, o novo valor nominal foi de R$ 350. No mesmo mês do ano seguinte, o mínimo passou para R$ 380 e, em 2008, para os atuais R$ 415.