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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

HOMEM – LINCOLN CAMPOS VIEIRA

 
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
1 Coríntios 13:11
Decisão de crescimento espiritual é da ordem do livre arbítrio. Mesmo que o livre arbítrio não esteja totalmente a disposição do nosso raciocínio, ou melhor o nosso raciocínio não esteja na envergadura de entende-lo. Nem por isso ele deixa de existir assim como Deus.
Crescer é da lei natural, tudo cresce, evolui desde o material até o espiritual. Ainda que muitas coisas ainda não possam ser captadas pelos instrumentos materiais da ciência.
Crescer – crer ser – querer ser. Acreditar em si e agir na direção da realização das suas aspirações. Decidir se por alguma coisa requer que o individuo esteja TOTALMENTE disponível no presente para o que se propõe. Totalmente, significa em pensamento e ação.
Paulo diz “quando menino”, significando um estágio da vida humana. Mas no caso se trata de uma condição espiritual. Não há uma separação tão clara entre os termos espiritual e mental.
Hoje o que vemos são pessoas estendendo esse estágio de infância para além do similar biológico. Pais que se comportam como seus filhos. Filhos que exigem cada vez mais os direitos dos adultos. Pais imaturos e filhos “adultificados”.
Filhos que “pedem”, através do seu comportamento, limites aos seus pais. Pais que querem compensar agruras na própria criação e encastelados na culpa se tornam permissivos e fracos. Logo esses pais deixam de ser referencia para seus filhos, pois são tão ou mais dependentes que esses. Consultórios de especialistas, escolas, conselhos tutelares, Juízes de direito e policiais passam a ser solicitados até pelos pais que assumam a condição de referencia, lei e cuidado.
Quando deixaremos de ser meninos e seremos Homens? Quando reconhecermos o nosso Pai e nos mirarmos em seu exemplo, quando tivermos por referencia um Pai maior: o verdadeiro Homem. Mas para isso é preciso querer, deixar a indolência, medo e culpa e passar à ação. Decidir é não olhar pra trás com curiosidade ou insegurança.
Nenhum especialista, líder religioso, acadêmico ou autoridade por maior que seja seu conhecimento e poder é suficientemente entendido de mim para moldar o meu livre arbítrio.
Para pensar, sentir e discorrer como homem é necessário transitar por caminhos de dor sem se entregar a revolta ao medo e ao rancor.
Esse é o nosso destino, o mais é protelação.
POR LINCOLN CAMPOS VIEIRA