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quarta-feira, 31 de março de 2010

PA-150 ESTÁ NO PAC 2 E SERÁ FEDERALIZADA COMO BR-155

Com o lançamento da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), um dos corredores de desenvolvimento no Pará ganha atenção especial: a PA-150, que será federalizada como BR-155. Do município de Moju até Redenção, a rodovia passa por Tailândia, Goianésia, Jacundá, Nova Ipixuna, Marabá, Eldorado dos Carajás, Sapucaia, Xinguara, Rio Maria e Pau D'arco, além de permitir o acesso a Bannach. “A minha expectativa é de um investimento de aproximadamente R$ 350 milhões para proporcionar que os 360 quilômetros tenham uma melhor trafegabilidade, segurança e garantia de escoamento da produção na região”, informa o deputado federal Zé Geraldo.

A rodovia, segundo dados da Secretaria Estadual de Transportes (Setran), é fundamental para facilitar o escoamento da produção do sul, sudeste e nordeste do Pará para o mercado externo, através do porto de Vila do Conde, integrando os municípios por onde passa e adjacências, além de desenvolver o turismo interior do leste do Pará.

O deputado informa ainda que está trabalhando para consolidar a inclusão dos aproximadamente 63 quilômetros da BR-422 no PAC 2. “ Já conversei com a secretária Executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Mirian Belchior, e o cenário é bastante positivo. Devemos consolidar esta iniciativa até meados deste ano”.

O Deputado Zé Geraldo acredita que consolidando estes investimentos, os benefícios favorecerão o desenvolvimento regional, o setor produtivo, a agricultura familiar e o cidadão. “A meta é interiorizar ainda mais as políticas públicas, fortalecer um setor estratégico do desenvolvimento paraense, que é a matriz de transporte, e buscar resultados positivos para combater as desigualdades regionais e construir um novo modelo desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão social”, finaliza Zé Geraldo.

Eleições 2010 e o calendário eleitoral


No ano passado, a data mais importante do calendário eleitoral foi o dia 3 de outubro que correspondia exatamente um ano antes das eleições de 2010. Naquele dia, encerraram-se, segundo a Lei Complementar 64, três prazos importantes:

1) para os partidos registrarem seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral;
2) para os candidatos a cargo eletivo requererem inscrição eleitoral ou transferência de domicílio para a circunscrição na qual pretendem concorrer; e
3) para os candidatos a cargo eletivo estarem com a filiação deferida no âmbito partidário.

Até a eleição, que está agendada para o dia 3 de outubro, candidatos, partidos e eleitores precisam ficar atentos ao calendário eleitoral (Veja aqui), que define prazos, como o início e o término da propaganda partidária gratuita no rádio e televisão; a transferência de domicílio eleitoral e a realização de convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolha de candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, estadual ou distrital, no caso do DF.

Desincompatibilização
Neste item, há três datas diferentes a serem observadas e cumpridas:
1) para detentores de cargo no Poder Executivo;
2) para dirigentes sindicais; e
3) para servidores públicos ou empregados de estatais.


Ministros, governadores e secretários

Os titulares de cargo no âmbito do Poder Executivo precisam se licenciar seis meses antes do pleito. Ou seja, até 3 de abril, ministros de Estado, governadores, prefeitos e secretários das três esferas de Poder - federal, estadual ou municipal - têm que se afastar dos respectivos cargos. Para concorrer a outros cargos, o presidente da República, os governadores de estado e do Distrito Federal, bem como os prefeitos também devem, portanto, renunciar aos respectivos mandatos no prazo de seis meses antes do pleito.

Quanto ao vice-presidente e vice-governadores, eles poderão disputar outros cargos, preservando seus respectivos mandatos, desde que no semestre que antecede as eleições, não tenham sucedido ou substituído o titular.

Dirigente sindical

Os dirigentes sindicais candidatos à eleição deste ano devem se afastar da direção da entidade até 3 de junho - quatro meses antes da eleição. O afastamento não é definitivo e nem implica na renúncia do cargo ou da função. Todos os dirigentes titulares, exceto suplentes e membros do conselho fiscal, são obrigados a licenciar-se. O representante dos trabalhadores que se licenciar para concorrer à prévia eleitoral ou à convenção partidária e não conseguir viabilizar sua candidatura poderá retornar ao seu posto na entidade. Esse entendimento também é válido quando o candidato não é eleito.

Servidor público

O servidor público que pretenda se candidatar às eleições gerais deve pedir licença do seu cargo ou emprego público até o dia 3 de julho - três meses antes das eleições. É garantido ao servidor o direito à percepção dos vencimentos integrais durante o período de licença.

São considerados servidores públicos, para este efeito, todos os funcionários da Administração Direta, das autarquias, das fundações e da Administração Indireta, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, dos três níveis de Governo: União, estados e municípios. Enfim, todos os servidores, estatutários ou não, incluindo os funcionários de estatais.

Convenções partidárias

A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações, também conhecida como convenções partidárias, devem ser realizadas no período de 10 a 30 de junho. A ata da reunião com os candidatos escolhidos para os cargos em disputa deve ser rubricada e lavrada pela Justiça Eleitoral. Nestas eleições, os brasileiros irão votar para presidente e vice, governador e vice, senador, deputado federal, estadual ou distrital.

Propaganda eleitoral

O calendário eleitoral prevê vários prazos para a propaganda eleitoral. O primeiro deles tem início em 1° de julho, quando fica proibida a veiculação de propaganda política gratuita ou paga em rádio e TV.

Isto significa que as emissoras de rádio e televisão não poderão, por exemplo, utilizar sua programação normal e o noticiário para veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato, partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos.

Carro de som, comício, rádio, TV e internet

A propaganda eleitoral, conforme estabelece a Lei 9.504, será permitida a partir de 6 de julho. Cartazes, filipetas e faixas, carros de som, começarão a circular pelas cidades. Os candidatos, partidos políticos e as coligações poderão realizar comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa das 8h às 24h.

Somente em 17 de agosto - 47 dias antes da eleição - terá início o período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Esse prazo se estende até 30 de setembro - três dias antes da eleição - quando também termina o prazo para a propaganda em páginas institucionais na internet, a utilização de aparelhagem de som fixo e a realização de debates.Outros prazos importantes que se encerram nos dias 1º e 2 de outubro, véspera das eleições: último dia para divulgação de propaganda paga em jornal, revista ou tablóide, uso de alto-falantes, realização de comício, carreata, passeata e distribuição de material de propaganda.

terça-feira, 30 de março de 2010

Filme Mulheres de 20 será exibido na Câmara Municipal

Quarta-feira a partir das 19h30min na Câmara Municipal de Parauapebas acontecerá o lançamento oficial do documentário “Mulheres de 20”; na ocasião estarão presentes as mulheres que participaram do filme, diretor e produtores. O evento será organizado pelo Labirinto Cinema Clube e HD Produções e será aberto para imprensa e público em geral.

O documentário teve sua pré-estreia no Dia Internacional da Mulher, na ocasião da abertura do 20º Encontro da Mulher de Parauapebas, e agora em sua versão final terá exibição gratuita. O documentário faz uma justa homenagem aos 20 anos de encontro da Mulher, através de narrativas e depoimentos de quem vivenciou os 20 anos do Encontro, ilustrado com imagens raras de arquivos. O filme mostra com humor e saudosismo uma das maiores manifestações femininas do interior do Brasil.

Estão todos convidados!

FILME: MULHERES DE 20
GÊNERO: DOCUMENTÁRIO
TEMPO: 42′
LOCAL EXIBIÇÃO: PLENÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL
DIA: 31 DE MARÇO
HORÁRIO: 19:30

sexta-feira, 26 de março de 2010

Dado Villa-Lobos e Renato Russo

Uol entrevista Dado Villa-Lobos, sobre o cinqüentenário de Renato Russo:

Dado Villa-Lobos era adolescente quando viu Renato Russo pela primeira vez, em um show da primeira banda do cantor, o Aborto Elétrico, em uma lanchonete de Brasília, no início da década de 80.
A amizade surgida entre os dois jovens moradores da capital federal logo se tornaria parceria musical, quando em 1983 Renato convidou Dado para ser o guitarrista de sua banda nova, a Legião Urbana, que tinha Marcelo Bonfá na bateria. A partir daí, o grupo seria um dos maiores nomes do rock brasileiro, mesmo após a separação em 1996.

O músico está prestes a lançar seu primeiro álbum solo de estúdio, "Jardim de Cactus", que tem a participação de nomes como Toni Platão, Fausto Fawcet, Paula Toller e Chico Buarque. Em entrevista ao UOL, Dado relembra a amizade com Renato --que faria 50 anos neste sábado (27)--, a história da Legião Urbana e diz que o cantor "deixa saudades e faz uma falta tremenda".

UOL - Como você vê o cinquentenário do Renato?Villa-Lobos - Ele era realmente mais velho (risos)! Tinha cinco anos a mais do que eu. Vejo como um irmão mais velho que se foi, que deixa saudades e faz uma falta tremenda. É uma história que não se resolveu.

UOL - Como foi que você o conheceu?
Villa-Lobos - Vi ele tocando com o Aborto Elétrico. Acho que era uma tarde de sexta-feira ou sábado, numa lanchonete chamada Foods, ali na beira do Eixinho. Era na 111, e eu morava na 213, o que quer dizer que eu tive que andar uns 500 metros numa diagonal para ver a banda tocando. E foi impressionante. Foi a primeira vez em que eu estive perto do Renato, me lembro que ele estava empunhando uma guitarra Gianini modelo Les Paul preta.A empatia foi imediata. Você pensa "opa, o que está acontecendo aqui??" e de repente passa a fazer parte daquilo. A identificação foi tanta que eu grudei neles como um satélite. Ver o Aborto, ver o Renato, naquela ambiência, naquele lugar, num fim de tarde, foi uma coisa que me marcou muito, que mudou minha vida para sempre.Brasília é um lugar ímpar na face da terra. Naquele tempo a cidade só tinha 20 anos e ainda tinha muita coisa a ser descoberta por nós, era um lugar diferente de qualquer outro por onde eu havia passado até então, com essa característica louca naquele momento de mobilizar as pessoas. E foi assim, as oportunidades foram aparecendo naquele ambiente quase surreal.
UOL - Você já sentia desde o começo que ele era uma pessoa carismática, destinada a algo maior?
Villa-Lobos - Ainda não existia essa questão das "coisas maiores". Nosso universo era o de uma turma adolescente que morava em Brasília, um lugar no interiorzão do Brasil, longe do eixo cultural do país. Mas era visível que o Renato era uma pessoa especialíssima, que agregava as pessoas e mobilizava geral, com um olhar cintilante. O Renato sempre foi essa figura hipnotizante, carismática e muito querida.
UOL - Você ficou surpreso quando foi chamado para entrar na Legião?
Villa-Lobos - Falei "pô, que bacana", mas não tinha esse peso todo ainda. Era só um grupo com dois caras que estavam precisando de um guitarrista porque o outro tinha ido embora. Eu tinha acabado de passar no vestibular para a UNB e foi tipo ?oba, legal, vamos matar o tempo fazendo coisas bacanas?.
Foi meio em cima da hora, porque ia ter um show num festival um mês depois. O grupo estava começando ali e ainda não tinha repertório. Foi durante esse mês que a gente fez um monte de músicas juntos e percebemos que algo estava acontecendo ali. Mas na hora eu só disse ?sei lá... vamo nessa?.
UOL - A partir do ?Dois? vocês tiveram aquela escalada meteórica chegando a lotar estádios de futebol, o que era raro para bandas de rock nacional. Como isso mexeu com as cabeças de vocês e do Renato em particular, que era uma pessoa tão sensível e intensa?
Villa-Lobos - O Renato nesse momento já tinha uma personalidade oscilante. Acho que hoje chamam de bipolar, essa coisa de estar na euforia e logo depois triste, deprimido. Isso era diretamente influenciado pela vida que a gente estava vivendo ali. Mas apesar de tudo a gente sempre se preservou.Foi mais ou menos nessa época que aconteceu aquele incidente no estádio Mané Garrincha em Brasília (em 1988, um show da banda terminou com brigas na plateia e troca de insultos entre banda e público). A gente remediou da melhor forma possível e se recolheu até fazer o As Quatro Estações. Também aproveitamos para fazer cada um suas próprias coisas, sem ficar tão dependente do conjunto.Mas no final acho que a gente se saiu muito bem.
UOL - O incidente no estádio ajudou vocês a cortar o cordão umbilical com a cidade? A partir daí vocês deixaram de ser uma banda de Brasília?Villa-Lobos - Sem dúvida. Sobrou uma mágoa gigante. Nunca mais voltamos. Mas o cordão umbilical já estava cortado. Da minha parte, eu não tinha mais parentes lá, tinha grandes amigos que morreram estupidamente no trânsito... tinha poucas relações em Brasília. Mas o Renato tinha os pais morando lá ainda e ficou puto. Falou “aqui eu não volto mais”. E acho que não voltou mesmo.
UOL - Essa intensidade da fama ajudou o Renato a perder o controle?Villa-Lobos - Com certeza! Se ao invés de ter realizado o sonho de ser um rock star absoluto ele tivesse seguido carreira no ministério da agricultura, no Codecon ou no Banco do Brasil, ele talvez não tivesse tido toda essa intensidade de adrenalina e emoções. Mas acho que ele jamais teria sido outra coisa além do que ele foi.
UOL - Como a relação de vocês como amigos mudou no decorrer da carreira?Villa-Lobos - Eu era muito jovem, tinha 17, 18 anos... fomos aprendendo a se conhecer e se relacionar, a ter obrigações, direitos e deveres, as fronteiras da convivência e da amizade. Uma coisa que jamais faltou foi respeito um pelo outro. Acho que era uma coisa mútua que fez com que tudo acontecesse de uma forma bacana.
UOL - Vocês tinham personalidades bem distintas. Isso equilibrava a dinâmica da banda?Villa-Lobos - Sem dúvida. O Bonfá é um aquariano, que parece que está totalmente aéreo mas com uma sensibilidade musical muito grande. O Renato por mais louco, bipolar, fora de controle que pudesse estar, jamais foi incoerente com si mesmo, com os outros e com a vida. Ele deixava bem claro quem ele era. E eu ia segurando as pontas da banda, arrumava advogado, empresário e além disso tudo ainda tinha que estar no estúdio ensaiando e fazendo as músicas.
UOL - Que rumos vocês acham que teriam tomado artisticamente se ele ainda estivesse vivo?
Villa-Lobos - Não sei se o grupo ainda existiria, mas se fosse o caso estaríamos fazendo o que sempre fizemos de melhor, que era a música. Aquele trio quando se juntava era muito bom para fazer, produzir e compor música. Acho que ainda estaríamos fazendo isso, mas ainda com cada um na sua.A Legião urbana continua até hoje como uma entidade quase eterna, da qual a gente, já na época, não tinha o controle. Já era de todos.
UOL - Que recado você gostaria de deixar para os fãs no aniversário do Renato?
Villa-Lobos - A mensagem é essa que está aí e foi transmitida tantas e tantas vezes pelo próprio Renato e pela banda: o amor vence qualquer destruição e estupidez e que as pessoas pensem mais nesse sentido.

terça-feira, 23 de março de 2010

Justiça nos Trilhos

Vejam esta entrevista, que saiu no site Justiça nos Trilhos:
Vale e suas subsidiárias foram condenadas a pagarem R$ 300 milhões de reais por desrespeito aos direitos dos trabalhadores. O principal motivo foi o não pagamento de horas "in itinere", ou seja, o tempo em que os trabalhadores ficam a disposição da empresa, em transporte coletivo de subsidiárias, sem receber os seus direitos. Logo após a decisão do Juiz Federal, Dr. Jônatas Andrade, da Primeira Vara Federal de Parauapebas, que condenou a Companhia Vale do Rio Doce, a assessoria de comunicação do GTA oferece esse interessante estudo com perguntas e respostas.

Na decisão judicial foram tomadas as seguintes decisões:

i) proibiu a empresa a aceitar que as concessionárias de transportes incluam as horas "in itinere" nas planilhas de custo; ii) que inclua esse tempo na carga horária dos trabalhadores; iii) tornando obrigatório ajustar a carga horária diária, levando-se em conta o tempo gasto com o transporte, conforme preceituado pela legislação específica; iv) que a empresa pague todas as horas trabalhadas, incluindo as "in itinere"; v) assegurou que esse tempo seja incluído no descanso semanal, férias e todos os impostos patronais, relativo a contratação de mão de obra, conforme definido pela CLT; vi) que seja feito o pagamento atrasado das horas "in itinere" aos trabalhadores levando-se em conta a data de realização do contrato de trabalho; vii) fixar multa diária de R$ 100 mil reais, por empregado, para o descumprimento da decisão; viii) condenou a Vale a pagar R$ 100 milhões de reais por danos morais coletivo, reversíveis a comunidade de todos os municípios da região explorada pela empresa; ix) condenar a empresa a pagar R$ 200 milhões por dupping social, revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT.

O Juiz Jônatas Andrade chegou a sofrer ameaças, tendo a Secretaria Nacional de Direitos Humanos sido avisada para garantir a segurança do magistrado, como informado pela Assessoria de Comunicação do TRT. Importante destacar a importância da participação da comunidade na fiscalização dos R$ 100 milhões destinados à aplicação das políticas públicas na região.

1 Quem moveu a primeira denúncia contra a companhia Vale? Foram os trabalhadores, seus sindicatos ou o Ministério Público? Quanto tempo durou até a sua decisão em decidir a sentença final? A empresa ainda pode recorrer?
R - A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho, após ofícios da própria Justiça do Trabalho, único órgão federal em Parauapebas. A instrução e julgamento da ação civil pública durou dois anos. Cabendo, ainda, recurso da decisão junto ao TRT8.
2 - Como podem ser comprovadas as denúncias que levaram a sentença proferida?
R - As denúncias foram comprovadas pelas provas produzidas nos próprios autos, especialmente inspeções judiciais realizadas nas minas de Carajás por 7 juízes trabalhistas e um procurador do trabalho, além de outros documentos e depoimento de testemunha.

3 - Além das causas específicas relacionadas a não contabilização do total de horas trabalhadas para a Vale, os trabalhadores da empresa e suas subsidiárias enfrentam péssimas condições de trabalho ou tem atendido todos os seus direitos trabalhistas, como definidos pela CLT e demais leis?
R – Dentre as ações trabalhistas contra a Empresa vale do Rio Doce que chegam às Varas Trabalhistas de Parauapebas também constam reclamações sobre terceirização ilícita das atividades da mineradora, bem como ações sobre as condições de trabalho adversas (insalubridade, periculosidade e penosidade).

4 - Como será fiscalizada a aplicação dos recursos que serão destinados a melhoria das condições às populações residentes na Serra dos Carajás?
R - A fiscalização estará a cargo da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.

5 - Há alguma indicação para que o uso dos 100 milhões seja de fato destinados a melhoria nas condições de vida dessa população? Haverá alguma forma de controle social para fiscalizar a aplicação desses recursos?
R – Os valores devem ser investidos em projetos que decorram de políticas públicas locais de defesa e promoção dos direito humanos dos trabalhadores. O controle social para fiscalização e aplicação dos recursos é importante e deve ser muito bem-vindo além de corroborar com a fiscalização institucional da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.

6 - Qual o prazo para que a Vale cumpra a decisão exarada em sua sentença? Ocorrendo recurso por parte da sentenciada quais serão os novos passos?
R – A partir da publicação da sentença coletiva sobre as horas 'in tinere' para o futuro, a empresa ou paga espontaneamente ou, além de ter que pagar em juízo, terá que pagar a multa de R$100 mil por trabalhador lesado, como reforço da determinação da lei.Já as indenizações, somente deverão ser pagas após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, quando não houver mais recursos a serem decididos.Simplificadamente pode-se entender assim: após a sentença de um juiz de 1º Grau, que atua nas Varas Trabalhistas, o reclamado, no caso a Vale, pode recorrer ao 2º Grau, ou seja, ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, em Belém; depois, se ainda persistir inconformada, ainda pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília; e se houver alguma questão de cunho Constitucional, pode, também, recorrer ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Só após, o julgamento do último recurso é que a decisão considera-se transitada em julgado.

7 - O senhor tem sofrido represálias por parte de algum órgão ou empresa? O Estado garante a segurança necessária? Há ameaças a sua integridade física?

R – Segundo o juiz Jônatas Andrade, no início do processo, o magistrado recebeu algumas ameaças veladas, que não se revelaram sérias. Entretanto, os órgãos de proteção dos direitos humanos (Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, onde existe um programa de proteção aos defensores dos direitos humanos) já foram acionados e estão de sobreaviso.

8 - Como a sociedade civil pode apoiar ou se solidarizar? Já há algum apoio concreto da sociedade civil?
R - O apoio às decisões de cunho social pode e deve se dar nos embates públicos nos foros de decisão política.
9 - O senhor integra a luta contra o trabalho escravo, como anda esse movimento?
R - A luta contra o trabalho escravo mudou o seu foco para os campos do setor sucroalcooleiro (setor que produz açúcar e álcool), o que não significa que o trabalho escravo tenha reduzido no Pará. Em nível nacional, há um banco de projetos de combate ao trabalho escravo ( disponível no site da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República), que podem ser financiados pelas indenizações trabalhistas.
Fonte: Assessoria de comunicação GTA

quarta-feira, 17 de março de 2010

Oração do político sério

"PAI, No momento em que me vejo investido no cargo de representante do povo, VOS peço, uma noite tranquila.

Que sempre possa colocar a cabeça, por TI ungida, no travesseiro e o faça sem sobressaltos e com a consciência do dever cumprido.

Seja minha atuação na esfera pública clara e transparente, nunca tendo nada a ocultar. Não me permitas a tentação do nepotismo.

Que minhas atitudes sejam permeadas do não bairrismo nem seja preconceituoso, todos somos iguais.

Que minhas intervenções sejam sempre em prol da população, crendo na igualdade social. Daí-me forças para ser liberal com os outros e usar da mais severa austeridade comigo mesmo.
Que aprenda a matemática cristã de dividir ao invés de somar e para mim bens amealhar.
Me faça entender, acatar e praticar a máxima que o todo é superior às partes. Me inspire para ser baluarte da liberdade de expressão e nunca sectário da execranda repressão.
Me ilumine para ser buscador de melhoria para o povo, avanço e progresso, não me deixe vender falsa esperança sem fiança.
Que me faça centrado no coletivo e não no próprio umbigo. Que eu aprenda a dizer não às negociatas, me abstenha de falcatruas e falsas composições.
Faça exorcisar de meu intelecto o ignóbil desejo do abuso do poder, da malversação e prevaricação do dinheiro público.
Tenha sempre eu, meu gabinete como local de trabalho, não um Jardim do Éden onde tudo é dado e nada cobrado.

Não permitas que me perca no vasto campo de pastagens livres no consumo desabalado dos cofres públicos.
Tolha meus movimentos em direção à planície de prazeres e facilidades oriundas do poder escrachado.

Se por ventura eu venha a errar, que tal ato não seja irreversível e se alguém tiver que ser prejudicado, que seja apenas eu.

Me faça Ter sempre em mente que devo prestar contas à justiça terrena, ao povo que me elegeu e principalmente a VÓS que propiciou a oportunidade de existir e assumir tal cargo.
Me conceda a luz do discernimento para sempre votar e decidir dentro do princípio cristão.
PAI, Afaste de mim o cálice da corrupção ! Que assim seja hoje e para todo o sempre na VOSSA DIVINA GRAÇA !"

Gentileza gera gentileza

Estava andando dias atrás, próximo de minha casa, quando vi um motorista desrespeitando a faixa de pedestres, no momento em que uma senhora iria atravessar. Foram tantos palavrões desferidos pela senhora ao motorista que já ia longe, que assustou quem passava perto. Se ela tinha alguma razão, perdeu naquele momento com sua atitude irracional e transtornada. Se igualou ao motorista rebelde.

Percebi então que muitas coisas podem ter desfechos diferentes se tivermos uma disposição de nos comunicarmos melhor. Acontecendo isso, a nossa referência se transforma pois uma atitude grosseira e descortês passa a ser marca registrada de uma cidade se repetida diversas vezes. Presenciei princípios de tumultos em filas de banco, sinais de trânsito, lojas e bares que quase terminaram em tragédia. Muitas vezes vejo as pessoas reivindicando um direito de forma exagerada, desproporcional, quando um simples “com licença”, “por favor”, “obrigado”, “ desculpe”, resolveria tudo.

Outro dia cheguei em casa, à noite, e tinha um carro estacionado bem na porta de minha garagem. Fiquei sem ter como entrar em casa. O que pude fazer foi procurar um lugar mais afastado e deixar o carro. Não deu outra: um “amigo do alheio” quebrou o vidro do automóvel e levou meu toca cd e outros pertences. Fiquei indignado nem tanto pelo roubo, já que o infeliz do ladrão encontrou uma oportunidade fácil de exercer seu triste ofício. Fiquei zangado pela falta de consciência da pessoa que só pensou em si, estacionando o carro em frente à minha garagem.

Dias atrás, a cena se repetiu, lá estava um carro obstruindo a entrada de minha garagem! Deixei um recado no parabrisa informando o “equívoco” e pedindo que aquilo não mais acontecesse. No meu pensamento, a pessoa nem iria ver o recado ou então, no máximo, faria uma galhofa de minha cara de bobo, em perder tempo deixando bilhete. Para minha surpresa, recebi na minha caixa de correios um pedido de desculpas que considerei sincero, sem agressividade ou ironia. Sinto que a luta pela sobrevivência aqui em Parauapebas faz com que muitas pessoas se sintam transtornadas, armadas até os dentes, nervosas como um fio desencapado.

Quando se reconhece uma falha, na maioria das vezes a pessoa que reclama se sente desarmada, sem graça, constrangida em rebater de forma feroz. Esta cidade está apenas começando e depende de nós agirmos de forma prudente e equilibrada para conseguirmos o que queremos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

COMO ENFRENTAR PESSOAS DIFÍCEIS


Compreender o comportamento do outro e saber lidar com as diferenças é fundamental para estabelecer boas relações, seja no ambiente de trabalho, seja na vida pessoal.

Com a proposta de oferecer ferramentas que identificam e amenizam atitudes inflexíveis, o livro Como Lidar com Pessoas Difíceis, da série Sucesso Profissional, da Publifolha, indica ao leitor estratégias de abordagens que viabilizam o relacionamento e incentivam a produtividade entre equipe, resolvendo situações conflitantes.

Leia abaixo trecho do livro que apresenta os motivos que tornam as pessoas difíceis:

PARA ENFRENTAR PESSOAS DIFÍCEIS

É fundamental permanecer calmo, ouvir com atenção e ser positivo. Seja empático com as pessoas difíceis. Talvez estejam sentindo raiva delas mesmas, não de você. Pense nas palavras que vai usar. Pense numa proporção de 80 para 20, na qual você fala só 20% do tempo. Descreva a situação como a vê e pergunte a elas se conseguem notar o problema. Em caso negativo, então você não será capaz de mudar até fazê-las ver que existe um problema. Quando chegarem a um consenso, passe às ações combinadas para corrigir ou mudar a situação.

PARA SE MANTER SEGURO

O confronto pode provocar uma linguagem emocionada ou mesmo a agressão física de uma pessoa difícil. Também causa reação agressiva ou pouco característica em você. Pense em como você provavelmente reagiria se a pressão aumentasse e preveja o que fará. Atente para a política disciplinar de sua empresa e saiba desempenhar o papel derepresentante dela. Mantenha-se imparcial e escute. Às vezes, escutar é suficiente para ajudar a pessoa a acalmar e começar a pensar com clareza. Se você não entendeu tudo, faça perguntas em tom não ameaçador. Cuidado para que sua linguagem corporal e sua voz não despertem mais agressão.

COMO CONVENCER AS PESSOAS A AGIR

Ao enfrentar pessoas difíceis, você está lhes dando um retorno que talvez não queiram escutar. Se não quiserem mudar, colocarão problemas e barreiras como desculpas para evitar a mudança. Ouça os problemas e planeje como serão superados no futuro. Mantenha o questionamento até possuir um plano de ação claro. Focalize suas perguntaspara chegar às ações que combinaram entre si, de modo a convencer as pessoas a agir.

terça-feira, 9 de março de 2010

Plano de Banda Larga será testado em 300 cidades


O Governo Federal deverá fazer uma espécie de projeto-piloto, em cerca de 300 cidades, para testar o Plano Nacional de Banda Larga antes de expandir o programa para todo o País. O assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, explicou que esses municípios deverão refletir as diversas realidades do Brasil.

As cidades, segundo ele, ainda não foram escolhidas, mas vão de pequenos a grandes municípios, por exemplo. Também deverão fazer parte desta lista lugares que ainda não são atendidos pela internet rápida e locais onde os serviços já são prestados, mas contam com uma população carente que não pode contratá-los.

Nesta fase de testes, serão atendidos municípios por onde já passam as redes de fibras óticas das estatais, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A escolha das cidades será feita por um fórum de discussão, que será formado por representantes do governo, iniciativa privada e sociedade civil, a ser constituído logo depois do anúncio do plano, previsto para a primeira quinzena de abril.



Caberá também a este fórum, que está sendo chamado Mesa Brasil Digital, a definição de quem participará do programa, dos planos de ações, dos instrumentos de acompanhamento da implantação do plano, dos investimentos e das parcerias. "O que vai chegar, como chegar e com quem chegar, a mesa dirá", afirmou o assessor depois de participar de audiência pública no Senado.


Segundo Alvarez, no anúncio do plano, estarão definidas as diretrizes do programa e as políticas públicas nas áreas tributária, financeira, industrial e tecnológica. "Os objetivos para 2010 são de criar um ambiente para ver como funcionam as parcerias", afirmou Alvarez, ressaltando que o programa como um todo pode levar até cinco anos para ser implantado.


O assessor não detalhou os custos do projeto-piloto, disse apenas que os investimentos públicos no programa poderão ir de R$ 1,5 bilhão a R$ 15 bilhões. E acrescentou que esse aporte pode chegar a R$ 26,5 bilhões, se forem "incorporados" os estudos feitos pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, que prevê a expansão da banda larga em parceria com as grandes empresas de telefonia

quarta-feira, 3 de março de 2010

Minas abre homenagens aos 100 anos de Tancredo Neves




Com a presença do ministro das Comunicações, Hélio Costa, e do governador Aécio Neves (PSDB), foi lançado na segunda-feira em Belo Horizonte um selo comemorativo do centenário de nascimento do ex-presidente Tancredo Neves. O evento fez parte de uma série de homenagens que irão se prolongar até 21 de abril - o dia de sua morte, um dos traumas nacionais no recente período da redemocratização.

Na quarta-feira, o Congresso vai realizar uma sessão solene para lembrar o primeiro presidente civil após o golpe militar de 1964. Na quinta, será inaugurada em Belo Horizonte a nova sede do governo do Estado, projetada por Oscar Niemeyer, com o nome do ex-presidente. No mesmo dia reabre em São João Del Rey, completamente reformulado e com o patrocínio de empresas privadas, o Memorial Tancredo Neves.As comemorações prosseguirão nas semanas seguintes com exposições, lançamentos de livros e de um documentário cinematográfico dirigido por Silvio Tendler, homenagens na Academia Brasileira de Letras (ABL) e no Museu Histórico do Rio de Janeiro e outros eventos.

História

Tancredo nasceu em São João Del Rey no dia 4 de março de 1910. Foi deputado federal, senador e governador de Minas Gerais. Também fez parte do gabinete ministerial de Getúlio Vargas - no período democrático - e ocupou o cargo de primeiro-ministro no curto período parlamentarista que o Brasil teve, no início dos anos 60, no governo de João Goulart.

Tido como político conciliador e hábil articulador político, ele ocupava o cargo de governador de Minas pela segunda vez quando lançou-se candidato a presidente. Foi eleito no dia 15 de março de 1985, pela via indireta, no Colégio Eleitoral. Seria o sucessor do general João Baptista de Figueiredo, o último representante da dinastia de militares que se sucederam no poder desde 1964, e havia enorme expectativa em torno do governo que chefiaria.

Com a posse marcada para 15 de março, ele ainda estava compondo seu ministério quando foi vítima de uma infecção generalizada, que o levaria à morte 31 dias depois. Seu vice era José Sarney, oriundo do PDS, antigo partido de sustentação da ditadura. As multidões que saíram às ruas para a despedida final, em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, foram o atestado do trauma que a morte representou para a chamada Nova República.




Nota do blogger: Acompanhei uma parte desta história, quando Tancredo disputou o governo de Minas pelo MDB, em 82, concorrendo com Eliseu Rezende, do PDS; ganhou apertado. Naqueles idos, representou um avanço para Minas. Acompanhei comícios e peregrinações de Tancredo pelo Vale do Jequitinhonha e Mucuri, sendo o meu pai o presidente do MDB do meu município.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Teologia Moral da Manga




Rubem Alves

O velho caipira, com cara de amigo, que encontrei num Banco, estava esperando para ser atendido. Ele ia abrir uma conta. Começo de um novo ano... Novas perspectivas...E como não podia deixar de ser, também começou ali um daqueles papos de fila de banco. Contas, décimo terceiro que desapareceu, problemas do Brasil, tsunami... Será que vai chover?Mas em determinado momento a conversa tomou um rumo: "- Qual é então o maior problema do Brasil para ser resolvido? "E aí o representante rural, nosso querido "Mazaropi da modernidade" falou com um tom sério demais para aquele dia:" - O Maior Problema do Brasil é que sobra muita manga!


Tentei entender a teoria...Fez-se um silêncio e ele continuou: " - O senhor já viu como sobra manga hoje debaixo das árvores? Já percebeu como se desperdiça manga? "Sim... Creio que todos já percebemos isto... Onde tem pé de manga, tem sobrado manga...E aí ele continuou:

" - Num país onde mendigo passa fome ao lado de um pé de manga... Isso é um absurdo! Num país que sobra manga tem pouca criança. Se tiver pouca criança as casas são vazias... Ou as crianças que tem já foram educadas para acreditar que só "ice cream" e jujuba são sobremesas gostosas. Boa é criança que come manga e deixa escorrer o caldo na roupa... É sinal que a mãe vai lavar, vai dar bronca, vai se preocupar com o filho. Se for filho tem pai...

Se tiver pai e manga de sobremesa é por que a família é pobre... Se for pobre, o pai tem que ser trabalhador... Se for trabalhador tem que ser honesto... Se for honesto, sabe conversar... Se souber conversar, os filhos vão compreender que refeição feliz tem manga que é comida de criança pobre e que brinca e sobe em árvore... Se subir em árvore, é por que tem passarinho que canta e espaço para a árvore crescer e para fazer sombra... Se tiver sombra tem um banco de madeira para o pai chegar do trabalho e descansar...Quem descansa no banco, depois do trabalho, embaixo da árvore, na sombra, comendo manga é por que toca viola... E com certeza tá com o pé na grama...


Quem pisa no chão e toca música tem casa feliz... Quem é feliz e canta com o violeiro, sabe rezar... Quem sabe rezar sabe amar... Quem ama, se dedica... Quem se dedica, ama, reza, canta e come manga, tem coração simples... Quem tem coração assim, louva a Deus. Quem louva a Deus, não tem medo... Nada faltará porque tem fé... Se tiver fé em Deus, vê na manga a providência divina... Come a manga, faz doce, faz suco e não deixa a manga sobrar... Se não sobra manga, tá todo mundo ocupado, de barriga cheia e feliz. Quem tá feliz.... não reclama da vida em fila do banco... "

Daí fez-se um silêncio...

Resultado do concurso

Saiu o resultado do concurso da Prefeitura de Parauapebas para nível superior.

Veja aqui e clique em Discursiva Resultado