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terça-feira, 20 de junho de 2017

O Tempo e as pessoas

Qual é o tempo suficiente para que uma pessoa transforme a sua vida, recomponha pensamentos, transforme sentimentos, minimize tempestades, amadureça, saiba se relacionar melhor com as pessoas?  dois, três anos? Dez. Essa é a meta. Transformação. Mesmo que os erros que ela cometa mostrem para quem está de fora que ela parece ser a mesma pessoa.
Esse é o ato de paralisação mental de terceiros, subestimar a capacidade de crescimento das pessoas diante do que ela vê superficialmente. Ou do que não vê. Você dorme com bons propósitos de melhoramento no dia seguinte e no outro. Mesmo que você tropece, aquela força de vontade permanece e isso é o que vale. Faz quantas vezes puder até acertar-se consigo mesmo.
Errou? Aprenda com o erro, mas isso não impede de errar o mesmo erro. Até não errar mais. Não é a vida que ensina, nós é que aprendemos, na marra, com o joelho ralado, coração disparado, com medo. Um perdão, uma palavra, uma atitude negativa que definitivamente não será mais repetida. Aquela pessoa eu conheço, sei o ponto fraco dela. É o pensamento principal de quem está parado no mesmo lugar e o mundo girando.
Parar de trabalhar incessantemente em busca de juntar dinheiro ou distribuir vaidades. Se puder, escolher aquilo que alcance melhor potencial, com gosto. Se for possível, não fazer nada, com a mente fervilhando em ideias criativas e no tempo possível, concretizá-las. Quem te viu há tempos atrás tem um conceito sobre você mas não sabe o que lhe aconteceu nas duas últimas décadas.
Você mudou, cresceu, aprendeu a ser um pouco mais forte, ter um pouco mais de liderança, um tanto mais de sabedoria, conhecimento, rugas, dores e, para quem sabe ver, beleza. Sabe que envelhecer dessa forma é bonito. Não estranha rugas nem fica obcecado por elas. Aprendeu a conviver mais com as dores que sofreu e por isso valoriza dez minutos de descanso. Sabe que não precisa colocar os olhos mais nas pessoas e sim em você mesmo.
Sabe que não precisa ter um depósito de dinheiro como tinha o Tio Patinhas e que a “moeda número um” é o seu coração. Tem consciência de que a sorte é fruto de atos antes praticados, de trabalho. Sabe o que é realmente o trabalho. As vezes dez minutos de travesseiro representa um trabalho extenuante, cansativo e produtivo. Sabe que as lágrimas são salgadas pois já sentiu o gosto delas várias vezes e decidiu sentir cada vez menos.
Preocupa-se menos com as dietas, com as neuroses fantasiosas de homens que existem para encher a caverna de Alí-babá de jóias com fórmulas mágicas para comer e não comer. A partir de um momento você não precisa ser mais iludido com as coisas inúteis da vida e se empenha em fazer o que é para ser feito. “Fazer a parte que te cabe neste latifúndio”.
Amar, abraçar, sorrir, ouvir uma música, dormir leve, trabalhar em um clima amistoso já é mais importante do que receber aquele dinheiro que o credor não quer ou não pode pagar. Não poder pagar já não se torna tão avassalador quando você já construiu um nome com credibilidade pois problemas e dificuldades todos passamos e as pessoas confiam em você e sabe que pagará. Não, você não é mais o mesmo, mesmo que pensem. Ninguém é mais o mesmo, até o mais acomodado dos seres. Se for, que mude, por ele.  Então, que vivamos a nossa vida e possamos ver um pouco além das aparências. ( Olinto Campos Vieira)

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