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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Mulheres na Arte",

O vídeo "Mulheres na Arte", dirigido por Philip Scott Johnson é um hino dedicado a incrível história da arte através de imagens de mulheres. Este vídeo criou uma euforia real na web. Nada no site YouTube foi visto por mais de 5,3 milhões de visitantes e gerou mais de 10.000 acessos no prazo de 2 meses. O número de comentários chega a 10 milhões neste ano de 2009. O vídeo é referenciado em centenas de blogs em todo o mundo. Trata-se de uma verdadeira obra-prima da arte digital em termos de domínio técnico e criatividade artística. Vale a pena ver aqui

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Queriam conhecer o mar...

Há poucas coisas mais tristes do que presenciar a partida de grandes e bons amigos. Por mais que saibamos que a vida continua, quem fica, sente, por um tempo, aquele gosto amargo de uma palavra que poderia ter sido dita, mais um abraço que poderia ter sido dado, mais momentos de alegria vivenciados. Vivemos a vida de uma forma , às vezes, tão corrida, que esquecemos de valorizar de forma consistente, a conquista dos amigos que a qualquer hora podem estar se despedindo.

Estive em uma confraternização, no final de semana passado em Belém e lá revi um velho amigo, juntamente com sua família, esposa e filhos adolescentes. Revi também um amigo com olhos vivos e sinceros, juntamente com seu menino de 9 anos. Felizes, faziam planos para o futuro promissor que se avizinhava. De lá seguiriam os pais, juntamente com os filhos para Salinas. Os meninos queriam conhecer o mar. Se extasiaram com a grandeza do mar. Brincaram como meninos brincam na chuva, com sentimento inocente, leves, livres de problemas. Os pais, felizes em ver os meninos nadando em alegria, puderam proporcioná-los um presente sem tamanho e ao mesmo tempo receber em forma compensadora, toda a satisfação da felicidade dos filhos.

Quando falamos que existem apenas momentos de felicidade, não nos damos conta de que podemos prolongar tais momentos até uma eternidade. Isto significa viver intensamente as preciosas e simples oportunidades que a vida nos dá na companhia de quem amamos. Basta simplificar, perceber na vida aquilo que realmente importa, parar de perder tempo com as ‘maluquices’ ditadas por um mundo cada dia mais atravessado em vacilações, em obsessão por dinheiro e poder. Os meninos conheceram o mar.

Era hora de por o pé na estrada, voltar para casa, revigorados com a manifestação da natureza, do mar que tudo lava, dos dons divinos de Deus, da boa companhia, de um bendito e agradável fim de semana de festa sadia, sem vícios ou anormalidades. Todos eles viviam uma vida centrada, distantes do turbilhão de desequilíbrios que se vê por aí afora. Certamente, na viagem de volta, as conversas dentro do carro eram em torno de família, amizade, Deus, Paz.

Até posso ver o semblante dos meus queridos amigos transbordando felicidade, com sorrisos tranqüilos de pessoas simples de corações nobres. Mas, de repente, aproximando-se de casa, em uma curva na estrada, os mistérios que cercam a vida se manifestaram em forma de fatalidade, levando a presença de pessoas tão queridas, tão amadas por tanta gente, tão jovens.

Fica sim uma lembrança que, no momento, pode até causar dor, sofrimento e tristeza. Mas com o tempo ficará algo mais forte e vivo. Fica o exemplo de pessoas que passaram por esta vida , viveram e deixaram plantadas nesta terra, vastas sementes a florescer em um mundo melhor.
* Dedicado a Lourival, Fred, Thiago e Leland

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DESENVOLVIMENTO DA TRANSAMAZÔNICA E DO XINGU SERÃO DEBATIDOS EM FÓRUM REGIONAL

Começa nesta sexta-feira, 27 de novembro, no município de Altamira, o I Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu. O evento é organizado pelo FORT Xingu, governo do Estado do Pará e o Consórcio Belo Monte e tem como objetivo debater a construção da Hidrelétrica de Belo Monte dentro de um projeto de desenvolvimento sustentável para a área de influência da usina, que abrange 11 municípios paraenses.

Estarão presentes na abertura do evento lideranças do FORT Xingu, a governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, secretários de Estado, deputados, senadores, prefeitos e outras lideranças políticas, empresariais e sociais dos municípios regionais, explica Vilmar Soares, coordenador do FORT Xingu, um dos organizadores do evento, que termina no dia 28 de novembro.
No segundo dia do evento (28) serão realizadas conferências sobre o Ordenamento Fundiário, o Cadastro Ambiental Rural do Pará (CAR-PA) e o Asfaltamento e Licenciamento Ambiental da Transamazônica, além de consolidar diversas oportunidades de negócios para o desenvolvimento regional da UHE Belo Monte. “Neste contexto faremos a consolidação de um Plano de Desenvolvimento Sustentável da Transamazônica e do Xingu”, antecipa Vilmar.

Além do plano, segundo o coordenador do FORT Xingu, a meta é trabalhar para construir parcerias visando a execução do georreferenciamento das propriedades envolvidas no Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte (AHE), contribuindo para o ordenamento fundiário e a regularização ambiental das propriedades rurais da região de abrangência do projeto. “Formularemos ações que deverão constar como condicionantes para o licenciamento ambiental do projeto”, acentua o gestor.

Os participantes do Fórum reconhecerão e garantirão os direitos das populações envolvidas, sejam povos indígenas, comunidades quilombolas, moradores das zonas urbanas e rurais. O Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte é um projeto de grande viabilidade e importância estratégica. No entanto, sua viabilidade sociopolítica será em função de sua capacidade para induzir o desenvolvimento da região em bases sustentáveis, tendo como proposta a melhoria e a consolidação do espaço regional. "Dada a precariedade da situação atual da região, é imprescindível o envolvimento e a participação de todos os segmentos regionais para que os efeitos positivos da implantação do AHE Belo Monte sejam devidamente apropriados e maximizados na região", frisou Vilmar.
Neste sentido, segundo o coordenador do FORT Xingu, é necessária a formalização de um Plano de Ações Emergenciais que busque direcionar investimentos federais e estadual nas áreas de infraestrutura rodoviária, educação e saúde nas zonas urbana e rural, além da estruturação do setor produtivo para a área de influência do AHE Belo Monte. "Vamos trabalhar para criar condições para a competitividade da produção regional e para que a mão de obra local possa obter colocação nos postos de trabalho que serão criados", finaliza o coordenador do FORT Xingu.
matéria enviada pela Assessoria de Imprensa do Deputado Federal Zé Geraldo (PT-PA)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pero Vaz e o nepotismo...

Nessa época de ATOS SECRETOS, de presidente do Senado Nacional dando cargo para namorado da neta (rs), é bom dizer que essas coisas aqui no Brasil não são novas. Quando da chegada - sem querer - de Pedro Álvares Cabral, o seu escrivão-mor, Pero Vaz de Caminha, no finalzinho da longa carta (primeiro documento oficial da Ilha de Vera Cruz), pede favores ao rei para seu genro.
Em 01/maio/1500 : "E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. "


A carta de Pero Vaz de Caminha é lembrada como o primeiro caso de tentativa de nepotismo documentado no Brasil.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Luther King, sempre atual!

O grande Pastor Martin Luter King Jr, prêmio Nobel da Paz em 1964, que lutou pela igualdade entre brancos e negros nos Estados Unidos nos anos 60, usando o amor e a paz como instrumentos , foi assassinado pela intolerância preconceituosa. Foi um dos maiores oradores da história, sabia utilizar a Palavra para cativar, convencer, emocionar. Vejam:
" Aos nossos mais implacáveis adversários, diremos: Corresponderemos à vossa capacidade de nos fazer sofrer com a nossa capacidade de suportar o sofrimento. Iremos ao encontro da vossa força física com a nossa força do espírito. Fazei-nos o que quiserdes e continuaremos a amar-vos. O que não podemos, em boa consciência, é acatar as vossas leis injustas, pois tal como temos obrigação moral de cooperar com o bem, também temos a de não cooperar com o mal. Podeis prender-nos e amar-vos-emos ainda. Assaltais as nossas casas e ameaçais os nossos filhos, e continuaremos a amar-vos. Enviais os vossos embuçados perpetradores da violência para espancar a nossa comunidade quando chega a meia-noite, e, quase mortos, amar-vos-emos ainda. Tendes, porém, a certeza de que acabareis por ser vencidos pela nossa capacidade de sofrimento. E quando um dia alcançarmos a vitória, ela não será só para nós; tanto apelaremos para a vossa consciência e para o vosso coração que vos conquistaremos também, e a nossa vitória será dupla vitória." Martin Luther King Jr.

Onde Encontrar Auxílio, Quando...


AGRADECIDO: Salmo 100I Tesalonicesses 5:18Hebreus 13:15I Coríntios 13, Salmo 91Salmo 118
ANSIOSO: Salmo 46Mateus 6:19-34Filipenses 4:6I Pedro 5:6-7Salmo 121Mateus 10:16-20
CANSADO: Salmo 90Mateus 10:16-20I Coríntios 15:58Gálatas 6:9-10
CONTRITO: Salmo 4, Salmo 42, Lucas 11:1-13, João 17I João 5:14-15
DEPRIMIDO: Salmo 34Salmo 91Salmo 118:5-9Lucas 8:22-25
EM DIFICULDADES: Salmo 16, Salmo 31, João 14:1-14, Hebreus 7:25
ENFERMO OU NA DOR: Salmo 38, Romanos 8:28,38-39II, Coríntios 12: 9-10Tiago 5:14-15Hebreus 13:56
ENFRENTANDO CRISE: Salmo 121Mateus 6:25-34Hebreus 4:16FALTA DE FÉSalmo 42:5Hebreus 11
NECESSITANDO DE ORIENTAÇÃO: Salmo 32:8
NECESSITANDO DE PAZ: João 14:1-4João 16:33Romanos 5:1-5Filipenses 4:6-7
NECESSITANDO DE DEUS: Salmo 27:1-6Salmo 91Filipenses 4:19
NECESSITANDO DE REGRAS PARA VIVER: Romanos 12 :17
TRISTE: Mateus 5:4II Coríntios 1:3-4
VENCIDO: Salmo 6Romanos 8:31-39I João 1:4-9
VIAJANDO: Salmo 121

Como passar em concursos - Dicas de um especialista

Aos 14 anos de idade, Willian Douglas começou a escrever as primeiras linhas do livro “Como passar em Provas e Concursos” que, meses depois, iria se tornar sucesso. Nessa época, Willian já prestava concurso público na área de direito passando sempre em excelentes colocações. A obra que ensina “o caminho das pedras”, como ele mesmo fala, foi a primeira entre os demais livros de sua autoria. Em seu currículo constam cargos como: advogado, Delegado de Polícia, Defensor Público, Professor de Direito Processual, Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil… Hoje em dia, Willian é Juiz Federal, dedica-se como palestrante em várias partes do País, assim como a sua família e religião, além de estar sempre disposto a responder quaisquer dúvidas.

Confira esta entrevista com ele, feita pelo ebaH, uma rede social voltada, exclusivamente, para o campo acadêmico, que tem como principal objetivo o compartilhamento de informações e arquivos entre estudantes e professores universitários.:

ebaH! – Dos nove concursos que passou, todos eles com ótima colocação, cinco deles ficou em 1° lugar. O senhor sempre foi disciplinado e estudioso?
William Douglas - Não, eu sempre fui curioso e interessado apenas em algumas matérias, como História e Geografia. Outras matérias me causavam repulsa ou me eram indiferentes. Para passar eu precisei desenvolver a disciplina para estudar o que caía nas provas.

ebaH! – Como surgiu a ideia de escrever o seu primeiro livro “Como passar em Provas e Concursos”?
William Douglas – Após minhas aprovações em 1º lugar, as pessoas começaram a me perguntar qual era o segredo, o “caminho das pedras” e etc. A Bíblia diz que “aquele que sabe fazer o bem e não faz comete pecado”. Assim, por dever religioso, para ganhar tempo e para ajudar os amigos, resolvi colocar tudo o que aprendi no papel.
ebaH! – O livro “Leitura Dinâmica”, de sua autoria, junto com o prof. Ricardo Soares, ensina técnicas de memorização. Poderia ensinar uma delas para o público do ebaH!?
William Douglas – Sim, mas vou fazer melhor ainda, vou pedir ao amigo Ricardo Soares que envie algumas dicas. O que acha? (Confira as dicas do professor no final da entrevista.)
ebaH! – Entre as suas obras, encontram-se livros ligados à religião evangélica, do segmento Batista. O doutor é seguidor da mesma? Acredita que a religião, dentro da vida de uma pessoa, possa ajudá-la na hora dos estudos?
William Douglas – Eu sou batista, sim, mas os livros de espiritualidade eu escrevo de uma forma aberta, de modo a não adentrar nas discussões teológicas entre as vertentes do cristianismo. Eu foco no que é comum a todos os que acreditam em Deus e querem se relacionar melhor com Ele, e/ou servi-Lo. Na minha experiência pessoal, a religião ajudou, Deus ajudou, e muito. Não é uma ajuda indispensável, mas creio que vale muito para quem quiser tê-la.
ebaH! – Em uma outra entrevista, o senhor afirmou que “concurso não é para quem pode, é para quem quer”. Então, mesmo aquela pessoa que não possui condições de pagar um cursinho teria as mesmas chances daquela que cursou? Por quê?
William Douglas – Com certeza todos podem passar. Recentemente um morador de rua passou em um! As chances não são as mesmas, infelizmente. Alguns têm mais chances que outros. Contudo, todos têm chance, embora possa variar de tamanho. Quem realmente quiser passar, encontrará um caminho. A experiência revela que quem quer arruma um, quem não quer arruma uma desculpa. Há bolsas, cursos gratuitos, ONG’s… a própria internet. Enfim, há por onde buscar ajuda mesmo tendo pouco dinheiro.
ebaH! – Como uma pessoa “aprende a estudar”?
William Douglas – Lendo meu livro. Não é o único caminho, mas asseguro que é o mais bem explicado e resumido. Pode parecer arrogância, mas não é. Passei 30 anos preparando o material, aprendendo, e estou há mais 10 anos aperfeiçoando-o.
ebaH! – Qual é a rotina de um Juiz Federal?
William Douglas – Dura, estressante, mas alguém tem que fazer esse serviço (risos). Por um lado, temos poder, garantias, boa remuneração, status. Por outro, uma enorme quantidade de trabalho, muita pressão e o ataque constante de todos, a começar pelo próprio Governo (Executivo e Legislativo), quando não vem do próprio escalão superior do Judiciário. Com esforço e dedicação, e com uma boa equipe, contudo, é possível fazer um bom trabalho. A 4ª Vara Federal de Niterói, onde sou titular, é premiada por produtividade e está listada como Vara padrão no Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Judiciário. É uma honra para mim e posso dizer que só conseguimos isso porque temos uma equipe de funcionários públicos motivados, comprometidos e que amam o que fazem.
ebaH!- E como é a rotina de Willian Douglas fora do trabalho?
William Douglas – Muito louca e agitada. Tenho esposa e 3 filhos, pai, irmã, irmão… e procuro dar atenção a todos. Vou à Igreja, sou militante do movimento negro (na Educafro), viajo muito fazendo palestras… caminho 3 vezes por semana (o WDSPTS, meu programa de treinamento físico, está disponível no meu site), acompanho meu informativo gratuito, escrevo colunas em vários jornais… Além disso, cuido dos meus livros, algo em torno de 33 publicados, uns 12 no mercado e mais uns 4 em preparação. Vou à Editora Impetus, onde sou integrante do Conselho Editorial, e noutras editoras também, onde sou consultor. Enfim, é bastante coisa, mas amo muito tudo isso (parece a propaganda do McDonald’s, não?)
ebaH! – Qual o seu ponto de vista sobre os diversos escândalos que assolam o Poder Judiciário?
William Douglas – Onde houver ser humano ocorrerão fraudes e escândalos, mas somente nós mesmos, os seres humanos, podemos fazer isso aqui funcionar.

Técnicas de Memorização – Prof. Ricardo Soares:

1) Use sua memória ao máximo. Memorizando, estamos exercitando e fortalecendo a memória. Existem pessoas que acreditam que a sua plena utilização causa uma “sobrecarga” e que a memória deixa de responder. Engano! Ela deixa de responder quando fica “enferrujada e emperrada” por falta de uso;

2) Procure formar imagens mentais daquilo que se quer reter. A memória visual é a que mais estimulamos em nosso cotidiano, portanto visualize aquilo que quer memorizar;

3) Associe ideias. O cérebro registra, e evoca mais facilmente, ideias que estão associadas a outras;

4) Usar simultaneamente as dicas dois e três criando “associações visuais”. Abuse de sua imaginação produzindo associações criativas e bizarras. É o que chama a atenção que fica marcado na memória. O que é “normal e corriqueiro” é mais facilmente esquecido!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós...

Dia 15 de Novembro comemora-se a Proclamação da República no Brasil. Trata-se de um marco histórico, época em que comemoramos, teoricamente, a quebra do Regime Imperialista, dominado pelos portugueses, que queriam de nós apenas as riquezas colossais que poderíamos “oferecer” ( e fornecemos) à Coroa Portuguesa. O Hino à República, belíssimo, tem em seu refrão: “Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós!” Foi escrito há mais de cem anos e o motivo de tal clamor era de que nos livrássemos “ das garras de Portugal” ( o hino fala textualmente).

Hoje, mais de cem anos depois, estamos lutando para nos livrar das garras de nós mesmos, brasileiros, atordoados pela falta de escrúpulos, vivendo a vida e tendo a sensação de que um dia a mais nos faz sobreviventes. O Brasil liberto de hoje é aquele mesmo País que produz mães que jogam filhos recém-nascidos nos esgotos, que trata mal os seus velhos e que tem milhões de crianças nas ruas, desaprendendo a ser gente.

Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós e nos mostre, cem anos depois, como nos livrar da mentalidade minúscula que turva a visão dos pequenos políticos, que não conseguem enrolar a bandeira e vivem duelando contra seus próprios preconceitos. Já naquela época, o primeiro Presidente da República, o Marechal Deodoro, era um Monarquista que se rendeu aos anseios e necessidades da Nação e se colocou á disposição da República mostrando que os homens podem ceder quando interesses maiores e legítimos estão acima dos seus próprios interesses pessoais.

Hoje em dia a gente vê, em nível nacional, verdadeiras batalhas em torno de espaço na mídia e os holofotes mirando apenas no que é negativo. O que dá “ibope” é notícia ruim. Pode reparar. Vou dar um exemplo: estou vendo agora na internet, as seguintes manchetes: “INSS apura 21 mil casos de fraude na aposentadoria por invalidez”; “ “ Criminalidade aumenta em todo interior do Brasil”. Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós, ainda hoje, em 2009, continuamos cantando a atual estrofe do nosso centenário Hino, porque um País que tem tantos analfabetos não pode ser chamado de livre e não adianta querer colocar a culpa em um ou outro porque isso já é uma situação crônica, que não se resolverá em poucos anos.

Alguns de nossos maiores calos tem a raiz no início da nossa história, que até hoje é mal contada. Ninguém sabe quem foi o vilão ou quem é o herói. Somos especialistas em arranjarmos culpados para as nossas mazelas e esquecemos que quando apontamos o dedo para alguém, tem três apontados para nós mesmos. Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós e nos mostre como é ser uma verdadeira República de homens e mulheres livres, honestos, sinceros e irmãos. Isso é utopia? Veja então como conclui uma das estrofes do nosso belo Hino à República: Mensageiro de paz, paz queremos, É de amor nossa força e poder!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Seria cômico se não fosse trágico!

O desregramento de costumes está 'deverasmente' como um caminhão sem freio, ladeira abaixo, como diria Rui Barbosa. Vejam que coisa 'escandalosamente incrível' me foi enviada por e-mail:
A sentença é insólita e inédita. O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu que o homem que, por vontade própria, participar de uma sessão de sexo grupal e, em decorrência disso, for alvo de sexo anal passivo, não pode declarar-se vítima de crime de atentado violento ao pudor. O acórdão do TJ de Goiás, publicado no dia 6, é um puxão de orelhas no autor da ação que reclamava da conduta de um amigo.
Luziano Costa da Silva acusou o amigo José Roberto de Oliveira de ter praticado contra ele "ato libidinoso diverso da conjunção carnal". Silva alegou que, como estava bêbado, não pôde se defender. Por meio do Ministério Público, recorreu à Justiça. Mas o Tribunal concluiu que não há crime, já que a suposta vítima teria concordado em fazer sexo grupal.O acórdão dos desembargadores é categórico:"A prática de sexo grupal é ato que agride a moral e os bons costumes minimamente civilizados.
Se o indivíduo, de forma voluntária e espontânea, participa de orgia promovida por amigos seus, não pode ao final do contubérnio dizer-se vítima de atentado violento ao pudor. Quem procura satisfazer a volúpia sua ou de outrem, aderindo ao desregramento de um bacanal, submete-se conscientemente a desempenhar o papel de sujeito ativo ou passivo, tal é a inexistência de moralidade e recto neste tipo de confraternização".
Para o Tribunal de Justiça do Estado, "quem participa de sexo grupal já pode imaginar o que está por vir e não tem o direito de se indignar depois. "(...) não pode dizer-se vítima de atentado violento ao pudor aquele que ao final da orgia viu-se alvo passivo de ato sexual", concluíram os desembargadores.
Segundo o inquérito policial, no dia 11 de agosto de 2003, após ter embriagado Silva, Oliveira teria abusado sexualmente do amigo. Em seguida, teria levado o amigo e sua própria mulher, Ednair Alves de Assis, a uma construção no Parque Las Vegas, em Bela Vista de Goiás. Lá, teria obrigado a mulher e o amigo a tirar suas roupas e a manter relações sexuais, alegando que queria "fazer uma suruba". Em seguida, Oliveira teria mais uma vez se aproveitado da embriaguez do amigo e praticado sexo anal com ele.
Oliveira foi absolvido por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, que manteve a decisão da primeira instância. Segundo o relator do caso, desembargador Paulo Teles, as provas não foram suficientes para justificar uma condenação, pois limitaram-se aos depoimentos de Silva e de sua mãe. Em seu depoimento, Ednair confirmou que Silva teria participado da orgia por livre e espontânea vontade.
Para o magistrado, todos do grupo estavam de acordo com a prática, que definiu como desavergonhada."A literatura profana que trata do assunto dá destaque especial ao despudor e desavergonhamento, porque durante uma orgia consentida e protagonizada não se faz distinção de sexo, podendo cada partícipe ser sujeito ativo ou passivo durante o desempenho sexual entre parceiros e parceiras.
Tudo de forma consentida e efusivamente festejada", esclareceu o relator. Em suma, o TJ/GO concluiu o que todo mundo já sabia, com relação a atitudes despudoradas de pessoas embriagadas. NÃO TEM DONO...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Constituição é emendada pela 61ª vez em 21 anos de existência

A Constituição Federal vai receber mais três emendas nesta quarta-feira (11). Nesses 21 anos, deputados e senadores já aprovaram 61 emendas à carta, uma média de três por ano. O texto constitucional foi promulgado em 5 de outubro de 1988, após 20 meses de trabalho dos 558 constituintes.
Para cada emenda ser aprovada foram necessários os votos de no mínimo três quintos dos deputados (308) e também de três quintos dos senadores (49), em duas votações em cada uma das casas legislativas. A atual Constituição tem 245 artigos e terá a partir de quarta-feira 61 emendas.
A Carta Magna dos Estados Unidos, que foi promulgada em 1787, tem apenas sete artigos e 27 emendas.
Mesmo com esse número de emendas já aprovadas e incluídas no texo, ainda tramitam na Câmara e no Senado algumas centenas de propostas que visam alterá-la.
Agência Brasil

Burocracia

Eu estive outro dia em uma “repartição pública” federal, em Marabá, a fim de começar a resolver uns problemas burocráticos. Fiquei pasmo ao constatar que em alguns setores da administração pública federal, parece que a determinação geral é procurar uma brecha para não atender, não resolver, não solucionar. Incrível. E olha que eu já tenho uma boa experiência dentro dos ‘trâmites administrativos”, digamos assim.

Imagina o que se passa com uma pessoa que não tem tanta desenvoltura em lidar com os entraves na “receita federal” da vida. Me deram um chá de cadeira e enquanto esperava, li um artigo interessante de um teólogo( Valmir Nascimento) a respeito de como seria caso a Justiça Divina atravancasse os pedidos desesperados da humanidade usando a burocracia dos humanos. Vejam que interessante o que ele escreveu:


" Ainda bem que o Reino de Deus não é repartição pública. Senão, imaginemos a situação. Você, num momento de desespero e angústia, ajoelha-se para buscar a presença de Deus e receber uma resposta para as suas indagações. Pega o ‘telefone’ da oração e ‘disca’ diretamente para o Criador. Porém, quem atende é a telefonista dos céus:

- Secretaria Divina, bom dia! Com quem o senhor gostaria de falar? Você leva um susto. Afinal nunca ouvira falar da Secretaria Divina; muito menos de uma telefonista dos céus. Mas você é persistente. - Eu quero falar com Deus, por favor. - Tem hora marcada? Responde a telefonista. - Hora marcada? Como assim, hora marcada? Apreensivo, você indaga. A moça, num tom de especialista explica:

- Muita coisa mudou meu querido. Como Deus andava cheio de compromissos, ocupado com as guerras e a fome das nações, e com o aumento do número das orações direcionadas pra Ele ultimamente, resolvemos fazer uma reorganização/reengenharia no Céu. Assim, para que o senhor possa conversar com Ele, será necessário agendar uma entrevista anteriormente, conforme dispõe o Decreto de Reorganização Superior.

Você não podia acreditar naquilo que acabara de ouvir. Reorganização do Céu, agenda para falar com Deus, era tudo muito estranho. - Tudo bem! Então eu quero agendar uma entrevista com Deus. Nervoso você assevera. - Você é crente ou descrente? Pergunta a telefonista. - Crente ou descrente?
- É! Pois dependendo do seu enquadramento, vou transferir a ligação para o setor responsável. Se for crente, irei transferi-lo para a SRC - Secretaria de Relacionamento com Crentes, comandada por São Pedro; se for descrente, vou transferi-lo para o SRD – Secretaria de Relacionamentos com os Descrentes, comandada por São Paulo.

Sabe com é, delegação de competência! - Tem mais essa ainda? - Organização meu querido! - Mas eu nem sei no que eu me enquadro. - Não se preocupe. Vou acessar nosso novo Sistema de Informações Espirituais e verificar a ficha do senhor e o seu enquadramento.

Depois de algumas tecladas, a telefonista responde. - A situação do senhor não é muito boa! Nosso sistema esta informando que o senhor tem cometido alguns pecados: traição, adultério, mentiras. Por isso... - Por isso... o que? - Antes de ir para o SRC ou SRD, vai ter que conversar na SRE – Secretaria de Reformulação Espiritual. Pois, a condição do senhor tá tão feia que não dá pra falar nem com São Pedro ou São Paulo.
- Estais brincando? - Não estou não. Estou seguindo a norma de Organizações & Métodos e se eu não fizer corretamente a Auditoria me pega. Ai você já viu né, vai sobrar pra mim. - Ta bom! Transfira a ligação para a Secretaria de Reformulação Espiritual - Nessa altura você já está mais do que nervoso. - Só um minutinho, já estou transferindo.
Enquanto toca a música do “pananam” você aguarda, até que: - SRE, bom dia! Em que posso ajudá-lo? - Olha, já têm mais de uma hora que estou nessa ligação querendo falar com Deus, mas a telefonista da Secretaria Divina me disse que tenho que conversar com vocês antes de falar com o SRC ou SRD, para depois falar com Deus.

- Não se preocupe meu senhor. Nosso setor é o mais rápido aqui no céu. No mês passado atingimos cem porcento de nossa meta. João, o nosso gerente, é muito competente e vai solucionar o problema do senhor rapidamente.
- Então o que eu devo fazer?
- É simples, basta nos enviar uma petição redigida em papel A4, em três vias, junto com a cópia do RG, CPF, comprovante de endereço, titulo eleitoral e certidão de casamento. Depois, é só aguardar a decisão.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Tem rapariga aí?"

Amigos, encontrei um texto, que, de certa forma, revela o meu sentimento a respeito de uma chaga que aumenta a cada dia.

Por isso transcrevo e republico, na íntegra, o texto de José Teles, publicado no JC online, de 07 de maio de 2008.

“TEM RAPARIGA AÍ?"

" Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero).


As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam).


Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de ‘forró’, e Ariano exclamou: ‘Eita que é pior do que eu pensava’. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.


Para uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família.


Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).

Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se.
Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental.
As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.
Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa.Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na platéia’, alguma coisa está fora de ordem.
Quando canta uma canção (canção ?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui há alguns poucos anos. “
Assino embaixo, José Teles.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

PALAVRAS MÁGICAS

Estava andando dias atrás, próximo de minha casa, quando vi um motorista desrespeitando a faixa de pedestres, no momento em que uma senhora iria atravessar. Foram tantos palavrões desferidos pela senhora ao motorista que já ia longe, que assustou quem passava perto. Se ela tinha alguma razão, perdeu naquele momento com sua atitude irracional e transtornada. Se igualou ao motorista rebelde. Percebi então que muitas coisas podem ter desfechos diferentes se tivermos uma disposição de nos comunicarmos melhor. Acontecendo isso, a nossa referência se transforma pois uma atitude grosseira e descortês passa a ser marca registrada de uma cidade se repetida diversas vezes. Presenciei princípios de tumultos em filas de banco, sinais de trânsito, lojas e bares que quase terminaram em tragédia.

Muitas vezes vejo as pessoas reivindicando um direito de forma exagerada, desproporcional, quando um simples “com licença”, “por favor”, “obrigado”, “ desculpe”, resolveria tudo. Outro dia cheguei em casa, à noite, e tinha um carro estacionado bem na porta de minha garagem. Fiquei sem ter como entrar em casa. O que pude fazer foi procurar um lugar mais afastado e deixar o carro. Não deu outra: um “amigo do alheio” quebrou o vidro do automóvel e levou meu toca cd e outros pertences. Fiquei indignado nem tanto pelo roubo, já que o infeliz do ladrão encontrou uma oportunidade fácil de exercer seu triste ofício. Fiquei zangado pela falta de consciência da pessoa que só pensou em si, estacionando o carro em frente à minha garagem.

Dias atrás, a cena se repetiu, lá estava um carro obstruindo a entrada de minha garagem! Deixei um recado no parabrisa informando do “equívoco” e pedindo que isto não mais aconteça. No meu pensamento, a pessoa nem iria ver o recado ou então, no máximo, faria uma galhofa de minha cara de bobo, em perder tempo deixando bilhete. Para minha surpresa, recebi na minha caixa de correios um pedido de desculpas que considerei sincero, sem agressividade ou ironia.


Sinto que a luta pela sobrevivência aqui em Parauapebas faz com que muitas pessoas se sintam transtornadas, armadas até os dentes, nervosas como um fio desencapado. Quando se reconhece uma falha, na maioria das vezes a pessoa que reclama se sente desarmada, sem graça, constrangida em rebater de forma feroz. Esta cidade está apenas começando e depende de nós agirmos de forma prudente e equilibrada para conseguirmos o que queremos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

1001 discos


Site interessante, com 1001 discos prontos para baixar. Entre eles, clássicos do rock, como o emblemático Sgt. Pepper's, dos Beatles. Para quem gosta, boa pedida!



Festival de Curtas: Inscrições prorrogadas

Oficinas de cinema têm inscrições prorrogadas . Os interessados em participar das oficinas oferecidas pelo festival de cinema Curta Carajás podem se inscrever até o dia 06 de novembro, sexta-feira. As fichas de inscrição devem ser preenchidas na recepção da Secretaria Municipal de Cultura, Rua D, 330, Cidade Nova, em Parauapebas/Pará.
A abertura do festival é dia 10, terça-feira, na Praça de Eventos, em frente à Câmara Municipal. As oficinas de Roteiro e Direção, Produção e Fotografia vão do dia 11 ao dia 13, no Centro Universitário de Parauapebas – CEUP.
Todos os participantes receberão certificados. Vários profissionais ministrarão cursos interessantes, entre eles, nosso amigo Bruno Assis, que falará sobre fotografia.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vida real e etc e tal

A internet é um grande sanduíche, um grande "x-tudo", para todos os gostos. Um bicho que tem que ser domado. Ou um museu de grande novidades, parodiando Cazuza. Tem cada coisa!


Só agora vi aquela cena mostrada para o mundo de Saddam Hussein sendo enforcado e achei aquilo uma demonstração bizarra do século XXI. A banalização da vida vista através das câmeras de um telefone celular, onde uma meia dúzia de homens encapuzados foram encarregados de dar cabo da vida do ditador iraquiano. O que os livros de história retratam de uma forma teórica e abstrata ( a morte de personalidades), o mundo globalizado mostra ao vivo e à cores para todo o planeta. Não há margem para a imaginação viajar.


A vida real está ao alcance de uma câmera oculta, minúsculos microfones ou grampos telefônicos. Os insultos que os carrascos proferiram contra um Saddam à beira da morte foram repelidos por todo o mundo. Até mesmo George Bush, inimigo mortal e principal algoz do iraquiano foi à público para condenar a atitude dos carrascos.


Todos os crimes que Hussein cometeu estão gravados pela humanidade; a história já o julgou, sua atitude tirânica e ditatorial não são exemplos para ninguém, mas quando alguém utiliza-se da força bruta e da selvageria para combater crimes, o mundo fica pior.


Quando uma criança vê na televisão cenas de extrema violência, como as que recheiam os telejornais todos o dias, pode ter certeza que boa parte de sua inocência será comprometida. A televisão é algo extremamente benéfico, pois é o único lazer para milhões de brasileiros; mas por outro lado, sujeita a desencaminhar, dar aparência de normalidade a coisas tétricas. E isso acontece todo dia no horário ‘nobre’.


Ei, não se iludam, os ídolos dos filmes e novelas são de barro! Os verdadeiros heróis do dia a dia estão pelas ruas do mundo, anônimos, vencendo as dificuldades, sobrevivendo e vivendo a vida com o suor dos seus rostos. Na realidade, o que faz a diferença de um grande homem é saber observar as qualidades até mesmo em seus adversários. Isso faz com que se crie algo preponderante para qualquer homem ser vencedor: o respeito. Seja em qualquer aspecto, o respeito é bem vindo e com ele, a vida fica muito mais fácil de ser vivida

BENDITA SEJA ESSA GRANDE SENHORA, QUE CHAMAMOS "JUSTIÇA"!


O texto abaixo é de um Juiz do Espírito Santo, João Batista Herkenhoff, que tem uma visão interessante do Direito, da Magistratura e da Vida. Foi postado pelo colega Sanderson Moura, em seu blog, que é interessantíssimo (www.sandersonmoura.blogspot.com)

"Indaga-me jovem amigo se as sentenças podem ter alma e paixão.O esquema legal da sentença não proíbe que tenha alma, que nela pulsem vida e emoção, conforme o caso. Na minha própria vida de juiz senti muitas vezes que era preciso dar sangue e alma às sentenças.Como devolver, por exemplo, a liberdade a uma mulher grávida, presa porque trazia consigo algumas gramas de maconha, sem penetrar na sua sensibilidade, na sua condição de pessoa humana?

Foi o que tentei fazer ao libertar Edna, uma pobre mulher que estava presa há 8 meses, prestes a dar à luz, com o despacho que a seguir transcrevo:
A acusada é multiplicadamente marginalizada:Por ser mulher, numa sociedade machista...Por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta.
Por ser prostituta, desconsiderada pelos homens, mas amada por um Nazareno que certa vez passou por este Mundo.
Por não ter saúde. Por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si.Mulher diante da qual este juiz deveria se ajoelhar numa homenagem à maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.
É uma dupla liberdade a que concedo neste despacho: liberdade para Edna e liberdade para o filho de Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este Mundo, com forças para lutar, sofrer e sobreviver.
Quando tanta gente foge da maternidade...Quando pílulas anticoncepcionais, pagas por instituições estrangeiras, são distribuídas de graça e sem qualquer critério ao povo brasileiro...Quando milhares de brasileiras, mesmo jovens e sem discernimento, são esterilizadas...
Quando se deve afirmar ao Mundo que os seres têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens da Terra e não reduzir os comensais...
Quando, por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este Fórum, com o feto que traz dentro de si.Este juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua mãe, se permitisse sair Edna deste Fórum sob prisão.
Saia livre, saia abençoada por Deus...Saia com seu filho, traga seu filho à luz...Porque cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um Mundo novo, mais fraterno, mais puro, e algum dia cristão...Expeça-se incontinenti o alvará de soltura."
Juiz João Batista Herkenhoff, Livre-docente da Universidade Federal do Espírito Santo.